Graças as mudanças comportamentais das garotas, o clima segue “pesado” no clube de koto, ficando Chika e Takezou completamente alheios e perdidos ao que está acontecendo – só sabendo que por alguma razão estão sendo vítimas de suas colegas. Tanto Hozuki quanto Kurusu estão na fase do amor inocente – um mais intenso que o outro – e se quiserem manter a ordem do clube, vão precisar conciliar esse fator com a necessidade do grupo, para assim alcançarem a vitória que buscam.

Confesso que dos três episódios iniciais, esse foi o que fez o tempo passar mais rápido, não que com os outros seja diferente, mas quando dei por mim já estava no encerramento. Isso me fez pensar que talvez a forma leve como o anime tem buscado tratar os sentimentos de todos aqui, somada aos vários acontecimentos rápidos, tenha causado essa sensação de que foi mais curto.

Observando a coisa toda, chega a ser bem engraçado como essas duas personagens se assemelham, mesmo com as diferenças de cada situação. A mais nova não sabe como agir diante do “incômodo”, enquanto a senpai sabe o que sente, mas acha que precisa ser mais madura rejeitando isso, resultando na postura desastrosa que assumem. Por outro lado também achei legal a postura dos protagonistas, porque ambos souberam respeitar o espaço e o tempo das companheiras, mesmo que quisessem resolver o mal estar entre eles.

Chika me dá bastante pena, porque mesmo sendo grosseirão daquele jeito, ele é como uma criança com os seus sentimentos, sendo muito bobinho – e até meio dramático – para entender as coisas mais simples. Em compensação gostei bastante quando ele interviu a favor da Hozuki com os dois figurantes que tentaram coagir ela – usando aquele olhar poderoso e intimidador que só um bom par romântico tem.

 

Já Takezou tem aquele jeito mais controlado e maduro de aceitar as coisas, percebendo rápido que questionar seria ruim, tanto que ele reage muito bem a patada que Kurusu lhe dá por conta da antiga presidente do clube, Mashiro. Essa apareceu rapidamente para causar um rebuliço básico no coração da moça, mas simpatizei bastante bastante com sua personalidade gentil e esfuziante.

Como ela já foi líder daquele time antes, é natural a admiração que o protagonista sente em relação a sua pessoa, mas para quem está fora e pouco conhece sobre os dois, é igualmente normal interpretar essa sensação como um possível amor.

A presença da senpai significava uma eventual “rejeição”, então nada mais prático que ir lá descontar o ciúme e a frustração acumulada no vizinho desavisado. Felizmente ela se consertou em tempo e deu importância ao que merecia, estabilizando o grupo novamente pra tocar no festival.

Para além dos desencontros românticos, outra coisa que me encantou nesse episódio foi a apresentação do grupo, que mesmo não tendo muito destaque, exibiu o suficiente para ser nostálgica e simbólica.

A abertura da temporada passada, “Tone” – que curiosamente é cantada pelo dublador do misterioso Mio -, entrou muito bem aqui para representar o crescimento de todos e a harmonia que encontraram, ao por como prioridade o sentimento mais importante: mostrar o talento e esforço do novo clube de koto para o público e as ex-companheiras.

Como todo drama é pouco, a Kurusu ainda está “meio lá, meio cá” com sua situação, mas vai empurrando como pode, e aí fico satisfeito mais uma vez com a postura do Takinami, que sempre usa a vantagem da sua experiência de vida, para nortear os garotos.

Pessoalmente gosto do conselho que ele dá a aluna, porque além de bom, ele também me representa bastante, já que é algo que costumo sempre pensar e dizer quando devo. Acho que as pessoas complicam demais o que não devem, e dão uma dimensão muito grande a coisas que vão continuar existindo, não importando o que se faça a respeito.

Essa coisa do egoísmo é algo muito relativo e acho que se faz presente até quando se pensa no próximo, porque um mesmo gesto não atinge de forma igual a todos. Qualquer ser humano pode acabar agindo de forma negativa ou não a uma ação sua, independente de ser boa ou má, individual ou coletiva, por uma gama de sentimentos diferentes que brotam no momento.

Afinal quem nunca teve que lidar com uma pessoa que te aflige só por você existir, mesmo que suas decisões não a interfiram na vida dela e mesmo assim ela se espinhe por conta própria? Pois bem, o caso dela é bem mais tranquilo, mas o fato é que cada situação tem sua barreira e tudo pode acontecer, então cabe a jovem entender o que fazer com esse novo sentimento e como empregar da melhor forma para si mesma – e consequentemente para o sonho conjunto do grupo.

Além dela se resolver, Chika também decide alinhar os ponteiros com a Hozuki, no que o professor mais uma vez se mete – só que interrompendo mesmo, antes de se resolverem. O que acontece aqui é que ele coloca o grupo em xeque quanto as suas intenções, e por fim sobre uma realidade, sendo essa a última chance de Kurusu e Takezou poderem participar do campeonato nacional de koto.

Agora conscientes de razões maiores, o grupo tem uma motivação ainda forte para dar tudo de si, levando aqueles que estão se esforçando junto com eles – e que são amigos importantes – para a competição. O final ainda deixa um mistério quanto a música que Takinami escolheu e o peso que ela deve ter para a Hozuki, já que essa está claramente ligada a ela e seu passado complicado.

Estou ansioso para ver onde a família dela deve se inserir aqui e como as coisas vão se desenrolar com os dez episódios restantes. Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

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