Bokutachi wa Benkyou ga Dekinai 2 – ep 4 – Rizurin is beautiful, Uruka-chan e as demais também
Estou só amores com Bokuben depois desse episódio, que achei divertido sim, mas também legal por mostrar alguma evolução quanto aos estudos das heroínas, ainda que na verdade tenha sido mais de uma. Enfim, é hora de Bokuben no Anime21!
A mudança de visual para uma garota costuma ser um evento importante, que ela leva a ferro e fogo, mas não para a Rizu, não à toa ela ainda tem um longo caminho a percorrer no que tece aos assuntos “subjetivos”.
Mas se eu disser que ela já não está evoluindo estaria mentindo, pois, mesmo que seja de maneira inconsciente, instintiva, cada vez mais a garota age de forma a incitar os próprios sentimentos e nisso desvendar os sentimentos do amado.
O Nariyuki, é claro, que a cada episódio se mostra mais tapado e ao mesmo tempo mais consciente, mais perceptivo, sobre os atributos do sexo oposto. Aliás, ele ser capaz de falar o que acha da Rizu já é uma evolução nesse sentido, ao menos um pouco…
Eu achei toda a maluquice da cabelereira muito boba, mas não fosse assim como a Rizu mudaria da água para o vinho? Para ver uma Rizu tão fofa (tão bela quanto a normal, mas de maneira completamente diferente) eu engulo uma forçadinha de barra dessas.
Os mal-entendidos consecutivos também foram outra forçada, mas não são nada de incomum para o anime, então nem vejo o que achar ruim. Foi idiota ele so ter percebido ao ir para a casa dela com ela? Oh, foi, mas pensa comigo, o que isso gerou de bom?
A conveniência da historinha da questão mostra que didaticamente a Rizu ainda não consegue perceber bem as nuances das relações e das situações, mas é justamente vivendo elas que ela passa a amadurecer nesse sentido. Aos poucos, sem nem se dar conta.
E eu acho isso um barato, porque me prova que Bokuben ainda quer dizer alguma coisa, por baixo de uma grossa camada de zoeira, clichês de romcom e fanservice, é verdade, mas esse é o “meio-termo” que o público desse tipo de anime pode aceitar, né?
O deslumbramento do Nariyuki achei super normal, na verdade, ele até que se controlou bem, não surfou tanto na onda da beldade o paquerando, apesar de eu achar que isso foi mais pela piada. So que aí faço uma observação, a Rizu não ficou mais bonita assim!
E por que escrevo isso? Porque a disparidade visual e de estilos é tão grande que realmente parece outra pessoa e, honestamente, ambas são visualmente bem agradáveis, cada uma a sua maneira. O interior nem preciso comentar, né, afinal, é a mesma pessoa.
O anime não tocou nesse ponto, mas eu toco porque acho relevante. A garota se arrumar, seja consciente ou inconsciente sobre um desejo seu de agradar um garoto, não significa que seu eu de todo dia perca o valor, tanto é que foi coisa de apenas um episódio.
O “aprofundamento” da relação que a Rizu cita eu já acho que é mais inconsciente da parte dela no que se refere ao teor romântico que qualquer outra coisa. Uma hora espero que ela se toque o que significa ela querer aprofundar a relação, mas isso deve demorar.
Não gostei tanto de como a primeira metade terminou, mas gostei bastante de toda ela, pois mesmo que no geral a situação tenha sido bobinha, ainda assim, mostrou que esses personagens estão evoluindo de alguma forma, menos que aos poucos.
Tudo em prol de dois momentos chave para a obra, a conquista acadêmica de quatro das cinco heroínas e a hora em que o Nariyuki se acertar com uma delas. O primeiro vai rolar, certeza, o segundo não sei… Mas o importante mesmo é todos acabarem felizes, né?
Como gostei da segunda metade ter conciliado a comédia, até mesmo a romântica, aos estudos. Pela primeira vez nessa temporada isso foi feito de forma acentuada e natural, sem deixar a comédia de lado, como é de praxe nesse anime.
A ideia deles conversarem em inglês por metade do episódio foi uma ótima forma de mostrar que a Uruka está sim aprendendo, fazendo progresso. Nada melhor que mostrar a evolução na prática, né? Ainda que certos vacilos tenham definido um limite…
Os mal-entendidos voltaram e estava na cara que alguém perderia a aposta, mas o legal de toda essa situação foi a aparição do cãozinho (pela zoeira feita no final do episódio) e a situação cômica divertidíssima que concluiu o dia de conversação.
A aparição dos gringos saídos de um livro de curso de inglês me divertiu bastante também. Já fiz curso de inglês e tive cadeiras na faculdade usando livros com áudios que lembram muito a forma de falar dos dois. Foi conveniente? Foi. Isso importa? Não.
A reação fofa da Uruka fez valer a pena a progressão da situação até ali e, apesar do mal-entendido provocado pela compreensão equivocada dela, seria injusto não pontuar que ela conseguiu falar muitas palavras e formular muitas frases. Sim, ela evoluiu!
Como, em linhas gerais, japonês vive sendo representado tendo dificuldade de falar em inglês eu dou um belo desconto para a dificuldade que a Uruka tem. Aliás, até o Nariyuki, que demonstrou falar bem, se embaralhou ao “achar” razão para ficar nervoso.
Por fim, acho que a cena da Uruka fugindo fechou bem o episódio. Foi divertida, não tão inesperada por se tratar justamente dela e compactuou com a ideia de que ela ainda tem um longo caminho pela frente; tanto em se tratando de inglês, quanto de amor.
A conversa dos cãezinhos foi a cereja do bolo, uma cena bem criativa que so aumentou minha ótima impressão sobre a pegada cômica da direção. O cão quase me desmentiu, mas, repito, forte de japa não é falar inglês, e saber palavras e frases já é elogiável.
Achei a segunda metade do episódio um pouco melhor que a primeira, mas cada uma delas teve seus méritos e foram, positivamente, na contra-mão do que foi apresentado nos episódios anteriores ao unir a comédia típica do anime a certa profundidade.
O suficiente para esse tipo de anime, um romcom simpático que na maior parte do tempo creio ser feliz em equilibrar o divertimento e a profundidade. Okay, boa parte do tempo, não necessariamente a maior, enfim, mal posso esperar pelo próximo episodio!
Até a próxima!