E tem início a guerra de pedra em Dr. Stone, o arco derradeiro do anime e dessa primeira fase da obra. Esses dois primeiros episódios funcionaram como uma checagem do poderio inimigo para ambos os lados e além de apresentarem novos personagens, também prometeram “invenções” ainda mais interessantes. É hora de Dr. Stone no Anime21!

Atacar em uma hora que o inimigo naturalmente baixa a guarda é uma estratégia básica de guerra, e esta foi bem usada pelo Tsukasa, ainda mais porque o Gen não teve tempo de, com sua revelação, ajudar o Senku a se preparar para o ataque inimigo, o que eu gostaria que tivesse rolado, pois a “paradinha” para salvar a barra do Kinrou foi um tanto quanto “infeliz”.

Infeliz se, como eu, você a achou forçada até para os padrões do anime. Legal que no meio tempo em que o Kinrou esteve a mercê do Hyoga o vilão não fez nada, apenas esperou o Senku preparar a ilusão e usá-la a fim de afugentá-lo. Sei que foi aqueles 5 segundos que viram 5 minutos em anime, mas não tinha uma forma melhor de fazer isso não?

Só esse detalhe que me incomodou de verdade nessa primeira parte do episódio 18, de resto gostei da situação apresentada e o que ela representava, uma clara missão de reconhecimento do Tsukasa para medir as forças do potencial inimigo. Quanto ao Hyoga, não gostei muito do personagem, mas até o final do episódio 18 não sabia bem o que achar dele.

A coragem acaba quando a bala come!

Na segunda metade do primeiro dos dois episódios pudemos ver o Senku improvisando bem dada as circunstâncias em uma clara declaração de amor a espada tipicamente japonesa, a katana. Mas não foi apenas fanservice para os amantes do objeto, pois como o Senku bem explicou, era a arma mais prática de fazer e eficiente no combate corpo a corpo.

Tal iniciativa expôs uma fragilidade do reino da ciência (a falta do verdadeiro poder das armas de fogo), mas também foi uma bela amostra da capacidade de adaptação do Senku, como também da capacidade combativa de seus aliados. Um artigo de suporte como o óculos do Kinrou também serviu ao objetivo de mostrar a evolução do lado da ciência.

A traição do Gen e sua revelação já era esperada. Eu gostei da explicação do que o Gen fez, assim como foi exposto o ato do espião, afinal, o anime sempre dá uma enfeitada nesses momentos. O final do décimo oitavo episódio foi animador, bem clichezão, e no geral o episódio seguinte tambén foi assim, ele só teve um ou outro probleminha mais perceptível.

Pelo trecho expositório do “nascimento” do Hyoga nessa nova era deu para entender que sua forma de pensar e agir se assemelha a de Tsukasa, ele só é mais quieto e talvez até mais instintivo que o “chefe”. Não consegui ver nenhum traço interessante na personalidade do Hyuga e com esse trecho de “origem” dele só confirmei o meu desinteresse.

Isso é ruim? Não diria tanto, mas certamente não é bom, assim como o ideal distorcido do antagonista, afinal, não é como se ele fosse viver eternamente para garantir que as próximas gerações não se corrompessem. Aliás, os lacaios descartados nesse episódio me parecem o tipo de pessoa que acabaria indo contra essa utopia até com certa facilidade.

Tá serto.

Aliás, visualmente ficou bem claro quem ali do império Tsukasa deve ter alguma relevância de agora em diante. Só a moça incendiária que apareceu de fato e nem sei o que comentar dela. Prefiro reclamar da queda na qualidade da animação, apesar de entender essa queda e achar que ela nem foi tão acentuada assim. Quando precisou “entregaram”!

O desfecho da segunda luta foi interessante, eu só não esperava que ficasse por aquilo mesmo. Não lembro bem do mangá, então esperava que alguém fosse capturado logo. Agora a situação em que a “deusa da morte” reapareceu me pareceu outro exagero, ainda que essa tenho feito mais sentido que esperar para ver o que o inimigo vai fazer, né…

No fim, a máscara do Gen caiu, o Tsukasa confirmou sua maior suspeita e o Senku definiu o que fazer a seguir. É claro que ele não vai produzir um celular moderno, mas um meio de se comunicar com o Taiju e a Yuzuriha. O lance é fazer esse “celular” chegar até eles e enquanto isso tentar produzir uma arma de fogo. É, a tendência é que produzam ao menos uma.

No geral, gostei desses dois episódios, achei que teve umas forçadinhas desnecessárias aqui e ali, que não foi tão interessante a execução de algumas situações, mas o desfecho até me animou para o que vem a seguir. Qual será a atitude do Tsukasa agora? Quais serão os percausos que Senku e seus amigos terão que encarar a fim de produzir o celular?

Outra coisa que curti foi que a máxima se manteve, mesmo que a ação tenha se acentuado, ainda assim foi a ciência, seja por meio de aparatos ou métodos, que destrinchou todas as situações. É até redundante comentar isso, mas não deixa de ser passível de elogio a direção não ter se perdido tanto nesse flerte maior com a dinâmica do battle shonen.

Até a próxima!

Quando o Senku descobre o histórico de navegação do Tsukasa e ele fica sabendo.

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