Finalmente o mistério está chegando ao fim, e de fato as coisas estão se encaminhando para confirmar a inocência do Kujo, mas admito que não esperava que as coisas tomassem o curso que tomaram, embora também não sejam fatos tão inacreditáveis assim.

Ao longo de dez episódios, Kujo e Hiyama vinham sendo os pivôs de toda a situação envolvendo a droga e com a possível mãozinha cobertora da STAND. Só que ele é aquele tipo de alvo que é tão descaradamente óbvio que dos dois um: ele é aquele bandidão cara de pau e que tem costas quentes, ou é alguém de fato inocente e que só tem uma metodologia de trabalho incomum a ponto de virar suspeito.

Depois de achar que a segunda opção me parecia mais viável, comecei a desconfiar que a malandragem estivesse dentro dos órgãos federais, ou numa análise mais aleatória, dentro de sua própria residência. O que acontece é que como eles fazem parte de um mesmo grupo protagonista, desviei minha atenção dos funcionários dele e tentei encontrar um vilão secundário apostando na STAND e nos ministérios mesmo – até o anime me mostrar que eu tinha que fazer a volta.

Miyase também fez parte do acidente que aconteceu anos atrás e pelo que ele conta, eu suponho que sua mãe tenha sido uma vítima fatal, culminando na sua parada com os Kujo. Isso justificaria muita coisa, desde a gratidão e devoção absoluta que ele demonstra, até um eventual plano de vingança, caso ele entenda que tenha sido prejudicado pela empresa do seu amigo.

Acredito que o fato da Rei confiar tanto na inocência do empresário se deva claramente a conexão que criou com o Miyase e os demais rapazes, mas também penso que pode ser por perceber que tudo se encaixa muito fácil para jogar a culpa em alguém que está em destaque e simplesmente não revida.

A família Kujo parece ser a razão pela qual os ministérios se juntaram a STAND para investigá-los, porém a questão é: eles pretendiam apontar um culpado como o chefe do grupo para silenciar toda a história novamente – por conta da sua influência -, ou buscavam realmente algum tipo de justiça? Porque mesmo não estejam no esquema, eles transmitem pouquíssima confiança.

Quem fez um retorno interessante foram os irmãos Tsuzuki, pois o mais novo que parecia inútil, mostrou que era um coadjuvante útil e o segundo finalmente revelou o que sabia. O sumido Ida Masayoshi era quem os protegia até o caso anônimo, e pelo que o Makoto dá a entender, o cara parecia ser apaixonado pela Sara, se inspirando na história do menino para fazer a sua justiça distorcida.

Algo que não entendi na sua fala foi o mistério envolvendo uma criança, mas aí associei esse ocorrido ao negócio do Maki, ou viajando um pouco mais longe, talvez tenha a ver com o Miyase criança, afinal se tem algo que esse caso maluco tem me mostrado, é que todo mundo tá ligado a todo mundo, das formas mais variadas possíveis.

Uma coisa que venho gostando é que a protagonista de fato cresceu muito, a ponto de já nem se incomodar demais com as opiniões alheias para alguns assuntos, ela tem sua convicção e isso basta para que ela siga com seu trabalho, mesmo que sem apoio.

Rei interrogou diretamente Kujo e ele alegou sua inocência, no que achei sua coragem até excessiva, já que despertou ele de algum modo e o fez deixar um rastro muito conveniente. Se por um lado ele parece óbvio demais a ponto de ser inocente ao menos parcialmente, essas mesmas ações óbvias o denunciam, como falei antes – e o fato do Hiyama sumir contribuiu igualmente para isso.

Apesar de não terem as mãos diretamente sujas, ainda assim eles tinham um encontro marcado com alguém ligado a droga e aos antecessores do empresário, então isso já acendeu o alerta que rendeu no encontro entre os investigadores e a dupla. O ponto que depõe a seu favor é a postura que ele tem durante sua captura, permanecendo sereno e falando pouco, numa demonstração de que é inocente e ao mesmo tempo não querendo que aquilo fosse adiante, se deixando ser preso.

Ele segue o príncípio de que defender o nome da família vale mais do que fazer de fato justiça, sendo essa é a justiça na qual ele acredita, e de certo modo eu entendo a visão dele em não querer sacrificar vários, em nome de uma punição qualquer para um ou dois. Acho de verdade que ele sabe quem está tentando incriminá-lo, mas simplesmente decidiu proteger seu próprio algoz pelos seus ideais.

Bom, agora todos os grupos se unem para pegar o real culpado, com o acréscimo do desaparecimento do Miyase. Esse passa a ser um provável suspeito pelo pano de fundo pessoal, os extras descobertos sobre o caso anônimo, bem como pelas suas ações – como o excesso de informações confidenciais -, tomando para si a autoria da nova droga e a responsabilidade por incriminar a família Kujo.

Fico curioso pelo desfecho desse mistério que tanto se esticou e sempre inseriu alguma maluquice nova para render. Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

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