Esse décimo segundo episódio foi ainda melhor que o anterior, aliás, essa segunda temporada está melhor que a primeira e alguns dos motivos vou pontuar ao longo do artigo. Kirisu Precure! ou Fumino Adormecida, dá para escolher só uma heroína?

Gostei das cenas mais movimentadas, mesmo com o CG, seja as de performance ou “luta”. Aliás, foi um episódio sobre o qual não há tanto o que se escrever, mas foi super divertido. Não esperava toda aquela coreografia e música, não com tanto tempo de tela.

A diversão inusitada provocada pelas apresentações já me ganhou ali no início do episódio e usar aquilo para não só ajudar com o objetivo da Rizu, vender udon, como dar o tempo de tela que faltava a Uruka, ela arrasou no palco, foi mais do que satisfatório.

O Nariyuki confeccionar um traje do zero em pouco tempo foi meio forçado (apesar de ele ter aparecido costurando no episódio anterior), mas o “resultado” compensou qualquer absurdo, pois a Uruka não só ganhou o traje feito a mão como se apresentou bem.

Ela teve seu momento de brilho, o suficiente para que o público não esquecesse que ela estava ali, o que também vale para a sensei, mas eu diria que mais, porque é mais inusitado e até “animador” ver a tutora fazendo aquilo. Não bate com sua personalidade, né.

Só senti falta foi do Nariyuki demonstrando “atração”, seja pela amiga fofa em destaque ou pela professora charmosa. Significa que ele já lida melhor com os dotes femininos? Talvez, mas ele estava ocupado ajudando as amigas, então entendo a objetividade.

Ninguém, absolutamente ninguém… Bokuben:

A cena de fanservice (ou seria transformação?) da professora Kirisu foi forçadinha, mas divertida, ali não teve para onde fugir, o Nariyuki corou bonito. Foi a pá de terra em qualquer chance de explorar drama com a sensei, mas aposto nele em uma sequência.

Até esse ponto do episódios as três heroínas tiveram o que lhes cabia de holofotes, tudo encaixadinho e dosado, claro, levando o anterior em consideração. Só achei uma pena que elas não participaram do resto do episódio, dominado por Asumi e Fumino.

Então Kirisu Precure! era mesmo um mahou shoujo para maiores…

A Fumino ficou linda de matar como princesa, quero a figure para ontem! Aliás, sinto falta de anúncios de figures de Bokuben, vejo mais de Gotoubun… Enfim, nem tenho muito o que comentar sobre a Fumino, eu só queria parar para apreciar sua beleza mesmo…

Figure da Fumino Adormecida vai sair em 2020! Pode ir juntando a grana aí!

A Kominami-senpai, vulgo Pixie Maid, mostrando seu lado rockeira e prestativo foi algo bacana de se ver, combina com sua personalidade e dá a personagem um tempinho de tela que não foi exatamente forçado ou inútil. Eu só queria problemarizar um trecho dela…

Na cena em que ela aborda os professores a reação deles me incomodou. Por quê? Porque foram muito “amigáveis” com uma ex-aluna. Tudo bem que ela os abordou com o intuito de convencê-los a saírem dali, usando seu charme para isso, mas eles são senseis!

Ainda por cima ensinaram ela, a conhecem, sabem a idade e que é condenável dar vasão a envolvimento de teor romântico/sexual ou tentar ter algum com ela (se fosse a intenção dela bem que rolaria algo a mais, né). Cliente de maid café entendo, sensei não!

Aliás, outro dia li uma matéria sobre “amae”, relações infantilizadas, um costume japonês que está ligado diretamente ao moe e as lolis (Asumi é uma, né), as diferentes manifestações de afeto por meio da fofura e infantilização, algo um tanto complexo de discutir.

A ação da Asumi só deu tão certo e é encarada sem tanta estranheza pela sociedade japonesa por conta desse costume disseminado no meio otaku. E isso é um problema? Vale a reflexão e o debate, então sim, pode muito bem ser tratado como um problema.

Até porque isso não é algo exclusivo da sociedade japonesa, mas certamente não há outro país em que se manifeste de forma tão clara. Só o que eu quero é promover uma reflexão para você leitor(a), pois acho questionável um comportamente desses de senseis.

Se sabe qual é a banda da Asumi reconheço que és um(a) homem/mulher de cultura.

Enfim, até as coadjuvantes do fã clube da Fumino apareceram mais, para vermos como a temporada tem extraído mais dos personagens, qual seja o nível de relevância deles. A motivação delas segue sendo bobinha, mas proteger a castidade da amiga é ruim?

Só é se ela quer perdê-la. Se soubesse que o princípe é o Nariyuki você acha que ela ficaria mais receptiva a ideia do beijo? Acho que sim, mas ainda relutaria, afinal, ela não é a Rizu e sabe bem o quão poderoso pode ser um beijo, mesmo que seja só encenação…

Por fim, esse será o arco mais longo do anime até então, três episódios no total, e, em minha opinião, o segundo melhor ao menos dessa temporada (não lembro bem dos da primeira temporada), falta o ato final e torço para que ele feche a temporada a altura.

O que achei desse episódio mesmo sabendo que a fantasia impediu que os lábios do Nariyuki e da Fumino se tocassem na hora do beijo? Gostei muito, mais pelo quanto me fez rir e sorrir que por qualquer evolução na história. Não teve muito disso mesmo.

Aliás, ao que tudo indica a inversão cronológica de arcos, o arco com o pai da Fumino ocorre bem depois desse arco do festival escolar no mangá, deu uma carga maior a esse falso beijo. Ainda continua sendo um falso beijo, mas é depois “daquele” arco.

O que significa? Que a direção teve a sensibilidade de entender que esse falso beijo pode mexer de forma mais clara com os personagens, ao menos se a Fumino descobrir que era o Nariyuki ali, pois ele sabe e talvez fique um tanto mexido. Veremos se rola isso!

Espero que o episódio derradeiro proporcione mais o que comentar objetivamente (você deve ter notado que tive que dar uma enroladinha nesse artigo) e que seja ao menos tâo divertido quanto esse. Quero me lembrar desse anime com muitos e muitos sorrisos!

Entre o beijo de uma princesa e garotas mágicas eu fico com o melhor romcom dessa temporada! Até o episódio final!

Amigas de verdade seriam aquelas que protegem a sua castidade a todo custo?

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