Nunca uma fala de um outro anime fez tanto sentido num título, como essa faz agora em Kono Oto Tomare. A célebre frase originária da Cure Heart – protagonista de Doki Doki Precure -, representa bem o que esse episódio buscou e toda a intenção por trás do som executado brilhantemente pela Tokise.

Se alguém achava que essa obra não poderia surpreender mais, ela passou a rasteira em todos, porque o que foi mostrado certamente a consolida entre as três melhores da temporada – e para mim, a melhor mesmo.

Nós sabemos que desde o princípio, a história da Hozuki abriu espaço para um drama secundário que rendeu um evento de grande importância no enredo, ao reconstruir o elo quebrado entre ela e a mãe. No entanto, o objetivo “master” dos protagonistas é de fato chegar ao nacional com aquele grupo, evidenciando o aprendizado, esforço e potencial deles no processo.

Se por um lado eles evoluíram bastante, os concorrentes Himesaka e Hakuto já deixaram bem claro que não foi um privilégio deles, com duas excelentes apresentações. Então considerando a eficiência de ambas as escolas, o que seria capaz de diferenciar a Tokise delas? A resposta é simples, o conjunto da obra deles se mostrou superior.

Para começar já destaco a beleza da música “Tenkyuu”, que eu esperava ser uma canção realmente mais lenta, calma, ganhando de volta um som cheio de nuances, veloz e dinâmico. O trabalho de todo o grupo ficou muito bem feito, cada um soube fazer o seu no momento certo, sem que nenhum apagasse o brilho do outro ou ficasse escondido.

As meninas da Himesaka buscaram valorizar a sua técnica e coordenação, já a Hakuto priorizou a expressividade do Mio, mas a Tokise extraiu o melhor de cada trecho e de cada um dos seus membros. Takinami e Akira fizeram meio que uma fusão daquilo que os dois adversários tinham de melhor e puseram nos seus – só espero que o resultado de fato case com o desempenho que vi.

Voltando ao tópico familiar, achei muito bonito o desenlace psicológico entre as mulheres do clã Hozuki. A mãe dela se emociona assim como todos, mas no seu caso em especial, ela sente a mensagem da filha logo nas primeiras notas. O monólogo entre elas é interessante porque mostra que as duas sempre se completaram.

A mãe se viu diante da dificuldade e achou que era forte o suficiente para sobreviver a tudo, desistindo e jogando sua única alegria para o alto no primeiro percalço. Do outro lado, a filha que achava não ser capaz de nada pela mãe, do seu modo conseguiu resistir e agora triunfa, tentando mais uma vez alcançá-la.

Tudo no episódio foi perfeito, e digo que se houve uma boa aplicação de fundos no anime, com certeza isso foi feito nesse episódio. A staff nos entrega uma animação caprichada, cheia de detalhes nos cenários, refletindo a profundidade de cada momento, dos sentimentos e desejos.

A música dos protagonistas transmitiu os pensamentos de cada um, e assim como o Takinami disse, aquele era o momento de não só conquistarem o seu objetivo final, mas de se encontrarem ali. A apresentação foi tão tocante e cheia de vida, que pela primeira vez eu pude ver o Mio com uma expressão mais viva no rosto, e de brinde vi a vó do mal sucumbir a delicadeza dos “delinquentes”.

Minha única chateação aqui é ter que esperar para ver a resolução da Hozuki, pois quando ela foi buscar a mãe, eu já estava na ânsia, principalmente porque apesar da menina ter ido atrás dela, também houve a decisão da mesma em procurar a filha e acabar com tudo isso.

O clímax de reconciliação é do bom e me parece que elas não serão as únicas nisso, já que o preview deu a entender que a família da Akira tambem acertará os ponteiros – isso também já era esperado.

Enfim, é muita ansiedade para o capítulo derradeiro desse ótimo anime, agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

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