Esse foi um episódio mais descontraído. Na verdade, foi uma passagem de todas as tenções dos últimos episódios para os novos casos e tramas futuras. Não foi contado nenhuma história nesse episódio. No final das contas, só foi um episódio de transição ou coisa que o valha.

James Moriarty assassinou Jack, e como consequência de sua vingança acabou preso. Ele foi uma grande perda para todos da casa dos detetives. Só mesmo o tão mentalmente centrado Sherlock pra conseguir segurar bem a barra.

E então a história se desenrola a partir de um novo caso. Ou não. Na verdade o grande crime que acontece aqui é o desaparecimento do Pipe (gato). E se já não fosse algo idiota por si mesmo, ainda tem o fato de que o gato na verdade nem mesmo estava desaparecido para início de conversa. Tudo isso foi parte do plano da Sra. Hudson para fazer com que eles se distraíssem e não pensassem tanto em todo o ocorrido.

Aliás, muito mais de um dos companheiros deles ter sido preso, um dos seus era na verdade um assassino. E isso tudo aconteceu em um mesmo dia, obvio que seria algo difícil de se processar.

Confesso que não tem nada para se comentar sobre o desenrolar desse episódio. Foi somente os detetives, por seus diversos motivos, tentando perseguir e capturar o pobre gato. Mas não subestime o gato gordo, ele conseguiu esquivar de todos os seus perseguidores.

Mas a única coisa que acabou com a glória do gato gordo foi sua própria barriga insaciável. O pobre coitado foi derrotado com somente alguns morangos. Foi nesse momento em que todos eles (os detetives) se reuniram um a um enquanto o Sherlock tentava revelar todo o seu plano bem sucedido. Ou lá nem tanto, já que o gato comeu o bilhete do detetive.

Depois disso tivemos a festa, o que foi um momento de união do grupo, e que fez uma ponte para a aceitação de tudo o que aconteceu a eles nos últimos dias. Também foi um momento para Watson repensar sobre sua amizade com Sherlock Holmes.

O médico não tem mais motivos para ficar junto a Sherlock, mas agora ele também faz parte da casa dos detetives. Mais que isso, ele quer fazer parte. Além disso, especificamente junto a Sherlock. Então é nesse momento, mesmo depois de doze episódios, em que Watson definitivamente se torna o assistente do Sherlock.

Outro grande momento é a despedida da Irene Adler. Ela tinha que ir embora em algum momento, era só questão de tempo. Cedo ou tarde ela se despediria. Porém, ela parecia ainda querer ficar. Ela literalmente pediu para que o Sherlock a fizesse ficar. Esses são momentos delicados, onde as vontades e contradições humanas se mostram. Nossos desejos e intenções parecem se contradizer. Mas, Sherlock não disse nada e simplesmente a deixou ir.

E o episódio acabou com Moriarty. Esse personagem ainda terá um importância em toda a trama, seu futuro é de fato imprevisível. Eu não duvido que ele possa se tornar uma espécie de chefão do crime, principalmente que agora ele está dentro da cadeia.

Enfim, esse foi um episódio um tanto quanto calmo. Foi claramente uma espécie de passagem para as novas tramas que virão por aí. Talvez a narrativa retorne aos crimes episódicos além das introduções de personagens. Ainda assim, é provável que no fundo disso tudo tenhamos novamente uma trama, só que no lugar de Jack, o ponto central deva ser Moriarty.

 

Comentários