Shokugeki no Souma era um anime que eu tinha um pouco de preconceito no início por ser um shounen de culinária, mas, com o tempo, seu sabor foi me conquistando até se tornar um dos meus favoritos atualmente. A temporada Shin no Sara demorou bastante para chegar, terminando a anterior bem no clímax, mas no final deu tudo certo. Pena que não é o final.

Uma das características mais marcantes desse ano do anime foi o espaço de tempo reduzido. Tudo aconteceu muito rápido, com 12 episódios se passando em apenas alguns dias. Outro elemento muito presente foi o famoso arco do torneio, que sempre são muito bons de acompanhar simplesmente porque japonês sabe fazer competições. Imagina quando é a competição mais importante da história valendo o destino de todos os personagens? Graças a isso, durante todos os episódios sempre havia um grande senso de urgência, deixando o ritmo frenético e dinâmico.

Um dos grandes méritos dessa temporada é a montagem, que conseguiu deixar as coisas mais fluidas e contar toda a história. Em alguns momentos havia uma esticada, enquanto em outros precisava correr um pouco, mas nunca ficava aparente a ponto de estragar a experiência – e o episódio passava voando. Nesse ponto, o anime tinha muita coisa pra resolver, vários personagens e pouco tempo.

E por falar em personagens, aqui tivemos a chance de ver a Elite Dez em ação pra valer. Aqueles combates muito esperados finalmente aconteceram, como Erina e Souma vs Eishi e Rindou. Vimos o conselho participar de Shokugekis pouquíssimas vezes e sempre era contra personagens não tão bons assim, parecendo que foi uma vitória fácil. Aqui eles finalmente tiveram adversários a altura e todos tiveram seus momentos para brilhar. No final, quem ganhou foi o público.

Essa também foi a temporada onde os arcos foram finalizados, incluindo os “vilões”. Com isso, a cada novo episódio tivemos um flashback que explorava o passado de cada um, explorando suas ambições e como chegaram onde estão. Um dos poucos casos que me decepcionou foi o que envolve Eishi e Azami. Ainda finjo que aquilo nem existiu.

Como não poderia ser diferente, essa temporada também não deixou a desejar em relação ao ecchi. Aqui tivemos uma grande variedade de personagens, assim como maneiras criativas de explorar seu prazer em provar os pratos. Acredito que a cereja no bolo foi o “pulso de concepção” de Azami, que fazia as roupas das pessoas rasgarem. Existe alguma coisa mais Shokugeki no Souma que isso?

Se teve gente tirando a roupa, quer dizer que os pratos também estavam excelentes. O nível de culinária no anime nunca esteve tão elevado, com cada episódio melhor que o outro. Outro elemento divertido são as metáforas criadas, como Megumi jogadora de Ping-Pong e até uma referência a Fate/Stay Night.

No fim, essa foi uma temporada bem diversa, mesmo que seja a mais focada em um único tema. Tivemos basicamente um Time de Shokugekis, mas isso foi tão importante que levou mais de uma temporada pra ser resolvido. Por mim, o anime poderia acabar agora que estaria muito bom, mas vamos ver como continuarão a história em abril de 2020.