Um episódio final para o qual estou sem palavras e comentários – mentira, tenho os dois se não esse artigo não seria feito. A jornada dos protagonistas que tentavam dar um novo rumo a suas vidas através da música, chega ao fim e com uma belíssima vitória, cujo troféu maior certamente não foi aquele de ouro que receberam.

Depois de tanta luta para alcançar o coração de sua mãe, a Hozuki é agraciada com o pedido de perdão da mulher e ambas se reconciliaram. Pessoalmente aguardei bastante por essa cena, e mesmo ela sendo relativamente curta, acho que ainda assim conseguiu ser tocante, porque já havia todo um embasamento prévio que dispensava muitas palavras, ou mesmo um alongamento dessa situação triste entre as duas.

Tudo o que precisava ser transmitido de uma para a outra já tinha sido passado, só restava realmente o pedido final de uma mãe, que estava naquele momento com seu coração restaurado pelo som da sua filha, que agora mais madura, tinha finalmente encontrado o seu caminho até ela.

Falando na senhora Hozuki, o diálogo dela com o Chika tem sua importância por dois motivos, primeiro pelo reconhecimento imediato dela a pessoa que mais impactou a menina, e depois porque mesmo ele estando desconfortável, ela foi bem gentil e agradável, já criando um boa relação entre futuro genro e sogra – só um cego pra achar que eles não devem terminar essa história no mangá juntos, ou no mínimo encaminhados.

Akira e seu irmão também chegaram a uma resolução mais feliz, embora que aqui isso tenha sido mais uma consequência da regeneração dela, já que seu coração estava fechado e o pobrezinho apenas não estava conseguindo se comunicar com ela. Lamentei que não puseram a avó deles nesse bolo, afinal ela foi uma das vilãs desse arco e não alcançou sua redenção até o último segundo. Eu gostaria muito de ter visto ela em seu momento de arrependimento junto aos netos – que também foram vítimas da falta de consciência dela.

Mudando para a premiação, a vitória do grupo era algo óbvio e se fosse diferente sinceramente seria decepcionante. Achei curioso que Takinami citou uma possibilidade na qual eles poderiam ter perdido pela simplicidade da música ou mesmo pelo tradicionalismo que rege esse universo, e na hora da deliberação os juízes bem tocam nesse assunto – seria uma puta falta de sacanagem eles perderem só por esses itens. Felizmente, o juiz do desempate cedeu ao talento da Tokise e os elege por demonstrarem um novo olhar sobre a música.

Os que ficaram para trás, Hakuto e Himesaka, não conseguem cumprir suas promessas aos amigos e deixam seus arrependimentos fluírem. No meio deles saio satisfeito com o desenvolvimento dado a Kazusa, que além dos protagonistas e da Akira, foi a melhor trabalhada.

Apesar de transparecer ser só uma menina mimada, ela tinha bons valores que estavam escondidos pelas suas próprias inseguranças e preocupações – que eu gostaria de ter visto um pouco mais a fundo -, sendo moldada no final pelos amigos e rivais que encontrou.

O Mio venceu seus problemas internos musicais, mas acho que sua situação era menos problemática, fora que também tivemos a oportunidade de ver rapidamente o motivo pelo qual mudou sua visão sobre a música, antes de conhecer seu professor e a turma da Tokise. Ambos superam essa derrota e deixam seu apoio e sentimentos com os rivais, que agora rumam para o tão sonhado nacional.

Uma cena que me chamou atenção, foi aquela na qual o Chika vai até o antigo terreno do avô mostrar o troféu. Ela é muito bonita e mostra a importância que o mesmo tem para o rapaz, que mesmo ainda tendo o apoio de sua tia e amigos, busca um lugar onde possa se sentir próximo daquele que sempre o inspirou.

Todos agora trilham novos objetivos, mas com a mesma perseverança e dedicação de sempre, e o anime se encerra de uma forma bem legal, com a abertura da primeira temporada mostrando os melhores momentos.

Mesmo se encerrando redondinho, gostaria muito de ver a sequência do nacional e o desenrolar dos outros ocorridos, até porque o mangá tem mais coisa interessante rodando e que eu amaria ver adaptada.

Enfim, só tenho elogios a essa maravilha que foi Kono Oto Tomare como um todo. Agradeço a quem me acompanhou e até o próximo artigo!

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