Infinite Dendrogram – ep 5 – Ray é um protagonista que se sacrifica pelo bem maior
A capacidade do Ray encontrar jogador f*da só não é maior que a do anime tratar cenas que podiam ser melhores de maneira aquém. Sabe o que é legal? O episódio teve boas ideias, mas mais uma vez a direção subaproveitou o material… É, isso não é legal…
Novidade? Não. Foi ruim? Mais ou menos. Poderia ter sido melhor, mas acho que já seria pedir demais. Enfim, é hora de Dendro no Anime21!
O Ray trocou de skin e ficou pronto para viver uma aventura com outro jogador, e um que está nas cabeças. O protagonista tem borogodó ou não? Machuca interagir mais com jogador do nível dele?
Enfim, o Ray ganhou um cavalo no gacha e isso achei inusitado, nunca vi gacha dentro de jogo de anime, mas não é nada absurdo também, só estranho se o jogo realmente for coisa de outro mundo. Se for um experimento de humanos ganhar uma grana a mais…
Faz sentido. Faz sentido também disfarçar o Embryo se o jogador não tem capacidade física suficiente nem para se defender. Quanto mais forte, mais se é um alvo, principalmente de PK. Além disso, o rapaz tinha um objetivo em mente, precisa se preservar, né.
Algo legal abordado no episódio foi a relação de Mestre e Embryo do tipo maid, que interpretei do seguinte modo: quando o Embryo possui forma humana e cria uma relação de intimidade com seu Mestre mais difícil é para o Mestre dissociar o jogo da realidade, o jogo passa a ser real para ele.
O carinha do mecha gelado falou isso porque deve ser seu caso, mas também serve para o Ray e a quest pesada que ele encarou veio justamente para provar isso, o problema é que a máxima não foi tão bem aproveitada, ao menos não de um dos dois lados…
O Ray carbonizou crianças, mas elas já estavam mortas e o tratamento dado a cena foi diferente do dado a esse tipo de cena com o cara gelado, com ele a cena dramática parecia mais cena de ação, a forma de abordar não aproveitou em nada o drama que queriam suscitar ali.
Não estragou o episódio, que foi melhor que o anterior, mas se tivesse que apontar um problema certamente seria esse. Estava lá o grandão comendo cabeças e o fundo de ação sendo jogado na cara do público. Ainda não consegui mesmo me sensibilizar com o mundo do jogo…
Okay, eu não conhecia os donos das cabeças, mas a cena era para ter sido mais pesada do que foi, ao menos se a intenção era fazer o público processar melhor a ideia de que as vidas tomadas ali em nada diferiam de vidas humanas, que era tudo realista e duro demais.
Poderia ter sido mais dramático, não sendo o caso a direção falhou. Novidade? Não. Menos mal que enquanto o final do jogador misterioso nada surpreendeu, o Ray foi apunhalado e curti o cliffhanger. Nem surpreendeu tanto assim, só alongou a situação sem problemas.
Foi até meio inusitado ver o Ray sangrando em cima de um hexagrama, e agora ele deve enfrentar um inimigo forte e cheio de artimanhas. Ele não deve morrer, então a mão da produção vai ter que ser boa para o privilégio do protagonista não “parecer” grande demais.
Vai ser? Duvido muito. Espero é que essa quest leve o Ray a refletir sobre qual é a natureza do jogo para ele e que ele sofra com o mundo realístico que se posta a sua frente. De outra forma, se essa camada não for bem trabalhada, o anime chafurdará no raso.
Esse é meu maior medo, que os pontos positivos que eu vi nesse episódio sejam mal aproveitados durante o anime, já que até o momento Dendro não me passou a impressão de que é capaz de entregar algo melhor em nenhum sentido da palavra.
Por fim, você quer saber se curti os novos personagens? Honestamente? Não. Mas nem a Nemesis eu estou curtindo muito em Dendro, então não vou bater no anime mais do que o necessário, pois ele até que foi razoável dessa vez.
Até a próxima!