Gosto do Kaname, pois ele é um personagem plano que se vira bem no meio de um bando de sádicos e interesseiros, apesar de que nos últimos episódios temos visto justamente um lado mais humano de alguns participantes, incluindo da Rainha Invencível, que de invencível não tem mais é nada. É hora de Darwin’s Game no Anime21!

Kaname é plano, bondoso, mas não é otário, não à toa procurou fortificar sua aliança. Por não querer matar, é verdade, mas também por saber que assim teria mais chances de sobrevivência. De acordo com sua personalidade plana, é claro, Shuka não seria deixada de lado.

E não se engane pelo título do artigo, a Rainha Invencível não é bem uma donzela em perigo, ou ao menos não foi até então.

Suas derrotas se deram uma pelo elemento surpresa, contra o Kaname, a outra pelas características do poder do oponente, contra o novo personagem, e se ela, que até então se privou de falar sobre o passado, tiver que ser aprofundada por meio dessa situação acho que é um preço razoável a se pagar.

Não é o fim do mundo ser salva, pelo menos se não virar rotina e ela continuar a ser uma jogadora forte. Sei que ela não é exatamente uma personagem feminina forte por isso, mas pode ser um caminho, o que falta é tempo para aprofundar a personagem e o arco parece propício a isso. Fora definir o muito provável grupo do protagonista e com isso definir quem são aqueles que o acompanharão no jogo.

A cena inicial do Kaname com os amigos foi bacana e a percepção sobre a armadilha da premissa ainda mais, além de ter sigo algo prático para todos. Assim o jogo mostrou uma faceta mais complexa e eu não duvido que a luta do grupo do protagonista contra o tal clã seja mais fácil. Informação é uma arma, afinal, e nesse caso pode definir a própria sobrevivência.

Enfim, gostei da interação do Kaname com o sniper caça mentiras, os dois seguindo para salvar a Shuka enquanto conversavam, e eu sei que a bondade do herói ao oferecer, caso não voltasse, seus anéis a alguém que acabara de conhecer pode ter soado bobo, mas, na verdade, foi um ato até racional.

Cada pessoa tem um motivo para estar ali, mas alguns, como o próprio Kaname, não entraram por vontade própria ou tem um motivo digno, na medida do possível, para arriscar a própria vida e também a do próximo; então se ele perecesse e outra pessoa pudesse sobreviver com sua ajuda eu tenho certeza que o garoto se sentiria melhor assim.

Tolice foi não ligar os pontos, não conectar o garoto (ou era uma garota?) a situação, mas vou dar um desconto já que a primeira pessoa da qual ele se aproximou estava em apuros. No lugar dele acho que agiria de forma bem parecida, só talvez optasse por pressionar o jogador na superfície primeiro.

Um detalhe que me chamou atenção foi a mudança de expressão, e até mesmo de atitude, do novo personagem. Será que ele tem dupla personalidade? Ou só age de maneira agressiva como forma de proteção?

O Sigil dele é forte, mas se não há força mental para a disputa, a fim de manter equilibrio emocional em meio a ela, agir de maneira distinta dependendo da situação me parece plausível. E pode ser o contrário também, mas não creio ser o caso.

Por fim, Shuka perdeu os pais e só esse finalzinho de total desalento indicou um próximo episódio focado nela, o que chega a ser necessário, apesar de eu mesmo nâo curtir muito a personagem. Não acho que uma tragédia familiar justifique matar sem ver a quê, ao menos não exatamente, mas dependo de sua história de vida pode ser sim um caminho para isso.

Tudo depende do conteúdo que será abordado no próximo ato e, claro, também da forma. A única coisa da qual tenho certeza é de que o Kaname é um cara legal, nem bonzinho demais, nem inteligente demais, e é exatamente por isso que ele é forte.

Seu Sigil é forte, mas não apelão, sua personalidade não é desagradável e nem simpática demais, e sua máxima de vencer e conquistar, não vencer e destruir, deve lhe garantir ganhos valiosos. Por mais que se seja forte, não é fácil vencer sozinho, ainda mais se existe a opção de lutar ao lado de outro alguém.

Até a próxima!

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