In/Spectre – ep 5 e 6 – Paciência
Nos últimos três episódios estamos acompanhando o caso da idol que acabou falecendo num acidente lamentável. Vem sendo um caso interessante, porém, a falta de uma resolução e a demora no mesmo vem me incomodando um pouco. Tirando isso a obra vem fazendo o que pode para continuar deixando o caso interessante e vem conseguindo, até o momento. Por outro lado, confesso que estou preocupado com outros aspectos que envolvem essa “demora” em todos os casos até aqui.
Kyokou Suri vai ter 13 episódios. Considerando que tivemos um caso no primeiro, mais um caso nos dois/três episódios seguintes (um bem ruim por sinal) e esse de agora que está indo para o quarto, a obra trabalhou pouco demais em cima de casos que ok, foram legais, mas que não exploraram de fato aquilo que a obra poderia trazer. Se estivéssemos falando de uma obra de 24 episódios, ok, seria completamente normal um andamento desse tipo simplesmente pelo espaço disponível para trabalhar todos os casos.
Mas poxa, vamos lá, quais foram os grandes avanços que tivemos até então? Só nesses dois últimos episódios tivemos informações proveitosas sobre um dos personagens ou sobre algum aspecto importante da trama. No caso o passado do Kuro foi e vem sendo explorado, de modo que agora estamos conseguindo entender mais sobre suas habilidades e claro, o motivo dele ser assim (e o porquê assusta os youkais). Inclusive vem sendo uma parte curiosamente bem interessante.
Tirando isso, ainda não sabemos se o timeskip teve alguma “vantagem”, ou melhor, utilidade para a trama ao invés de ser apenas uma escolha simples do autor. Independente disso, ainda há muito a se explorar e pouco tempo disponível para isso. Eu sei que isso parece meio prematuro considerando que estamos na metade da obra, mas inicialmente essa enrolação vem me incomodando um pouco. Se no outro caso o problema foi o mistério da vez que foi bem broxante, dessa vez vem a esticada que a história vem tendo é o ponto negativo.
Eu sei que é complicado definir isso dessa forma, ainda mais porque os novos elementos que vão surgindo são adições boas, mesmo que sejam uma forma de esticar no final das contas. Ainda assim, em alguns momentos eu me sinto assistindo aqueles filmes onde você jamais iria solucionar o problema antes do protagonista simplesmente porque surge algo do além para explicar determinado detalhe. Só que nesse caso, só surgem os detalhes mesmo, felizmente.
Aliás, toda a separação e a investigação vem sendo bem interessante por conta da forma que estão lidando com isso. Traçar uma linha entre youkais e afins perante a aberração da vez é uma forma importante e útil de explicar um pouco de como funciona o mundo presente na história. E isso talvez venha sendo o grande trunfo para não deixar tudo tão monótono e maçante. Jogar explicações, acontecimentos e afins são uma ótima forma de tomar uns ares diferentes ao invés de ficar preso à uma coisa só.
De qualquer forma eu realmente espero que o próximo episódio seja o último desse mini arco. Acredito que se passar do episódio que vem vai chegar num nível insustentável para aguentar tanta enrolação. No mais, estou curioso para saber como que vai ser agora que houve o reencontro entre a Saki e o Kuro. Ela vai ficar pelo caminho ou vai se tornar uma peça chave na história? Utilidade ela tem, só o que atrapalha é a questão do trabalho que é fixo e inflexível, além da questão de que o dele (“trabalho” do Kuro) não lhe rende algum.