Dizem que aquilo que é realmente bom, consegue sempre melhorar de algum modo e isso vale para a segunda temporada desse divertido anime. Depois de nos encantar em 2018, Takagi e Nishikata voltaram na temporada de Julho em 2019, com a missão de nos entreter mais uma vez com o amor de gato e rato preenchido pela inocência dos dois.

Se na primeira oportunidade a obra se focou mais na parte comédia do enredo, nessa segunda eles voltaram com força total no lado romance, o que foi um plus ótimo, diga-se de passagem.

Acredito que pelo fato de mostrar pouco avanço em relação aos dois, além de ser uma introdução dessa futura união, o anime precisou se equilibrar entre os dois protagonistas e o trio de coadjuvantes Mina, Sanae e Yukari.

Em compensação, apesar de não terem sumido, as meninas ganharam um foco menor na sequência e inclusive, abriram espaço para que outros brilhassem mais, como a apaixonada Mano e a intrigante Houjou – junto com seus “pares” claro.

Assim como eu disse, embora o direcionamento dessa segunda temporada tenha se modificado e aquelas que faziam a graça tenham reduzido a sua comicidade, as coisas não perderam fôlego e muito menos ficaram entediantes pela falta delas.

Ao contrário do que podia esperava, Takagi e Nishikata mostraram que podiam segurar bem a história como os protagonistas que são e nos entregaram excelentes cenas do crescimento da relação entre eles.

Enquanto antes as coisas funcionavam na base da “atiçagem” e da bobeira que o garoto dava, agora estavam apostando na química natural e já evoluída entre o casal. Embora aqui tenha se mantido a fórmula episódica de Takagi abusar seu “crush”, dá para notar que eles vão se sentindo cada vez mais confortáveis de ficarem um com o outro.

Um elemento bem interessante que foi adicionado, é a forma como o anime tentou algumas vezes fazer a Takagi ter seus próprios probleminhas e questões a resolver, não sendo só a menina girando em torno do colega. Já ele tem sua chance de se provar exatamente nessas oportunidades que a vida lhe dá e ele aproveita bem dentro de sua própria timidez.

Numa análise mais pontual inclusive, acho que nessa temporada o Nishikata se tornou involuntariamente mais eficiente em deixar a menina constrangida do que o inverso, muito disso pelo sentimento que já aflorou nele e o mesmo vai insistindo em não perceber – ou ao menos fingir que não, até certo ponto.

Apesar de não ser algo recorrente, o protagonista fica mais assertivo, surpreendendo a própria Takagi em alguns episódios e alegrando a garota – que vê seus planos darem certo a cada dia que passa. Ele se incomoda um pouco menos com as brincadeiras e se importa mais com ela, no tempo livre que tem quando não é provocado, o mesmo acaba optando por estar com a menina e toda essa “transformação” vai se desenvolvendo gradativamente, para o deleite de nós românticos.

Aproveitando a deixa, independente de sabermos que tudo vai terminar bem no final, nem preciso dizer a minha satisfação com a escolha de adaptarem um relance da Takagi adulta no anime, só faltou a filha para fechar com chave de ouro – e as duas já apareceram brevemente em outros capítulos no início do mangá.

Bom, do mesmo modo que felicitei a produção na primeira vez, novamente elogio a Shin-Ei Animation pelo bom trabalho com Karakai Jouzu no Takagi-san, e o Hiroaki Akagi pela sua excelente direção. Na continuação eles não só mantiveram a ótima qualidade original, como ainda fizeram ajustes e adições que melhoraram bastante a experiência, trazendo um episódio melhor que o outro – o andamento do casal é melhor que o de muito pseudo romance por aí e da mesma temporada.

Takagi continua maravilhosa como sempre, Nishikata cresceu enquanto par romântico e o anime foi tão gostoso de assistir quanto seu predecessor, comprovando que mesmo na simplicidade, se houver um bom time por trás e usarem os elementos corretos, o que é bom pode ficar incrível. Para quem ainda não viu essa belezinha, eu só digo uma coisa: CORRA.

Obrigado a quem leu e até a próxima!

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