Após 13 longos anos, a franquia Sakura Wars finalmente faz o seu retorno para nos entregar mais uma jornada de luta e amizade contra o mal. Focando na nova Divisão Floral, esse anime não só traz uma equipe diferente, como também tem elementos extras que podem ou não fazer dessa adaptação algo memorável para os fãs e novatos.

Dando uma pincelada geral para situar todos, a história de Sakura Wars se resume a luta entre as Forças de Assalto reunidas em vários países, e as criaturas demoníacas que ameaçam o mundo. Esse novo anime se baseia num período pós a grande batalha que dizimou muitos e resultou na paz temporária – fase essa infelizmente não animada.

De modo geral a história se apresentou de forma fluida e sinceramente não acredito que seja necessário ter visto as demais obras para entender o que acontece aqui. Como as primeiras sagas meio que se fecharam e tudo se “reiniciou”, fica visível que das histórias do passado as únicas coisas remanescente – até o momento – são os monstros e a mentora do time florido.

O episódio começou bem, com uma sequência de ação legal e que já nos indicou o objetivo dos vilões e de outros que ainda não sabemos que vaga vão ocupar. A pequena Clara ainda é um mistério, mas penso que – como de costume – a menina detém algum tipo de poder absoluto ao qual todos precisam para dominar tudo.

Passada essa parte, o anime se dedica a nos apresentar a equipe principal e suas atividades como artistas do teatro e salvadoras da pátria. Não me julguem, mas observando as diferenças de época, dá para ver que mesmo retratando igualmente um tempo antigo, o musical das garotas tem um toque bem mais “idol” – talvez pela influência das mesmas na atualidade.

Um ponto curioso é a visão que tenho desses dois trabalhos tão diferentes, se complementando. Eu vejo que enquanto lutam para defender todos e evitar destruição, ao mesmo tempo elas atuam, dançam e cantam para levar alegria nesses tempos de desespero.

Focando nas personagens principais, temos uma equipe de 5 – que logo será de 6? – contando com Sakura, Azami, Hatsuho, Anastasia e Clarissa. De primeira achei todas bem simpáticas e a química entre elas me lembrou bastante a do Esquadrão Kotobuki pelas personalidades e aparência de cada uma. A Clara é o elemento estranho, chegando bem quieta e muda, mas já admirando sua nova família.

Fiquei um pouco cismado com o comportamento da Sakura – por causa da paixonite óbvia e meio platônica dela -, mas dei pontos a protagonista depois que ela caiu em si e partiu para o modo trabalho e responsável, que é o que me interessa. Costumo gostar de romance, mas se for para ele estragar uma personagem ou o andamento da história, dispenso.

O protagonista masculino Seijuuro, é um rapaz bem simples e bacaninha, mas não sei dizer se ele terá muito tempo de tela para se mostrar, por conta das responsabilidades que tem, fora pelo que sua missão dá a entender, já que ele precisa viajar, se movimentar e investigar.

Acredito que para quem conhece o original, a maravilha do episódio é a presença da veterana e agora chefona, Sumire. A líder não só abrilhanta os olhos fanáticos, como serve de ponte entre a primeira geração de heroínas e a atual.

Além do fanservice, a presença dela leva em consideração toda a experiência de batalha que possui, a tornando uma mentora mais do que qualificada para carregar suas jovens subordinadas nas costas – ponto para o autor.

Por fim as cenas finais mostram o que o anime realmente é e mandam ver na ação, quando os monstros decidem reaparecer para destruir tudo atrás da Clara. Gostei bastante do design de cada robô de batalha e achei a coreografia bem legal, mostrando bem as capacidades individuais de cada lutadora.

As pessoas costumam reclamar muito de animação em CG, mas mesmo não entendendo muito, confesso que aqui isso me incomodou muito pouco, até porque acho que quando se fala nela, o estúdio SANZIGEN é sinônimo de qualidade – mesmo não se igualando a outros como o renomado Orange. A arte é bonita, consistente e não perde muito para o que é feito em 2D ao meu ver.

Apesar do elogio, ainda assim observei que estranhamente a produção parece lidar muito melhor com as cenas de ação e música – bem mais trabalhosas -, do que com as cenas paradas que pouco exigem da equipe. Na calmaria fica visível um certo descompasso nos cortes e uns movimentos meio duros, mas juntando tudo acho que o resultado é bom.

Enfim é isso gente, os vilões estão mais uma vez a solta, espreitando as heroínas, e elas estão aí agora com essa nova bomba na mão. Acredito que a estreia fez o seu papel e me deixou instigado para ver o que a Divisão Floral pretende me mostrar daqui para frente.

Agradeço a quem leu e até a próxima!

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