Lamento vir aqui para comentar esse terceiro episódio e ter que parar bem agora que a coisa tá esquentando. Novos rivais aparecem, os protagonistas ganham um bom reforço e as linhas extras que contornam essa divertida história começam a se desenhar melhor. O que será que Appare vai preparar até a corrida?

O epísódio continua com o gancho da confusão entre a dupla principal, Hototo, Dylan e os bandidos. Aqui não houve grandes acontecimentos, exceto pelo fato do garotinho – agora sabemos o que ele é – se associar ao outros dois e jogar mais algumas das subtramas ainda escondidas.

Hototo veio de uma tribo nativo americana que foi atacada, tendo sua família dividida e seu pai morto pela gangue Thousand Three, que coincidentemente faz parte do passado do Dylan. Ainda não revelaram muito sobre, mas além de membro desse antigo grupo, o corredor parece saber algo sobre o responsável pelo ataque.

Suspeito que ele tem uma ligação direta com o assassino, porém me questiono se seria algo familiar, ou apenas uma inimizade entre gangues – caso os Thousand Three não tenham a ver. Seja como for, algo que me pareceu evidente é que de algum modo, Dylan parece carregar algumas culpas e ao mesmo tempo busca apagar essas memórias.

Com a nova adição a equipe, Appare segue avançando em seu projeto de vencer a corrida e dá de cara com Al e Sofia, que pretendem ocupar seu galpão e vários outros também pela competição, em nome de sua honra e da BNW – nem preciso comentar essa referência.

Assim como a Jing tenta se provar, o europeu quer mostrar a família que é capaz de sustentar os negócios da família, já que é ignorado em relação aos seus irmãos. Penso que apesar de demonstrar habilidade para administrar e criar, ele é vítima do preconceito com o filho mais novo, considerando que antigamente se prezava muito a primogenitura – com os mais velhos recebendo maior incentivo e investimento profissional.

Apesar de ter um jeito meio arrogante, o rapaz tem seu lado mais simples aflorado pela presença de Sofia. A relação entre eles ainda não ficou muito clara, porém ela afirma que é uma mera “babá” que mantém ele na linha – eu acho que a moça é mais, mas vamos comprando essa versão. Gostei da personagem e espero que ela tenha uma participação mais ativa na história.

Fica claro que Al e Appare tem uma paixão comum pelos veiculos, afinidade essa que acaba os conectando como “amigos e rivais” – com mais destaque para o segundo. A dinâmica entre os dois é legal e acredito que eles poderão crescer muito juntos conforme conviverem, já que certamente os dois serão vizinhos de galpão e ainda colegas de pista.

Como forma de manter e ganhar recursos, o protagonista parte para o desafio direto e acho que apesar de ambos saírem ganhando em certos aspectos, talvez a maior vitória aqui tenha sido para a Jing.

Kosame percebeu que vencer era impossível, porém do seu jeito ele apoia e reconhece as qualidades do parceiro, principalmente o quanto ele realmente leva a sério o que se propõe a fazer, mesmo sendo uma loucura enorme. Do outro lado, a garota segue deixando de lado o seu sonho por lhe faltar o que os outros dois tem de sobra: confiança.

Desse ponto acredito que a Jing começa a crescer, observando como eles lidam com as barreiras mesmo sem nada ao seu favor. Engraçado que mesmo suas ações dizendo o oposto, a Jing no fundo queria vê-los vencer, porque aquele seria o impulso para provar a si mesma que era possível correr.

O anime já mostrou que técnica e conhecimento mecânico ela tem, recursos também – mesmo que poucos, então falta mesmo a determinação que vem com o resultado do duelo. Não sei se ela fará parte da galera dos galpões também, mas pelo menos agora vemos uma Jing que vai se jogar no seu objetivo.

A corrida segue um caminho óbvio com a vitória do Appare, mas o que é bem interessante nela é a forma como constrói a vitória. Primeiro eu fiquei surpreso com a engenhosidade do personagem ao criar aquele módulo voador para vencer, porque eu acredito que são esses detalhes criativos é que farão a diferença na hora do rush.

Ele consegue enxergar possibilidades por não ver as limitações e isso é um plus absurdo para quem vai competir sem um centavo no bolso e muitos remendos. Outro ponto que gostei foi o fato de trabalharem uma outra faceta dele, uma persona mais vivaz e expansiva, que apesar de só existir no volante, tá ali e o deixa mais complexo, carismático e divertido de ver.

Simplesmente curti muito o episódio e gostei das novidades que ele trouxe e a forma como já situou os problemas chave do enredo, além dos problemas individuais dos personagens. Até então tudo se amarra, tendo a corrida, a situação dos nativos e a gangue do mal, que já deu as caras rapidamente e também pretende intereferir na disputa com suas motivações egoístas.

Enfim, acho que o episódio fecha esse primeiro ciclo muito bem, apresentando uma história que vale a pena, personagens cativantes e me deixa ansiosíssimo pelo retorno da série talvez na temporada que vem – assim espero.

Agradeço a quem leu esse artigo e até a volta minha gente!

Comentários