Infinite Dendrogram – ep 13 final – Unbreakable
Até que em fim Dendro acabou. Acabou bem? Acabou mal? Para os padrões de Dendro acabou bem, mas quando você compara com animes bons de verdade… É hora de Dendro no Anime21!
O episódio já começa com o antagonista sabendo que iria perder, que início mais auspicioso… Mas não é como se surpreendesse, esse final foi clichê até o último segundo, e pior, faltou qualidade até para trabalhar esses clichês, como no caso da “emocionante” relação das irmãs ou da lua final que não foi luta porcaria nenhuma. Quem vai seco ler o mangá ou a novel por causa desse anime? Você vai fazer isso?
Na primeira metade o único ponto digno de nota foi a conversa do Ray com o Franklin em que eles falam sobre a ultra realidade do mundo do jogo e como ela confunde as pessoas. Contudo, a discussão deles chegou a lugar algum? Não percebi isso, no máximo levantou de novo uma hipótese “esquecida,” mas o que a direção faz na segunda metade? Ignora completamente o assunto, seja com os personagens ou nas cenas mesmo.
Ter uma Tian falando sobre isso, alguém que sequer sabe que os aventureiros entram naquele mundo porque para eles se trata de um jogo; e é um jogo mesmo, ainda que talvez seja outra coisa; não ajuda. Cadê o senso crítico dos jogadores sobre a realidade em que estão vivendo? Se for para não parar para refletir, então não me parecem assim tão diferentes do Franklin. Okay, ele é pior, mas é pior porque é infantil, ou seria lunático?
Franklin é o tipo de pessoa que não imagino tendo culhões para tirar vidas de pessoas que ele soubesse que são “reais.” Não que extravasar no jogo não seja uma mostra válida de sua natureza, mas será mesmo que é o suficiente para afirmar que a pessoa é capaz de fazer isso quando as consequências estão em um nível completamente diferente? No fim fica até subentendido que ele vai voltar a aprontar, não que vá ser animado mesmo…
De resto foi luta horrível no quesito animação, mas, ainda assim, criativa, apesar dessa “criatividade” a qual me refiro ter se dado apenas em uma cena, quando o Ray deixa um dos braços ser decepado para ao mesmo tempo em que reúne poder devido a sua habilidade, conseguir se aproximar do Hugo para desferir o golpe fatal nele. E tudo isso sem faladeira chata, foi uma luta simples, mal animada como tudo em Dendro, mas bem objetiva.
É, foi o único momento que ainda consegui curtir no episódio, pois a segunda metade é um porre que me faz questionar até as duas estrelas que dei para esse final. Não tenho mesmo o que comentar da relação das irmãs, só que, como o Franklin bem disse, o Hugo é sua âncora moral, prendendo ele a razão, sem ele queria ver como o Franklin agiria. Mas aí questiono, o quão dá para levar a “sério” essa insanidade dele se a irmã o contém?
A moça que encarna o personagem Franklin é bem imatura e chata, o que é uma pena, pois o Hugo não é de todo um personagem ruim. Contundo, é bem mais frágil e bobo do que aparentava quando foi apresentado. Não vejo ele seguindo o caminho do antagonismo, até pelo contrário, visto que vai explorar o mundo sozinho e aposta quanto que não demora a ir correndo se reencontrar com o Ray? É claro que isso você só “vê” lendo…
Aliás, no final a cena do “Ray 3D” e da moça loira que passou por ele meio que deixou na cara que ela era o Franklin, né? Loira, na faixa de idade dele e certamente jogadora de Dendro, quem mais poderia ser? Isso é digno de nota? Na verdade, não, só queria reforçar como o anime é tosco, terminando sem mostrar a luta pela qual alguém poderia ainda estar esperando, apesar de duvidar disso, e ainda dando uma deixa totalmente desnecessária.
Preferia que revelasse, ou dessem mais pistas, sobre o que na verdade é aquele mundo de Dendro, acredito que assim eu me sentiria mais interessado em voltar a ler a light novel. Pela forma como o anime acabou não me sinto nenhum pouco impelido a fazer isso. Inclusive, tenho medo de reler o volume de estreia do original e achar ruim, diferente do que achei na época. Isso que dá fazer anime ruim para promover o original…
Por fim, Dendro acaba sem pudor algum em não entregar uma luta que ao menos poderia ter sido divertida, e tiram completamente o peso que a situação ainda poderia ter. Nem digo que queria ver o Ray ressentido, mas ele com certeza não parecia incomodado por descobrir que seu algoz de outrora era sua amiga dos últimos tempos. Sabe aquela sensação de que tudo acabou em pizza, e de que a pizza é ruim e o refri esquentou? Então…
Dendro vive de momentos medianos, o resto é todo medíocre, esquecível. No máximo há boas ideais em algumas lutas, mas nada favorece esses momentos e no fim eles acabam soterrados por tanta falta de criatividade e má produção técnica, além de um roteiro paupérrimo e uma direção limitadíssima. Não houve esforço algum para fazer a ideia parecer boa, as infinitas possibilidades de fracasso foram a única coisa que se concretizou.
Até a próxima!