Nami yo Kiitekure – ep 6 – Nas ondas da rádio, o exorcismo de Minare Koda
O episódio já começou com aquela arregada a qual todo brasileiro está acostumado, afinal, o líder da nação dá pelo menos uma dessas toda semana. Mas não falemos de coisa ruim e sim de um episódio meio maluco e muito divertido, tanto que estou rindo enquanto escrevo e dou uma olhadinha em uma live. Aliás, não indico ver anime engraçado em live, é bom pausar para rir e voltar as cenas para rir ainda mais.
Um adulto que nunca arregou ainda não cresceu e se falta criatividade a Minare para bolar um programa não posso escrever o mesmo sobre o autor dessa história. O mais legal é que não foi só o caso supostamente sobrenatural que divertiu nesse episódio, mas também a história de vida perturbadora da Makie e até as aparições pontuais dos pais da nossa heroína. O coco não cai longe do coqueiro, só se for nas nossas cabeças!
Enquanto o pai aconselhou a filha a fazer as pessoas rirem e a mãe a disse para viver uma vida decente eu acho que a Minare está justamente se encontrando entre ambas as possibilidades, descobrindo que dá para viver sim uma vida digna fazendo as pessoas rirem, apesar do pagamento não ser o suficiente para sobreviver e, é claro, esse é um ponto importante. Sorte dela que houve o acidente com o chefe, né, o qual me leva a Makie…
No fim das contas, ela realmente estava falando a verdade, se aproveitou da boa vontade do Nakahara, mas como julgá-la por isso? Já que não assentiu com a irmã dele quando ela a questionou se quer realizar o sonho do cozinheiro tenho para mim que ela ainda esta descobrindo o que quer fazer ou até já sabe, mas com certeza não é realizar o sonho de outra pessoa; seja do homem que a ajudou ou de seu irmão maluco.
Aliás, a cena dela contando a história para a irmã do colega de trabalho foi muito inspirada, com direito a trilha sonora bem no estilo terror/horror e quebra de ritmo para alocar uma piada que eu já estava esperando, pois caberia bem demais na situação. Ri tanto desse trecho que nem consegui me compadecer tanto com a história dela, até porque ela está começando a se libertando da loucura do irmão por meio de seus próprios esforços.
A história dela é bem bizarra, mas o anime é meio bizarro a seu modo, então devo dar um desconto, ainda mais quando a ocorrência principal do episódio é uma mistura de coleta de material para um possível programa com o exorcismo da falecida namorada de um conhecido da Minare. Inclusive, isso justificou a cena (ou as cenas, não lembro se houve mais de uma) estranhíssima do Shinji fazendo ritual. Morar sozinho é uma zorra.
Naquele momento pensei que se tratava apenas de uma piada largada, não levei a sério, mas não, tinha um propósito e se tinha um personagem no qual eu apostaria para ver algo assim seria mesmo ele. Um sujeito que não reclamava com a vizinha da marmota que ela fazia regularmente em seu apartamento não deve bater muito bem da caixola e/ou deve ter coisa mais bizarra ainda com a qual se preocupar. E tinha. Tivemos a prova.
Além disso, ele me lembra a Makie, tem um jeitão soturno, parece alguém com quem ocorreria uma história absurda dessas. A Minare atrai figuras bem peculiares, mas que, ainda assim, não são exatamente incomuns de se ver nos círculos em que ela se encontra; uma rádio e um restaurante de segmento bem específico. Apesar de que a turma que trabalha com ela na rádio parece até normal frente seu ex-vizinho e a colega de trabalho.
Enfim, não buscarei pelo em ovo, a verdade é que ela está cercada de gente estranha, mas isso não muda o fato de que se duvidar ela é a mais estranha entre todos e, ainda assim, prática quando é preciso ser, como foi ao aceitar a ideia de conferir o fax a ela enviado e não contar a Mizuho de quem se tratava. Ela deve ter pensado que com edição nomes e relações poderiam ser omitidas e acho que não estava errada em pensar assim.
É esperando pela boa vontade dos fãs e se metendo em roubadas por impulso que a heroína constrói seu caminho rumo a fama, e um que, felizmente, vem sendo trabalhado de forma interessante. A estreia definiu aquele que deve ser o padrão para suas gravações, mas o segundo programa já chutou o balde e abordou a gravação (ou o que imagino que deva se tornar uma) de maneira diferente, trazendo um frescor ótimo para o anime.
Combina muito com Wave esse tipo de história de bastidor que você não acredita ser verdade mesmo se vê ou lê a pessoa que viveu contando. Pode parecer sem noção, impossível, mas é só olharmos para o cenário atual no qual nos encontramos que dá para ter certeza que nem os melhores roteiristas conseguem ser tão mirabolantes na ficção. A vida real é uma loucura total, mais do que deve ser um ritual com mulheres servindo saquê…
Por fim, Wave continua divertidíssimo, morri de rir nesse episódio e mal posso esperar pelo próximo. É ruim de ser o espírito da namorada morta a provocar a bizarrice que é o sangue cair do teto, mas aposto que mesmo que se trate apenas de carne estragada pingando vão dar uma volta tão grande e tão perturbadora que tem tudo para render um programa divertido e ainda mais inusitado que crime passional + aliens + final abrupto.
Até a próxima!
P.S.: Feliz dia das mães para você e sua mãe ou você e seu(s) filho(s), afinal, nenhum ser humano nasce de chocadeira, ao menos não que eu conheça…