Tanto o episódio 19, quanto o 20, tratam de problemas de relacionamento familiares. Não só apenas entre os integrantes da família Souma, como também da família de Kakeru e Machi (sim, os dois são irmãos, só que de mães diferentes e parece que ninguém sabia disso).

Isuzu tem problemas de se relacionar com pessoas boazinhas, pois acredita estar se aproveitando da bondade delas para satisfazer os seus desejos egoístas de atenção, cujos quais não recebeu de sua família desde os oito anos de idade, e Machi tem problemas de convivência, pois pode surtar a qualquer momento.

O problema de Isuzu é muito profundo. Além de não ter recebido atenção devida dos pais e sido maltratada, também tem problemas de desordem alimentar e fraqueza corporal. Tudo o que lembra sua família lhe dá ânsia de vômito e entre outros problemas, além de, muitas vezes, se transformar em cavalo por se sentir muito fraca.

O problema da comida de hospital deve ser justamente esse (na minha opinião): ela lembra de sua família simplesmente porque eram coisas que sua mãe costumava cozinhar para ela. Outro fato também é dela não se sentir à vontade comendo na frente dos outros. Por sua mãe surtar durante a janta, isso a marcou tanto que não deve aguentar comer em grupo por causa disso, principalmente na frente de pessoas felizes.

Apesar disso, Isuzu está aprendendo aos poucos que está tudo bem depender das pessoas para alguns tipos de problema, principalmente os emocionais. Ter chorado no colo de Tohru lhe deu todo o conforto de que precisava, mesmo querendo não admitir que precisava da menina como muleta para não criar um certo desconforto. Ela sente a mesma coisa pelo Hatsuharu, e ter lembranças dele a toda hora deixa isso ainda mais claro.

Yuki também aprendeu a depender de Tohru para certas coisas, principalmente para seus problemas de relacionamento com a classe. Ser o presidente do Conselho Estudantil é um passo importante para que saiba como gerir ainda melhor seus assuntos pessoais. Sendo membro de tal grupo significativo, o faz observar melhor as pessoas, além de adquirir mais experiências de relacionamento.

Graças a esse passo à frente, ele consegue falar ainda mais claramente o que deseja das pessoas e da sua vida. Acredito que era isso que sua mãe estava esperando. Apesar dele tentar dizer tudo o que precisava, não conseguia exprimir isso em palavras, mas hoje já consegue. Sua mãe até começou a agir como uma, coisa que ela só estava empurrando com a barriga, já que o “rato vai ficar junto com o deus” mesmo.

Não que eu a esteja defendendo, longe disso. Até porque, o comportamento da mãe de Yuki era parecido com os dos pais da Isuzu, apesar dela não transparecer tanto. Ela demorou muito para ver que seu filho cresceu e tem opiniões próprias, mas só agora que está percebendo o amadurecimento de Yuki, até mesmo na hora de conseguir um celular.

A Machi também tem seus problemas familiares, porém é algo que não consegue mais lidar consigo mesma. Ela não consegue se libertar, muito menos falar com as outras pessoas, assim como Kakeru fez quando era criança e mudou da água para o vinho.

O problema todo é que a Machi se tornou uma pessoa tão desorganizada que não consegue resolver a própria vida sozinha. Joga as coisas no chão, quebra outras se for preciso. Enfim, é um problema que vai além do imaginado. Isso não quer dizer que ela seja louca porque quer, mas sua família colocou tanta pressão nela que essa é a única maneira de liberar tudo o que tem dentro de si.

Yuki ainda está tentando entender a mente de todos do Conselho Estudantil, mas parece que quem mais quer saber sobre é ela, já que tem a mente conturbada, igual à dele anteriormente. Ele sabe que Machi não é uma pessoa ruim, e está fazendo de tudo para tentar entendê-la.

Acredito que o maior apreço por Machi foi quando a menina “salvou Yuki” daquele quarto escuro, cuja tinta preta tinha caído em cima de si. Foram tantas lembranças ruins misturadas que teve vontade de vomitar. Mas que também lembrou do que queria de Tohru, que era…

Muito obrigada por ler este artigo até o final! o/

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