Re: Zero é só para aqueles que conhecem o inferno!

A Ryuzu não é usuária do clone jutsu das sombras, mas é um clone e se você me disser que faz sentido buscar a imortalidade para alguém cujo objetivo na vida é o conhecimento, devo concordar com você.

Aliás, duvido muito que a Echidna não queira mais um corpo físico para fixar sua alma. Ela está usando o Subaru para conseguir um no final dessa jornada?

Veremos, o importante é que agora nós entendemos melhor a personagem, assim como a Ryuzu Bilma, um clone que com o tempo foi criando personalidade e se aproxima do Subaru, agora Apóstolo da Avareza.

Aliás, pelo que entendi estive equivocado esse tempo todo sobre os apóstolos, pois ficou parecendo que para se tornar um é necessário o mínimo de contato com uma bruxa.

Não fica claro se um apóstolo recebe as ordens diretamente dela, mas o próprio Subaru ser um e não ser “soldadinho” dá a entender que não é para tanto.

Em todo caso, é peculiar a forma como os apóstolos se relacionam com as bruxas e devem aprofundar mais isso nos próximos episódios e temporadas.

Enfim, se o frenesi da Bruxa da Inveja não for a ação isolada de um fragmento da existência dela, sinto que posso achar muito bobo sua loucura de querer ser amada e armar todo um circo por conta disso.

O autor gosta desses extremos, já ficou claro, mas será que tanta instabilidade condiz com ela? Me parece um pouco gratuito, mesmo se nós pensarmos que as interações dele com a Echidna foram o estopim para o aparecimento da Satella.

Mas é Satella mesmo ou Bruxa da Inveja? As duas podem ser separadas? Pior que até faz sentido ela ansiar pelo amor do Subaru, ao menos se pensarmos que tudo que ela faz é por inveja de alguém.

Talvez da Emilia, a “sósia”? Talvez, mas se pensarmos que o Subaru foi invocado antes de conhecê-la não sei se isso faz todo esse sentido.

E se não gosto tanto da abordagem da Satella, gosto ainda menos se seguir pelo caminho clichê do herói que quer salvar a vilã. Por que o Subaru disse aquilo?

Ele se sensibilizou com o choro de uma garota fofa de cabelos prateados, eu sei, mas esqueceu da dor que ela o infligiu tantas vezes? Ou se impactou tanto pela dor dela que foi capaz de deixar o rancor de lado institivamente? É o instinto dele ajudar os outros…

Qualquer que seja a explicação esse lance de querer salvar a inimiga pode ser perigoso para a obra a longo prazo, a curto foi mais uma cena tensa, mas até “fofinha”, coisa que esse anime faz bem.

A fraqueza do Subaru após um momento tão intenso foi nada menos que o esperado, mas as variações de humor do Garfiel não exatamente e a sacada do Subaru ter percebido que ele escondia algo foi uma bola muito dentro.

Porque tanto era algo que ele vinha observando tem um tempo, quanto dá abertura para aprofundar ainda mais o Garfiel e a trama, afinal, ele tem uma conexão maior com a Bruxa da Avareza do que se supunha e tem motivação própria para o que faz.

Enfim, se fosse especular em cima da abertura talvez tivesse pensado que as várias Ryuzus eram a prova definitiva de um experimento da Echidna, mas não fiz isso, então ainda me surpreendi com a revelação.

Só que acabou sendo um desenrolar bem coerente, até a vestimenta da Ryuzu que apareceu da primeira vez é diferente da Ryuzu chefe e aquele é um território da bruxa, né, é de se esperar que houvessem traços de sua existência.

Note que tudo gira em torno da Echidna, seja direta ou indiretamente, talvez só não o ataque da Elsa e a revelação que a Beatrice vai fazer, mas mesmo isso faz parte do desenrolar do problema no vilarejo, deve ser superado para que ele seja resolvido.

Inclusive, a Satella deve ter aparecido por causa da Echidna ser um fator inesperado até para ela e se é assim me parece ainda mais claro como mesmo tendo sido mortas pela Satella as outras bruxas não a temem ao ponto de nem querer cruzar caminhos.

Talvez elas ajudem o Subaru a lidar com a Satella, eu não duvidaria disso, agora desconfio demais do que a Echidna tem parecido até aqui, a figura simpática que mais ajuda que outra coisa. Tudo tem seu preço e eu imagino que o de uma bruxa não seja barato, né.

Enfim, a conversa com a Emilia foi bem fofa e boa para afirmar a convicção do Subaru, lembrando ele de não perder de vista o que e quem importa. Junto a isso, tem o fato de que ele meio que ainda precisa se “provar” para ela.

Na verdade, se fazer essa pessoa únida na vida da garota, com o Pack é ao modo dele. Acredito que esse arco está sendo bem proveitoso nesse sentido e pode ser ainda mais.

Quanto a conversa com o Garfiel, a convicção do Subaru prevaleceu e o fez finalmente se impor com ele, um sujeitinho esquentado, mas que já havia se mostrado bem razoável anteriormente.

O Subaru foi lá e tocou no ponto fraco do Garfiel, faltou ver ele chegando a conclusão de que o meio-humano tinha um segredo, mas talvez só esteja sendo chato, afinal, o Subaru comeu o pão que o diabo amassou para chegar até um ponto em que seria capaz de convencê-lo. Isso já debe bastar.

E falando em diabo, até quem não sabia nada da história do Subaru acreditaria quando ele falou que já viu o inferno. A cena toda foi realmente muito bem dirigida e foi uma forma segura de introduzir esse último estágio do arco.

Aliás, talvez o fim de apenas um momento do arco, pois tenho a impressão de que resolver todo o rolo em apenas dois episódios seria bem rushado, pois o Subaru ainda precisa se acertar com a Beatrice, espantar a Elsa e ajudar a Emilia com sua provação.

Aqueles dois apóstolos não foram introduzidos à toa, né? Imagino que o segundo cour seja a continuação dos problemas a serem resolvidos nesse e não tenho dúvida de que ainda assim a temporada acaba bem.

Só uma reviravolta bizonha para me decepcionar, eu acho que a história da Beatrice deve ser interessante, só não tenho ideia do quanto impactará as estruturas da trama, muita coisa já foi revelada, mas muita coisa não, então vai saber o que pode acontecer…

Por fim, foi um episódio muito bom. Não tão quanto foi o anterior, mas certamente deixou um hypezinho pada os dois últimos. Talvez o Subaru ainda morra mais, deve morrer, mas agora parece ter um norte.

Até a próxima!