Um episódio sem nada de muito interessante a comentar, mas que teve outra apresentação legal e tudo o que os fãs costumam gostar em Love Live!, ou quase tudo, mas agora o grupo está se formando, então… É hora de Idol Heaven no Anime21!

A Karin nem era do grupo e não tinha percebido isso, o que pela prévia do próximo episódio dá a entender que só ela pode dar algum trabalho para ser recrutada, porque a Rina e a Ai parece que vão entrar de cara. Mais ou menos importante que isso, tem o Love Live, que obviamente existe, mas será assim tão relevante?

O desfecho no final do episódio dá a entender que não, que é um objetivo a ser perseguido, mas conquistá-lo ou não não é o que determinará o sucesso da jornada. Como a escola não corre risco de ser fechada, ficará só no campo da realização pessoal das idols? Você acha que isso é suficiente para prover um anime satisfatório?

Acho que se evoluir nessa pegada correrá tudo bem. Apesar disso, é inegável que esse papo de deixar de ser idol escolar já está ficando enfadonho. Em todo anime da franquia é assim e a gente sabe que no final a idol vai mudar de ideia, o problema é o quão bem trabalhada é essa mudança. Nesse caso, achei um meio termo.

Logo mais chego nela, antes não tem como não falar do gatinho acolhido pela presidente do conselho em um dos dois momentos que gostei por terem dado uma certa razão a mudança de decisão dela no final. A Nana é bem razoável, apesar da aparente severidade, tanto que fechou o clube, mas não é contrária a reabertura dele.

E é na cena em que dá-se a entender que a Yuu pode ser a compositora do grupo (alguma experiência com as teclas ela deve ter para conseguir reproduzir algo de CHASE! em um piano, né) que isso fica claro. A Setsuna é a expansão desse aspecto da personalidade da presidente, que não parece mesmo alguém dada ao confronto.

Só que mesmo assim ela é teimosa e insiste em sua jornada solitária como a única idol incompreendida nesse mundo cheio de idols escolares. E não estou aqui querendo menosprezar o problema dela, mas é fato que foi algo que se criou e ganhou corpo mais em sua mente insegura, não sendo uma insatisfação geral das garotas.

Mesmo que os argumentos dela não sejam exatamente ruins (querer convencer primeiro as companheiras se quiser conquistar o público faz todo sentido), basear o problema entre um confronto de paixão contra fofura parece raso demais. Senti falta de algum ou alguns exemplos claros de discordância entre ela e a Kasumeme.

Isso foi o que mais me incomodou quanto ao que é exposto e aprofundado sobre o problema, pois o roteiro acerta em alguns pontos, mas derrapa na construção da base para eles. No Sunshine!!, por exemplo, eu acho que isso é melhor feito, além do problema demorar mais a se resolver e se apoiar em uma “base” mais sólida.

Enfim, a reação das garotas sobre a Setsuna voltar ou não ao grupo deixa claro como o roteiro dá um tiro no pé, mas, honestamente, só pegou de raspão. Como o público já sabe que ela vai voltar, que seu jeito de ser é mais razoável e que não há nenhum impedimento além, era de se esperar que o problema não se estendesse.

É aí que entra a conversa da Yuu com a presidente, que não foi nada de genial, mas chutou para dentro uma bola já cantada. A Setsuna quer mostrar sua paixão, a Kasumin quer mostrar sua fofura, ambas têm pontos de vista diferentes, mas mesmo no atrito podem ter um ponto de equilíbrio. A Setsuna, atolada em seu egoísmo, precisava perceber isso e a Yuu a convenceu com a visão de quem olha de fora, mas também está “entrando”.

Inclusive, como eu gosto da Yuu, acho que ela dá um equilíbrio bom a trama, pois ao mesmo tempo em que é uma fã, também deve ser uma espécie de produtora. Ela pode ofertar algo de novo as situações apresentadas, assim como pode assumir funções que nos outros animes eram dividas só por idols e não precisava ser assim.

Outra coisa que estou curtindo no anime é que mesmo com a crescente semelhança entre séries da franquia, essa diminuição da importância do concurso, além do não surgimento de um objetivo urgente, dá uma certa liberdade a série, que não precisará atrelar ao desempenho como idol algo que não tem nada a ver com ele.

A resposta da Setsuna mesmo flui bem e me passa essa impressão de que essa geração terá pelo menos um pouco de variação, de diferença, de frescor a mais que no Sunshine!!, mais preso ao concurso e com algumas semelhanças mais claras com o clássico. Gostei da apresentação e da música, mas prefiro CHASE!, eu admito.

A resolução do problema fechou o grupo, as sete estão unidas e focadas. Isso é suficiente para tocar o clube, ser competitivo no Love Live e crescer como grupo? Talvez sim, talvez não, essa avaliação depende de como serão somadas as outras três. Repito, pela prévia dá-se a entender que duas vêm fácil, a Karin vai fazer doce?

Não sei e no fim das contas nem é relevante, é melhor pontuar que entre mortos e feridos um episódio sem tanta originalidade ainda pode ser bacana; tanto pelas emoções que explora em linhas gerais, quanto pelos detalhes que deram consistência a trama, ainda que nada de tão incrível. Love Live! Nijigasaki vive e respira, agora vem a calmaria ou ao menos a tranquilidade suficiente para que esse clube reformulado ganhe corpo.

Até a próxima!

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