Logo de cara deixarei claro qual foi o maior defeito desse episódio. Ou melhor, nem preciso, pois o próprio episódio deixou ele bem evidente. Sim, estou falando da animação. Em certos momentos a animação estava horrorosa, chegava a arder os olhos ver aquilo. Conseguiu ser tão ruim para estar muito “abaixo da média” do grandiosíssimo padrão Toei de qualidade. Mas o episódio conseguiu ter muitos pontos positivos, e sobre eles também falarei.

Mas agora sim vamos ao episódio. Que já começa nos acontecimentos do episódio passado. O Digimon que apareceu e roubou o digiovo fugiu, ou melhor dizendo, guiou os digiescolhidos até sua base secreta. Ou já não tão secreta assim. O que me impressionou, eu imaginei que demoraria alguns episódios até eles chegarem na base dos vilões. Mas não, as coisas estão avançando muito mais rápido que o esperado.

O que não permitiu que as coisas avançassem ainda mais foi o primo defeituoso do Garurumon. Vulgo Splashmon para os íntimos. Uma criatura bem estranha que tem de poder tudo que tem de feio. Tá, ele não tem tanto poder assim. Mas foi um inimigo muito difícil de ser derrotado. Com habilidades e vantagens que fizeram dele um oponente muito problemático.

E confesso que adorei a batalha contra ele. Certo, nem tanto também. A animação atrapalhou muito, realmente se não fosse ela teria adorado. Essa luta teve muitas coisas interessantes mesmo. Acredito que seja a luta mais tensa que o anime já teve, algo que se aproxima do desesperador. Se não para nós ao menos para os personagens. Além disso, algumas cenas estão repletas de uma violência não vista até então. E sua reviravolta é uma das mais incríveis de todo esse reboot.

E pela primeira vez eu fui pego de surpresa. Pois eu realmente não tinha a mínima ideia do que iria acontecer. Foi muito gratificante ser surpreendido por um anime que tudo que você não espera é ser surpreendido. Não houve nova forma no sentido de evolução mas apenas uma “atualização”, algo bem diferente e muito interessante. Só faltou uma boa animação para a sequência de cenas de batalha ser incrível.

E além desse núcleo há um outro palco de acontecimentos que é digno de comentários. Entretanto se no mundo digital grandes coisas aconteciam por sua vez o mundo humano ficou somente com as pequenas. Mas essas pequenas coisas não são insignificantes, na verdade foram algumas dessas pequenas coisas que eu mais gostei do episódio. Como as interações das crianças com suas famílias. Gostaria de ter visto mais disso, foi algo breve mas bem legal.

E temos que comentar também as tramas do mundo humano que irão se conectar aos acontecimentos do digimundo. Na realidade eles já estão conectados. Aquela “network” nada mais é que uma estrada, ou um portão entreaberto, entre o mundo humano banal e o mundo digital fantástico. Mas faz sentido essa atual separação. São muitos personagens e cada um terá o seu lugar na trama no seu devido tempo.

No digimundo o Leomon ficou de fora. Mas deve retornar e ajudar as crianças agora dentro da “tartaruga castelo”. E que por sinal, que cena incrível. Outra criatura monumental apareceu no anime, depois daquele pássaro do episódio passado que já era gigantesco. Porém o Digimon dessa vez está do lado dos escolhidos.

E sobre isso, de fato foi o TK quem ajudou eles. Mas não consegui me controlar enquanto via o episódio e não falar “mas que retardado!”, o garoto se arriscou sem o menor motivo. Ele desceu justo no lugar mais perigoso possível e não é como se fosse coragem, foi apenas idiotice mesmo. Sorte dele que o roteiro estava ao seu lado. Mas algo que me agradou foi a nova forma do MetalGreymon que também me fez pensar se mais alguém vai ganhar uma forma nova igual essa. No caso o WereGarurumon, mas acho que teremos que esperar pelo próximo episódio para saber isso.

E por fim: a animação estava terrível. Sei que já falei muito isso, também sei que eu mesmo já falei que a falta de qualidade da animação é algo para se acostumar. Mas eu realente gostei do episódio, vi muitas qualidades e acredito que esse é um daqueles casos aonde a animação realmente estragou a experiência.

Seja como for, é isso. Até mais.

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