Infelizmente chegamos ao fim dessa divertida e açucarada história de amor, num episódio que não foi o mais marcante em termos de surpresas, mas certamente foi o mais importante, no que tange a mostrar o que é agora o casal, junto a seus amigos.

Olhando o produto final, acho que posso dizer que talvez o episódio passado tenha sido o mais próximo de uma conclusão para a obra, já que ali tinha se resolvido um “arco” que girava em torno da aceitação do casal e como eles estavam se inserindo um na família do outro – ainda que os pais da moça não tenham dado as caras.

Esse daqui assim como eu disse antes, ainda que não traga nada de novo para impactar mais, segue sendo ótimo e se sustenta muito bem na sua apresentação, funcionando praticamente como um epílogo do que aconteceu até então e o progresso da dupla.

O Nasa é um pouco mais lento na observação, mas a Tsukasa por exemplo, já está tão próxima do marido que consegue ler com facilidade os detalhes de seu comportamento, as suas manias, qualidades e defeitos – o que eu acho ser mais próprio da mulher, por ser mais atenciosa e naturalmente perceptiva na convivência.

Ele é esforçado, mas pouco se cuida e é obstinado demais quando se foca em algo – o que é ruim porque a pessoa não presta atenção a mais nada -, enquanto ela é mais equilibrada, se encarregando de fazer o seu, cuidar dele e ainda ficar no pé para que ele mude hábitos que farão mal.

Engraçado que nessas cenas achei até que estava vendo o dia a dia dos meus pais, com a diferença da minha mãe não ser tão dócil e delicada como a Tsukasa, afinal já são mais de 30 anos aturando um homem teimoso e descuidado, mas a protagonista já deu a entender que no futuro pode ser igual na cobrança – eu mesmo adoraria ver uma adaptação com os dois mais velhos, unidos e rabugentos.

Ainda nesse momento mais romântico e fofinho, quero destacar um trecho que passou bem rápido, porém não desabercebido aos meus olhos – e creio que aos de muitos -, que foi o diálogo da Tsukasa sobre seu medo em relação a saúde do Nasa.

Ali mais uma vez o anime joga com os mistérios da moça e as preocupações que ela tem, por conta de sua longevidade, o que ele enquanto humano comum, infelizmente não possui. Desde que começou, Tonikawa faz muitas insinuações sobre a Tsukasa, mas não clareia nenhuma de fato, indo desde o básico das suas origens, até os seus pais que nunca foram nem citados numa conversa.

Ao meu ver a adaptação poderia ter explicado ao menos o grosso sobre a menina, confirmando o que seria interessante para essa “primeira fase” da história deles, mas passou batida por isso, o que não diminuiu em nada, mas tirou um pouco da riqueza a mais que poderia ter.

De todo modo, caso façam uma segunda temporada – que o Japão me ouça – ficaria contente se desenrolarem esse lado B da fita, até porque ele existe e é necessário ao que o casal está construindo, assim como os pais do Nasa também foram para embasar a narrativa dele.

Voltando ao que foi desenvolvido, gosto de como o anime avança mais um pouco na intimidade da dupla, com o Nasa ainda mais assertivo que o normal, para a surpresa da Tsukasa e minha também, que imaginei ele segurando um pouco mais o seu lado libidinoso, por conta da timidez que ainda predomina nos dois – especialmente nela.

Essa “chegada” do protagonista – ainda que não tenha ido tão longe – era algo necessário nesse final, até para que ficasse realmente marcado que eles estão evoluindo e aceitando os sentimentos conforme eles vão surgindo, como um par normal, sem o clichê do amor que se contenta com o pouco e acaba ali, sem que ninguém demonstre nada extra.

Por fim, tudo se conclui com a alegria dos casados e as novas amizades formadas pela união dos dois, com destaque para a Aya e a Chitose, que involuntariamente parecem mais compatíveis do que o olho entrega, assim como a própria Kaname que já está solta nas suas saliências com a Tsukasa também – o que é legal porque agora o deboche ganha uma outra dimensão.

Os fogos de artifício no festival – como sempre acontece nos festivais de animes do gênero -, vieram para coroar o momento de felicidade geral e assim o fizeram, encerrando com louvor uma obra que desde o começo se comprometeu seriamente com a simplicidade de suas ideias e o carisma de seus personagens, não fugindo disso e alcançando a excelência por esse motivo.

Espero de coração que continuem essa beleza de anime no futuro, mas caso isso não aconteça, já deixo registrada a minha satisfação em acompanhá-lo ao longo dessa temporada, numa jornada que me divertiu e aqueceu o coração com tanto amor e doidice despejados na tela.

Obrigado Tonikawa!

Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

 

 

 

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