E cá estamos nós no fim de outra jornada incrível dessa temporada, que foi a luta do Jotaro e CIA, mas para compensar a tristeza de acabar, o final veio para entregar o que eu queria e sim, sou desses e já largo spoiler no título. É Jotaro campeão, meu povo!

Pode ser que muita gente discorde, mas eu acredito que dos caminhos possíveis e viáveis para essa história, certamente esse era o menos obviamente previsível e eu explico a razão. Caso o samurai vencesse haveria um clichê comum – que por vezes se sustenta bem e em outras nem tanto -, porém se não o fizesse daria na mesma, já que muitas obras também apostam no final educativo onde o protagonista chega quase lá e morre na praia, ficando somente com o reconhecimento e alguma lição aprendida na batalha para não desistir.

Embora não haja uma surpresa, ao meu ver o diferencial dessa conclusão está nos pequenos detalhes em que o anime tentou apostar até o último minuto, de modo que quem estivesse assistindo entenderia que aquele percurso era de fato o ideal, tudo isso sem que a emoção ficasse perdida pela previsibilidade – algo que a direção faz desde a estreia, vale salientar.

Jotaro trabalhou duro para chegar novamente ao nível em que chegou, encarou várias dificuldades e portanto sua vitória não era algo impossível, ainda que seu maior rival estivesse na cola. A dúvida até então era como estaria o psicológico do Minamino no retorno e o do próprio samurai, tendo em vista a sua angústia com o Leo e o machucado no pé que estava afim de avacalhar.

Achei legal como todo o elenco amigo decidiu se juntar para apoiar o Jotaro e o Leo – usando seus “talentos” em cenas bem doidas -, porque mostra a importância daquilo que os dois criaram nesse meio tempo, elos verdadeiros que superam qualquer problema e que não deixam o outro cair.

Confesso que no começo eu estava tenso, achando que entregariam o ouro ao Minamino apenas porque ele é bom e o protagonista ainda sobrar com aquele pé – que deu uma deslizada -, mas fiquei satisfeito ao ver que nenhuma dessas possibilidades se concretizou, até porque penso que seria injusto com a construção dos dois ginastas.

Jotaro mostrou suas mazelas, seguiu em frente e se desenvolveu com os erros e acertos, além de estar lutando por algo muito maior que apenas ele mesmo, existiam outras pessoas em torno das quais o seu esforço e paixão, giravam. O Minamino por outro lado, não demonstrou crescer com nada ao longo dos desafios, ou ao menos eu não enxerguei qualquer vestígio de evolução, salve um pequena ponta de esperança nos seus minutos finais.

Assim como eu desconfiava, ele tinha uma admiração absurda pelo Jotaro – que infelizmente não foi discutida -, só que me questiono em que ponto de sua história, isso se tornou esse sentimento estranho que o deixa problemático daquele jeito. Posso estar errado, mas a admiração evoca respeito e empatia, algo que passa longe do comportamento que ele exibiu com seu “ídolo” e sequer tentava explicar.

Bom, embora eu não tenha podido ver uma evolução clara no príncipe da bandana, ao menos pude presenciar uma pequena chance de mudança com a derrota, considerando que essa reviveu a grandeza do Jotaro e quem sabe acendeu o outro lado do jovem. Tá aí uma possibilidade para uma próxima temporada, focar na ótica do Minamino pós competição – sem esquecer os outros, claro.

Enfim, falando um pouco do Leo, eu já esperava que ele fosse voltar, mas acho que foi bom ele ter voltado da forma discreta como voltou, porque mostrou que apesar das dúvidas que tinha sobre a sua importância e sua força, ele estava ali pelo seu amigo, para vê-lo tentar e triunfar, contando com o seu apoio.

Depois de uma apresentação perfeita o nosso querido protagonista ganhou o que merecia e sem consequências físicas – obrigado ao autor. Essa vitória inclusive serviu de inspiração para que os demais ginastas observassem o segredo de quem se superou e tentassem encontrar seu caminho do sucesso.

Algo que eu diria que me surpreendeu foi o salto temporal ao fim do episódio, pois eu esperava que mostrassem trechos de como esse pessoal todo estaria após aquele momento, e no entanto ganhamos apenas o renascimento do Leo, que embora curtíssimo foi simbólico para o que ele viveu, fechando todo o ciclo.

No geral eu acho que esse final só coroou o que estava ótimo, pois os personagens principais tiveram um bom desenvolvimento e resoluções sólidas. Embora eu não simpatize muito com o rapaz, gostaria apenas de ter visto algo a mais sobre o Minamino – até por essa questão com o Jotaro -, assim como alguns dos secundários, mas acredito que dentro de suas possibilidades o anime não falhou.

Por ser um original, a certeza de uma nova temporada é pouca, ainda mais com os conflitos essenciais resolvidos, então não dá para apostar minhas fichas numa continuação. Contudo se decidirem continuar, considerando as pequenas pontas em aberto, acredito que essa turma ainda tem o que contar.

Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

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