Finalmente voltamos as batalhas ranqueadas, nas quais a Tamakoma-2 tem a difícil missão de subir ao topo, mas acima dessa, mostrar como esse time evolui enquanto grupo e como lutadores individuais, já que cada um deles tem o seu próprio desafio pessoal a vencer.

Depois da derrota humilhante na quarta batalha, chega a vez dos times Kakizaki e Katori fazerem frente aos protagonistas e aqui vemos belos exemplos de união e a falta dela, considerando esse panorama confuso dos adversários, será que eles levam os pontinhos que precisam?

Para começar devo dizer que achei bem interessante colocarem essas três equipes frente a frente, porque de modo geral, eles tem características que eu acredito serem importantes para o aprendizado de ambos os lados.

Ao longo do tempo sempre foi visível que embora seja inteligente ao criar estratégias, e esforçado em superar sua fraqueza natural, Osamu nunca foi um líder exatamente confiável como combatente e consequentemente isso prejudica bastante o desempenho da Tamakoma-2, que depende exclusivamente do Kuga e suas proezas.

Mesmo com essas limitações ele consegue articular bem o time, ganhando a plena confiança de seus parceiros, assim como depositando a sua neles cegamente e fazendo as coisas funcionarem como é possível.

O Esquadrão Kakizaki tem um trabalho conjunto bem similar, mas com a óbvia diferença de seu capitão ser mais experiente – por vir de outra equipe -, além de ter uma força considerável que balança as coisas ao seu favor, uma vez que dessa forma ele consegue extrair o melhor de sua equipe sem ser um “peso” para ela.

Como resultado da sua segurança, o time laranja mostra um certo domínio do campo, levando em conta que a Tamakoma-2 era a única com um sniper disponível e dispunha de várias armadilhas. Ainda não pudemos ver muito acerca desse time, mas assistindo ao episódio, me senti intrigado para entender a história deles, especialmente a do Kakizaki, já que ele deve carregar outros fardos que vem das suas derrotas e do seu passado com o Esquadrão Arashiyama – que lembremos, pertence ao rank A.

Em contraponto as coisas positivas apresentadas pelos oponentes, a equipe Katori ainda que tenha mostrado algum poder latente, não chega a oferecer nenhum perigo gritante, mas neles é que surge a grande questão do episódio. Confesso que mesmo havendo vários guerreiros na Border – e em ranks diferentes -, de alguma forma eu consigo me recordar ao menos de um membro de cada grupo, mas esse é uma exceção e acompanhando o embate eu creio que entendi o motivo.

O time formado por Katori, Miura, Wakamura e Hana, demonstra uma falta de sinergia e foco tão grande, que simplesmente não vejo esse pessoal ir longe de jeito algum, e ouso dizer que até me admira eles estarem numa posição relativamente boa. Penso eu que se alcançaram algo é por conta das suas habilidades individuais, mas até aqui essas foram tão mal direcionadas, que só dá para lamentar por quem está se esforçando ali.

A capitã é uma menina mimada e talentosa que representa o lado daqueles que nascem com o dom de serem incríveis com pouco esforço e nenhum interesse, diferente dos seus colegas cuja dedicação e o trabalho duro são uma constante, caso queiram se igualar aos outros. O jeito rude e grosseiro dessa moça lidar com a equipe é algo digno de pena, principalmente porque a mesma sempre faz questão de deixar claro o seu desinteresse por qualquer coisa que não consiga tomar para si e vencer.

É curioso ver como seus colegas se comportam com ela, porque diferente dos outros grupos que partilham uma relação saudável e confiança mútua, os daqui praticamente são forçados a engolir o orgulho e apostar em sua capitã.

Ainda que Wakamura bata de frente com ela – e com razão -, o rapaz se permite rebaixar por se reconhecer como alguém fraco e penso que para uma pessoa como a Katori, isso apenas fortalece o egoísmo dela. Por outro lado, quem me chamou atenção foi a Hana, pois até então são poucas as vezes em que uma operadora consegue se tornar tão importante como eu a percebi dentre os quatro.

Quando a vi, achei que sua postura séria era apenas uma caracteristica de sua personagem, de modo que isso não ia ter função alguma na história do time. Para a minha surpresa, ela apenas sabe aguardar o momento de agir, quando percebe que a instabilidade dos colegas e a infantilidade da líder, compromete tudo o que está em jogo.

Diante da pressão das unidas Tamakoma-2 e Kakizaki, o “cada um por si” empurrado pela Katori não tinha como funcionar, no que gostei da forma como a Hana deu um basta nas ações dispersas do trio, que se dedicou apenas a brigar entre si e evitar grandes danos. Se a injeção de liderança da garota terá um efeito suficientemente bom para eles, não se sabe, mas quero acreditar que com essa intervenção a batalha terá um curso bem mais interessante.

Caso o anime também pretenda investir no pano de fundo desse quarteto – o que parece necessário -, acho difícil que construam algo que justifique com decência uma personagem tão lamentável quanto a Katori. Seja como for, ao menos que no fim essa experiência tenha algum impacto para todos.

Até o momento não se tem nenhuma perda, mas dadas as circunstâncias atuais, essa importante partida parece se encaminhar para uma vitória que favorece os estratégicos protagonistas, será que dessa vez eles conseguem sair da lama em que foram deixados na luta anterior? Tomara que sim.

TRIGGER ON!

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