Depois de dois episódios dedicados ao Tamakoma-2 e seus desafiantes, finalmente vimos os rumos para onde o enredo pretende virar e como isso vai afetar a jornada dos protagonistas – assim como a dos outros times. Obviamente que o caminho é o grupo ganhar o Hyuse e tudo certo, mas será que isso vai ser conseguido “na base do sorriso” e facilmente?

Lembremos que embora seja cordial, o invasor não é exatamente uma pessoa muito simpática a seus futuros companheiros e acredito que essa falta de abertura atual, pode acabar rendendo um desenvolvimento interessante para todos. Dito isso, vamos de World Trigger?

Bom, primeiramente não sei se todos concordam, porém eu acho curioso como esse episódio consegue se tornar tão bom, mesmo sendo um episódio “parado” em relação a todos os outros tão repletos de ação. Acredito que muito disso se deve a primeira metade dele, onde presenciamos uma mudança nos times perdedores e só por isso já valeu a pena – o restante também é ótimo, mas quero destacar esse ponto.

Como eu previa, a pressão causada pelo Tamakoma-2 fez com que os grupos reavaliassem suas performances e especialmente, seu trabalho conjunto. Eu estava em paz com o Kakizaki e preocupado com a Yoko, porque imaginei que mesmo frente a algo tão claro, ela ainda poderia agir diferente de seu concorrente e bancar a orgulhosa, não aceitando a correção devidamente – o que felizmente não aconteceu.

Inclusive, vale salientar que as pontuações feitas pelos comentaristas foram bem precisas acerca dos pontos fracos nos dois lados. Ao meu ver o Kakizaki tem uma insegurança e medo exagerados e isso complica a sua visão ampla de batalha, limitando os companheiros e consequentemente reduzindo a equipe ao mediano. A estratégia dele de manter a coesão é ruim? Sinceramente não, contudo existem ressalvas aí que podem ser consertadas tranquilamente.

Assim como falei da outra capitã, acho que ele sofre da falta de equilíbrio e agora pode perceber isso para o seu próprio bem. Ter cautela é algo maravilhoso nessa vida e imprescindível para fazer o que eles fazem, mas existe uma linha tênue que separa a prudência, da covardia, e por muito pouco ele estava se segurando na segunda categoria. O lado bom é que ele tem uma equipe unida e pronta a transformar em força o que eles tem de melhor.

A ruiva por sua vez já tem outros defeitos que são um pouquinho mais complicados, só que também passíveis de resolver – o que já pude ver encaminhado em poucos minutos. Seu jeito rude e a confiança excessiva, somados a uma má comunicação e ao fato de piorar os complexos que seus parceiros tem – por não terem metade do potencial dela – vem jogando na lama qualquer chance de crescimento e organização que eles possam ter.

Fiquei bem satisfeito em ver a outra face dela junto aos amigos, após ser derrotada. Gosto daquela Yoko mais infantil e sensível que só tinha aparecido nos flashbacks, porque assim como eu disse antes, isso mostra que ela é humana e apenas precisa de alguns ajustes nas ideias. É aqui que vemos mais uma vez a importância de um grupo, já que todos são sinceros em suas colocações sobre ela, também se colocando a disposição para tentar mais uma vez e fazer dar certo.

Mudando dos grupos secundários para quem realmente importa, na segunda metade, a Tamakoma-2 segue bem e com a árdua missão de converter o Hyuse em um coleguinha de time. Confesso que percebi umas nuances legais no futuro desse pessoal, especialmente no Neighbor por conta da sua lealdade inabalável.

Consigo entender o rapaz quando ele coloca que não pretende trair seu mestre, mas ajudará os outros desde que isso não o comprometa. Lembremos que o Hyuse não tem provas concretas de que não é bem vindo, ele tem apenas comentários de terceiros, portanto, até que provem o contrário, seu mestre não lhe traiu, apenas o restante de Aftokrator.

Fico curioso para saber que papel esse “mestre” ocupa, porque a depender disso, a mudança no personagem vai ser bem problemática. Para mim é visível que ele não pretende prejudicar os terráqueos, porém essa reticência pode causar pequenas rusgas na equipe e com os outros esquadrões quando descobrirem suas origens, o que eu já percebo mais rápida e claramente na Chika.

Como alguém que perdeu sua família e ainda é perseguida pelo seu poder, é natural que ela se preocupe com o que o Hyuse representa. Pode até ter quem se confunda apontando a boa relação com o Kuga, no entanto aí entra a observação, pois além de não ter relações com o país que causou problemas a menina, o baixinho sempre se prontificou a ajudar e em momento algum se colocou numa posição de dúvida, por querer continuar ligado a sua terra – com ela ainda errada e ele presente na bagunça.

O fato de ela confiar no julgamento do Kuga e do Osamu sobre ele, apenas vai trazer um pouco mais de paz a mente dela, já que sabe que poderá contar com os dois na pior das hipóteses, mas quero ver como os três lidarão com a inflexibilidade e incerteza do invasor, assim como a reação desse em retorno ao que estiver aprendendo com eles – que eu penso ser o calor humano e a coisa do pensar no próximo, já iniciados pelo Yotaro.

Para somar a questão política, o Hyuse também é bem duro nas suas críticas constantes ao trio – embora realista -, só que nesse caso eu acho que sua inteligência e perspicácia em campo, vão acabar sendo um elemento que os unirá, por conta do desenvolvimento que eles irão ganhar conforme lutem juntos. O que ele tem para ensinar, pode “destravar” as questões da própria Chika com armas por exemplo, e com isso ambos podem se ver com outros olhos, o Osamu pode aperfeiçoar suas habilidades e por aí vai.

Enfim, a grande questão é como o capitão quatro olhos justificará a presença do novo colega e sua importância como membro da promissora Tamakoma-2. Já quero ver ele em ação na próxima batalha e as estratégias que bolarão em torno da sua chegada.

TRIGGER ON!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Comentários