SSSS.Dynazenon – O “novo” SSSS.Gridman – Primeiras impressões
Quase três anos após Gridman, a mesma equipe responsável está com um novo projeto que apesar de não ser uma sequência, está relacionado ao seu parente. Mesmo com a mudança de alguns conceitos e com novos personagens, SSSS.Dynazenon promete ser um dos melhores animes dessa temporada ( se conseguir manter o nível) com suas lutas entre titãs, ou melhor, entre kaijus e protetores da Terra (não que esse seja o nome do quarteto).
Gridman foi uma produção muito interessante do começo ao fim. As lutas do Gridman com os kaijus era sempre bem legal e a história em si não fazia feio e conseguia ser o grande destaque da obra. Com isso, é de se esperar que Dynazenon siga uma linha parecida ao conseguir produzir uma boa qualidade técnica sem esquecer de que a história é tão importante quanto.
Mas para você que não viu ou não conhece Gridman, eu recomendo dar uma lida na nossa resenha feita na época do anime. Para resumir, Gridman é um tokusatsu da década de 90 que foi a grande inspiração do anime de 2018. Aliás, eu trato como inspiração pelo fato de que o anime não é o tokusatsu em versão anime e sim, uma releitura com mudanças importantes ao mesmo tempo que mantém detalhes da obra em sua base.
E confesso que esperava que Dynazenon fosse o mesmo caso, porém estava completamente enganado. A obra da vez não teve seu próprio tokusatsu e na verdade aparece em Gridman (série original) lá pelo episódio 22 como um mecha controlado pelos amigos do protagonista da série. Por conta disso, é notório que a equipe pegou a ideia do deste mecha e criou uma história em cima que, logo de cara, parece ser bem interessante.
O episódio inicial fez questão de mostrar um pouco sobre cada um dos personagens centrais da obra. Yume, Yomogi, Gauma, Chise e Koyomi são jovens que aparentemente possuem seus próprios problemas. O episódio explora de maneira sutil e rápida o problema de cada um deles, sem deixar claro os detalhes necessários para um entendimento melhor, o que é completamente normal considerando que estamos no início de tudo ainda.
Aos poucos a obra obviamente vai explicar, mas essa palhinha inicial já foi bem interessante. O foco da vez acabou sendo Yume e Yomogi que apesar de estudarem juntos não se conhecem e bom, o início não é dos melhores também. Antes mesmo de conhecer a Yume, Yomogi ouviu rumores ruins sobre ela (que não eram mentira, vale destacar) e ainda assim aceitou encontrar-se com ela apesar de não saber o motivo ou o que eles iriam fazer.
Por outro lado, a Yume parece acreditar que ele pode entender ela, seja lá por qual motivo. Sabemos que ela perdeu alguém importante anos atrás e ainda assim a perda é sentida fortemente dentro de sua casa. Já Yomogi não tem indícios de que perdeu alguém, apesar de ter uma mãe “solteira”, por assim dizer, pois não sabemos se ela é viúva ou divorciada. Sinceramente acho que ela é viúva e por isso a Yume acredita que exista uma possibilidade dele entendê-la.
Enfim, resta acompanhar a continuação disso na sequência. Além deles, quem chamou a atenção apesar do curto tempo de tela foi o Gauma. O motivo? Ah, ele simplesmente disse que é um controlador de kaiju. Sim, isso mesmo, o cara brota do nada e solta uma dessas para desconhecidos que mal sabem quem ele é. Além disso, ele mostrou saber controlar o Dynazenon além de conhecer as transformações e ataques do mesmo.
No mais, uma recomendação é que se preste bastante atenção nas cenas, no entorno delas e em detalhes pequenos. Essa produção desde o início mostra que vem para contar uma história não só pelos diálogos e acontecimentos, mas também por detalhes que passam despercebidos. Além disso, visualmente Dynazenon é simplesmente belo, desde o design e as cores dos olhos de cada personagem central até os cenários, os kaijus e as cenas que podem não ter importância.
Assim como Gridman, Dynazenon começou de forma misteriosa, mas intrigante. Ainda temos muito o que descobrir e considerando o trabalho anterior dessa equipe, eu estou realmente ansioso para ver o desenrolar disso tudo.