E os bons episódios continuam. Aqui por exemplo temos dois episódios completamente diferentes, mas ainda assim compartilhando algo em comum: a sua qualidade. Então vamos a eles.

Primeiro, é obvio, vamos ao episódio quarenta e três. Esse episódio desde o seu início se propôs a ser uma grande piada. E de fato, ele foi o episódio mais engraçado até aqui. E logo destaco a cena dentro do Komondomon que foi uma das melhores do episódio.

Todos os digimons foram afetados pelas músicas dos “king of digimon” de uma forma diferente, mas todos igualmente cômica. E não apenas foi algo engraçado como persistiu ao longo do episódio. Tipo o Yamato procurando o Gabumon ao longo do episódio todo, sempre aparecendo no fundo. Foi muito engraçado.

As cenas de batalhas desse episódios também estavam muito engraçadas. O anime soube até nelas, inclusive na batalha final, não se levar a sério e fazer comédia em cima de tudo que fosse capaz. E conseguiu, foi muito engraçado.

Não apenas pelos escolhidos e seus parceiros mas também pela presença do Etemon e do Volcamon, ambos protagonizaram cenas muito cômicas e divertidas. Em especial as já ciadas cenas de ação, em que eles se destacaram mais do que todos.

Bem, talvez alguém no final desse episódio tenha conseguido roubar os holofotes. E obviamente eu estou falando na nova evolução da Palmon, isto é, a Ponchomon. E nem ela escapou de ser um alívio cômico desse episódio.

Nenhum outro digimon, de nenhum outro escolhido, seria uma escolha melhor do que a Palmon para ter uma transformação em meio a um episódios tão descontraído como esse.

Ainda que não tenhamos visto nada de sério nesse episódio eu realmente gostei dessa nova forma, espero ver ela ainda mais no futuro.

Agora, se esse episódio não foi sério, de forma alguma podemos dizer o mesmo do episódio quarenta e quatro. Ele foi um dos episódios mais sérios e dramáticos do anime inteiro. E aqui novamente o anime acertou na dose. Esse foi um excelente episódio.

O anime soube construir a figura do Petaldramon e criar um vínculo poderoso entre ele e a Hikari em poucos minutos. O episódio inteiro foi carregado com uma atmosfera bastante pesada, porém na medida certa, pois o anime sabe que se trata de uma aventura juvenil e não de algo sombrio.

Ele sabe que deve tratar esse lado sombrio com peso mas nunca esquecer que a luz sempre deve prevalecer. E de fato, essa é justamente a história desse episódio.

Além dessa história ser muito bela e emocionante, tenho que destacar o papel dos escolhidos nela e a sua própria jornada. Ainda no episódio passado algo que me chamou a atenção foi o fato do Etemon e do Volcamon terem os reconhecido como os “digiescolhidos” é algo importante para que nós sintamos que eles de fato são os escolhidos.

Sem o respaldo daquele mundo e daqueles que o habitam é difícil acreditar que de fato eles sejam crianças prometidas.

É importante isso, da mesmo forma que é importante que eles passem por experiências diferentes naquele mundo, que conheçam criaturas diferentes, que conheçam lugares inimagináveis e sendo ainda mais geral, que se aventurem.

Note que se um desses episódios foi leve e divertido então o outro foi pesado e comovente. Mas ambos reforçaram a sua relação com aquele mundo e com eles próprios. O anterior nem tanto mas esse último com toda certeza.

Outra coisa que gostaria de destacar foi um fato curioso presente nesse último episódio. Notem que quando a batalha final de aproxima nós vemos o Pegasumon no campo de batalha, e não o Angemon como se poderia supor.

E da mesma forma a própria aparição da Angewomon acontece em um momento especial, por sinal carregado de emoções. Parece que eles de fato estão sendo tratados como digimons sagrados, e portanto suas próprias aparições devem ser raras.

Seja como for esse episódio nos agraciou com uma bela história que teve uma excelente conclusão. O embate que nós vimos foi entre a natureza, mas num sentido ainda mais profundo que representa a própria vida, contra o seu oposto, aquilo que tanto tememos; a morte.

O sacrifício do Petaldramon é belo porque mesmo após ser derrotado pela morte, não apenas protegeu a vida com o seu sacrifício mas deu continuidade à vida já que o seu corpo serviu como origem para uma floresta. Ou seja, ele venceu a morte mesmo na morte.

Uma bela história de um anime que está melhorando semana após semana. Até mais.

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