Se nossa querida protagonista queria uma vidinha mansa e calma, afastada da correria de ser uma heroína poderosa e lendária, ela que esqueça essa ideia porque nesse episódio seu plano acaba de ir pelo ralo, sem chance de retorno e nós estamos aqui para comentar esse “BO” que a moça acaba de assumir.

Desde que iniciou sua carreira como herbalista de sucesso – escondendo o status de santa -, era esperado que ela crescesse e eventualmente pudesse ser descoberta caso estudassem com mais atenção todos os seus feitos.

O que acontece é que a natureza bondosa da Sei acabou tirando dela o que ela mesmo buscava com muita rapidez, o que é engraçado porque diferente da mesma, todos estavam “se virando nos 30” para ocultar sua identidade – incluindo o encantador de jóias que mais ou menos deve ter imaginado os problemas que ela poderia ter se souberem logo.

A aparição do rei Siegfried nos surpreendeu um tanto, pois diferentemente de seu desagradável herdeiro, ele demonstra ser de fato nobre e bom, como um governante digno deve ser. Tínhamos alguma curiosidade quanto as possíveis intervenções que ele pudesse causar na vida da Sei agora que a conhece diretamente, porém o episódio meio que nos tranquiliza quanto a essa relação.

O monarca ciente dos erros do filho e ao mesmo tempo da possibilidade da herbalista ser a santa invocada, tem o tato correto, não age com imprudência, respeita o espaço dela e apoia o que a garota faz. Claro que isso pode ser a mera conveniência de não querer entrar em choque com ela dada a sua posição, mas pelo que sua personalidade aparentou e a forma como viu a humildade da Sei, duvidamos muito que ele seja diferente disso.

Voltando a protagonista, o que gostamos muito nela é como a sua curiosidade lhe impulsiona a sempre encarar os desafios e buscar caminhos, rotas que possam levá-la a seus objetivos.

Existe uma certa preocupação que é perfeitamente normal, porque a própria já afirmou não estar acostumada a toda a atenção e a cortesia que o povo de Salutania oferece, mas ainda assim é justamente esse tratamento que faz com que ela também se sinta segura para agir em prol deles – o que ela faz através de seus estudos.

A cena em que ela vai ao encontro do terceiro batalhão é bem interessante porque é ali que enxergamos mais dessa humanidade da personagem em meio a pessoas com problemas reais e necessitadas. Mesmo com o conflito de tentar se proteger, ela não queria passar por ali inerte, sabendo que poderia fazer mais – afinal ela também estava se aperfeiçoando para isso de certa forma.

É curioso também que o próprio guarda amigo dela percebeu o desconforto da moça com toda a situação e quis dar um suporte para que ela não se sentisse mal com nada, no entanto como a mulher forte e incrível que é, ela segue com suas curas sem pensar muito em si e sim nos feridos.

No final fica perceptível que ela ainda fica com um sentimento de confusão ao ver Johann e Albert, justamente porque sabe o quanto eles e os outros se esforçam para lhe proteger, enquanto pensa igualmente que a necessidade ali é maior que sua situação, sendo seu chefe um bom amigo ao lhe acolher e dizer as palavras que precisava para deixá-la em paz.

Abrindo um parêntese aqui, talvez para muitos que assistem o anime, o crescimento acelerado dela facilite demais as coisas, contudo a obra sempre foi bem clara quanto a grande extensão dos poderes que ela detém, no que eles tentam utilizar com sabedoria esse elemento, para demonstrar que esse poder também é fruto da sua dedicação em aprender e se arriscar constantemente.

A questão do grande mago ainda depende do que essa figura vai nos mostrar no próximo episódio, mas pensamos que ele deve servir como um impulso para a Sei desenvolver ainda mais esses poderes não compreendidos e que ela gosta de empregar pelo bem de todos – quem sabe até ajudando a manter sua identidade segura, talvez.

Bom, o fato é que com a exposição feita, muito provavelmente ela deve participar mais ativamente das expedições que os batalhões realizam, não só para dar suporte, como também para que possa treinar suas habilidades de cura, herbalística – quiçá até as de encantadora – e isso abre margem para que o anime a trabalhe ainda mais.

O grande mago se aproxima, e agora Sei?

Agradecemos a quem leu e até o próximo artigo!

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