Uma criança humilde capaz de processar e fazer frente a um nobre adulto, esse é o jovem Moriarty. Aqui percebemos que ele começou a sua jornada até mais cedo do que pensávamos. Mas esse de fato foi apenas o começo, apenas o primeiro passo. Um nobre é pouco para quem se levanta contra uma classe inteira.

Mas vamos ao episódio. Que começa com o Moriarty em sua infância resolvendo uma operação matemática, algo importante pois nos lembra de seu grande conhecimento matemático. Mas que aqui se relaciona com a sua explicação que faz uso do dinheiro em seu exemplo. E dinheiro é algo muito importante para esse episódio.

Em específico de dois dinheiros, o emprestado pela senhorita do orfanato e depois aquele emprestado pelo próprio Moriarty. Ambos emprestados para a mesma pessoa, um nobre que na realidade estava enganando aquela mulher com um empréstimo que nunca planejou pagar.

Mas o simples fato do próprio Moriarty ter dinheiro para fazer um empréstimo ainda maior que aquele feito pela senhorita evidencia que ele tem um plano por trás de tudo. E o decorrer desse episódio o esclareceu. Não apenas destruir com a vida desse nobre, mas de fato fazer um investimento.

Claro, o Moriarty se coloca como um “juiz” então faz sentido interpretar esse episódio como uma aplicação da justiça. Mas após olhar os documentos do empréstimo, isso logo no início do episódio, ele visualizou uma oportunidade de lucro. E de fato, ele lucrou no fim disso tudo.

E nós também, pois houveram coisas interessantes aqui. Sendo a parte mais interessante desse episódio o processo levantado pelo garoto contra o nobre. E digo que é tão interessante pelas argumentações de ambos os lados além da façanha do Moriarty em guiar toda a discussão para uma vitória completa.

Claro, tem a parte de uma criança ser levada muito a sério mesmo por adultos doutos. Sem falar que além de ser uma criança ele era uma criança de uma classe social baixa. Mas o pior foi a cena “amedrontadora” de uma criança com a sua faquinha de cortar pão. Assustador, muito assustador. Então sim, sem dúvidas tem vários problemas na cena, mas a parte principal ao menos foi interessante.

Agora, sobre o nobre aqui apresentado nós vimos uma outra perspectiva dessa suposta relação superior-inferior das classes. Quer dizer, a crença de uma superioridade baseada no domínio cultural. Enquanto ele é um nobre culto os de classes baixas são apenas idiotas incultos.

E por isso mesmo ele faz uso de uma referência à uma peça de Shakespeare, apenas para inflar o seu próprio ego. E nesse sentido o Moriarty refuta essa sua crença ao conhecer a peça em questão. Mas enfim, após toda essa história voltamos ao tempo presente onde um tal Milverton encontra os documentos desse antigo processo.

Esse personagem aparece no conto Charles Augustus Milverton, que como o anime expositivamente nos relevou é exatamente o nome desse personagem. Milverton vive de chantagens contra pessoas das mais diversas, usando de documentos e segredos comprometedores para delas tirar tudo que for capaz. É um chantagista da pior espécie.

Nas palavras do próprio Holmes “Tive de lidar com cinquenta assassinos em minha carreira, mas nem o pior deles me inspirou tanta repulsa quanto a que eu tenho por esse sujeito”. Depois disso já se pode imaginar a boa pessoa que é esse tal de Milverton.

Enfim, esse foi um episódio com coisas interessantes no final das contas. Até mais.

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