Drug Store in Another World – The Slow Life of a Cheat Pharmacist (“Cheat Kusushi no Slow Life: Isekai ni Tsukurou Drugstore” no original) é um anime do estúdio EMT Squared (Renai Boukun, Assassins Pride, Hyakuren no Haou to Seiyaku no Valkyria, Kuma Kuma Kuma Bear) que adapta a light novel escrita por Kennoji e ilustrada por Nigou Shouji/Matsuuni. A produção é da temporada de verão de 2021 e possui a seguinte sinopse:

 

“Reiji Kirio era um assalariado (cof cof perdedor) até reencarnar em outro mundo e fazer poções (na estreia não explicam como ele domina essa skill, mas talvez contem ao longo do anime), abrindo uma farmácia com uma garota fantasma e uma garota loba que ele salvou na estrada. Reiji cura todo mundo com suas poções deliciosas (era tudo ruim antes dele), só não cura suas tendências lolicons. Será que bota crédito também?”

 

Estreou o isekai da farmácia, mas cadê o isekai da pizza, não vão adaptar? Sério, japonês não se toca que faria o maior sucesso, daria até para fazer parceria com pizzaria e tudo. Otaku que nunca quis comer pizza com caixinha de waifu que atire o primeiro caroço de azeitona fora. Enfim, zoeiras a parte, ate que o anime do farmacêutico (também conhecido como virjão, alquimista e lolicon) não é tão ruinzinho. É tipo placebo, sabe?

A história é um slice of life bem bobinho que conta com uma animação bem simplória e um roteiro que não fica atrás, mas como é mais um isekai dessa temporada (e tem uns 10 isekais nessa temporada) não tem como eu não perder o interesse nesse aqui, apesar de achar a proposta até que bem criativa. O problema é que o anime não se propõe a nada demais mesmo, e ainda diria que tem um ou outro probleminha. Ou vários.

Por exemplo, não me agrada a ideia de um adulto corar ao pensar na calcinha de uma garota morta (ela é um fantasma, né, imagino que já tenha morrido), pois além de ser bizarro, é ainda mais bizarro por ultrapassar os limites da necrofilia e embarcar em uma onda de fetiche místico que, meu deus do céu, eu realmente não precisava ter visto aquilo. Para “melhorar”, a lobinha também tem muitas das “intimidades” com o prota.

Além disso, ele reclama do “riajuu” (do padrãozinho) que tem namorada, mas por que ele mesmo não vai atrás de uma e deixa seu harém de garotas sobrenaturais de lado? Outras novinhas, digo, garotas aparecem no encerramento (nem lembro se também aparecem na abertura) e fica claro que esse também será um chamariz do anime. Só não se tocaram de um detalhe, ele é um adulto, coisa que nenhuma delas aparenta ser…

É, japonês não liga muito para isso, eu sei, mas me assusta um pouco a falta de noção com como esse lance do harém é construído, ainda mais em meio a um anime slice of life que facilmente poderia ter uma outra pegada. Digo e repito, a ideia é boa, mas é executada de maneira medíocre, só apelando para cativar a audiência que realmente assiste qualquer tribufu (e curte slices bem bobos). Se fosse o isekai da pizza será que eu seria mais leniente?

Enfim, o caso destacável dessa estreia foi o da namorada yandere e do namorado rico. Me incomodou o exagero na caracterização do estresse dela, como se ele justificasse a perda total do controle emocional que ela teve. Aliás, mesmo que justificasse, resolver tudo com um chá que foi de lascar. Eu já previa um desfecho qualquer, mas nem para dar algo mais “robusto”, que justificasse a mudança radical dela? Não que ciúme tenha cura, tem?

Pelo menos a brevíssima cena em que ele e suas ajudantes preparam a poção para curar a histeria da moça foi agradável, bem estilo slice of life despretensioso. Infelizmente, foi o único momento mais agradável do anime para mim porque, por exemplo, o breve caso que veio a encerrar o episódio terminou mais uma vez de forma clichê, com o protagonista criando outra poção popular e enchendo as calcinhas das lolis de dinheiro.

Aí um bacana desses sente inveja de quem namora, é brincadeira, né? O cara tem boa aparência, casa, emprego, grana e a simpatia de geral na cidade e age como se não pudesse pegar ninguém. Pena que não tem FBI nesse outro mundo, senão ele já teria sido preso pelo menos preventivamente. Zoeiras, ou não, a parte, a verdade é que esse anime é até bom para quem não espera nada dele mesmo, mas só isso, e isso com boa vontade, vale nota.

E ele, ainda por cima, parece que não coloca crédito no celular das pessoas. Coitado do Touya do Isekai do smartphone, se ele fosse fazer um crossover com o Reiji não ganharia nada em troca, pois ele já tem seu próprio harém (que e super canon), é mais poderoso, rico e bonito; é o protagonista de isekai perfeito, né? Burro e overpower, do jeitinho que eu gosto. Pelo menos smartphone faz a galhofa bem-feita, já drug store…

O que falar mais dessa obra-prima? Assista por sua conta e risco, depois não reclame se precisar ir a farmácia tomar um remedinho para não dormir no meio, algo assim. Esses farmacêuticos tapeiam a gente para comprar remédio que a gente nem precisa, assistir anime que a gente nem precisa… Pelo menos botam crédito no nosso celular, tirando o Reiji, esse só se importa em viver tranquilo, sonhando acordado com a calcinha de uma garota morta…

Até a próxima!

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