Não me pergunte o porque, pois eu não faço ideia do motivo para esse episódio não ter sido o primeiro do anime. No máximo posso especular, acho que quiseram apresentar o plot do que realmente ia ser o anime, a aventura da heroína. Em todo caso, não foi um super episódio de início e eu diria que o anime estava bem melhor onde parou, mas isso não importa muito agora. Vamos falar sobre o que esse verdadeiro início conta?

Nós já sabíamos que a Sally era uma princesa, que dava suas “ordens da princesa” e que queria sair em uma aventura, mas com esse episódio ficou claro (não lembro se havia ficado antes) que ela queria isso antes de conhecer o Mikoto, que ele só deu um empurrãozinho para ela se decidir. Por outro lado, tem coisas que ele não a deu, que são seus poderes, além de informações que justifiquem a imaginação fértil da heroína.

Sério, esse elemento parece ainda mais tosco agora, mas, honestamente, também não é um detalhe dos mais relevantes. O anime esta cheio de elementos deslocados para uma fantasia padrão e isso tem sido cada vez mais comum nas histórias japonesas. Não sei se na mesma medida, o herói edgy (ou algo próximo disso, não acho que o Mikoto seja um) tem feito sucesso. Talvez possamos chamar o Mikoto de anti-herói, que tal?

Do ponto de vista do mundo em que ele vive fica difícil considerá-lo um porque os humanos querem ver os ogros pelas costas, mas esse não é o caso da Sally, não à toa ela não o deu a mão quando ele partiu e agora tenho ainda mais certeza de que não deve dá-la na retomada de onde a história parou. A Sally não pensa como o Mikoto, não quer matar os ogros (nem os homens e feios) sem pudor, ela só quer se aventurar.

Mas em meio a isso tem outro detalhe que não me passou despercebido e não poderia passar mesmo. Eu estou ficando doido ou a Sally tem o poder do pêssego? O Mikoto não o passou (mas passaria se ela tivesse ido com ele), então ela já nasceu com isso. Ou melhor, nem sei se nasceu, mas já tinha quando se encontrou com o aventureiro. Aliás, também não foi estranho o rei ter deixado a filha partir sozinha para se aventurar?

Ele tomou essa decisão quando os ogros atacaram, então talvez já soubesse que a filha conseguiria se defender se a coisa apertasse, só não tinha era confiança na maturidade dela para seguir seu próprio caminho. Ao abdicar de sua feminilidade (como se os dois melões que ela tem no peitoral não fossem nenhum pouco “femininos”…) ela demonstrou maturidade para abraçar o caminho incerto que seguiria dali em diante.

Até aí tudo bem, acho que esse raciocínio faz sentido, mas por que o rei não “usou” a filha para lutar e proteger o reino? Será que por temer os perigos de seu poder? E se ele não sabia desse poder, como a garota o obteve? Não foi pelas mãos do Mikoto, então tem que ter sido de alguma outra forma, além de que, repito, logicamente as ações do rei fazem mais sentido se ele já soubesse dessa “característica” da filha.

Por fim, o Mikoto promove um verdadeiro massacre (citado na reunião dos cem ogros) e eu fico me perguntando o quanto a gente pode levar a sério essa faceta dark do herói quando ele deixa as ogras fofas sobreviverem, mas aniquila os homens e feios sem piedade. Sei que ele deu justificativas razoáveis para suas ações, mas você me culpa se ainda considerá-las, ao menos em parte, desculpas? Vamos ver até onde isso vai.

Só sei que estou de saída e que esse episódio não me surpreendeu muito, seja positivamente ou negativamente, a única coisa que achei interessante foi o fato do poder dela ser o mesmo que o poder dele, mas isso não ter vindo dele, denotando que ainda há mais mistérios ao redor da heroína e que, não que esperasse por isso, não existe qualquer motivo minimamente razoável para que ela opte por ficar ao lado dele.

Mas ela também não vai seguir o ogro mal-intencionado. Repito, a Sally é o meio termo, o caminho de coexistência e compreensão que falta ao Mikoto (ao menos com a maioria dos ogros) e também ao Sumeragi. Sei que o quinto episódio já saiu, só ainda não o assisti, mas em breve você verá meu artigo falando dele aqui e então retomaremos de onde a história parou, mas agora entendendo melhor como ela realmente começou.

Até a próxima!

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