Esse foi um lindo e emocionante episódio, pesado em seu drama, porém leve em sua conclusão. Sem dúvidas o melhor episódio da Sora nesse reboot.

Esse foi sem dúvidas, um episódio bastante interessante. A começar pela protagonista desse episódio, que foi a Sora. É curioso rever ela aqui sendo que a Pyiomon já recebeu sua evolução final, mas diferente da maioria dos outros escolhidos ela precisou de dois episódios para conseguir o seu brasão. Uma grande prova da importância da personagem.

E tão especial quando a jornada dela foi o próprio episódio. Coisas aqui para serem destacadas não faltam. Uma delas é a própria Sora e o que ela fez nesse episódio. Muito coerente com a sua personalidade foi a sua decisão sobre o que fazer com o Shakkoumon. No lugar de lutar contra ele a Sora decidiu ajuda-lo, fazendo uma cena tão linda quanto impactante.

Isso tudo devido a própria história do Shakkoumon que nos havia sido apresentada. Uma história que, convenhamos, é bastante pesada. Aquelas suas lágrimas no final do episódio são completamente justificáveis. É algo tão difícil de ser aceito que é muito provável que justamente por isso que ele continuava a atacar sem parar. É como se estivesse cego, é como se estivesse desesperado.

É como se ele não quisesse aceitar que tudo aquilo acabou, que ele falhou, que todos aqueles que ele deveria defender foram exterminados. Então ele continua, continua atacando, porque se ele não fizer isso ele terá que ver a realidade como ela é. E só fato da cena dar essa impressão é o que torna a sua conclusão ainda mais bela. Porque no final ele encontrou paz.

Aliás, outra coisa que deve ser destaco de seu passado é sobre a construção de mundo que o anime fez. Construção e interação, são duas coisas que precisam ser feitas e que quando bem feitas sempre geram bons frutos. E esse episódio mostrou exatamente isso. Só o fato da Sora estar trabalhando junto daquele grupo de digimons já é um grande exemplo de interação.

Por outro lado, a história do Shakkoumon, com a presença daqueles digimons sagrados e daquilo que parece ser as forças do Millenniumon na antiga guerra, revela a boa construção de mundo feita pelo anime. Se não fosse assim então aquela cena nem seria entendível.

Mas novamente, tenho que destacar o quão linda é a cena final. Uma grande prova de sensibilidade por parte do anime, justo com a personagem que demonstra maior sensibilidade entre os escolhidos.

Talvez a Sora não tenha sido um dos personagens que mais brilhou nesse reboot, mas acho que eu gostei de todos os episódios focados nela. E na verdade ela foi uma das personagens com maior presença, aparecendo muito ao lado do Taichi. Sem dúvidas eles formam uma boa dupla.

Por fim, destaco algo muito importante. Algo inclusive destacado pelo próprio anime. Que é o fato dos escolhidos não terem apenas a missão de lutar. Isso é algo que realmente esse último arco parece estar destacando cada vez mais. Tivemos lutas aqui e lutas ali, e isso é fato.

Contudo, era sempre por terceiros que eles faziam isso. E quando paramos para pensar sobre isso lembramos que quase a aventura inteira até agora não foi realizada por suas próprias vontades. Isto é, não foi para eles próprios que eles lutavam, mas por outros.

Então é importante notar que ainda que esse arco final pareça bem diferente, em especial em seu foco, na realidade aquilo que ele está nos dizendo é completamente coerente com tudo que a obra apresentou e abordou até aqui. E espero que assim continue. Até mais.