Kukuru e seus companheiros de batalha seguem mantendo o Gama Gama vivo, mas não importa o esforço feito ou as novas ideias propostas, tudo parece se encaminhar para o fatídico fechamento do lugar.

Entre o avanço do novo projeto e o anseio do povo que ama esse cantinho mágico, qual a chance do aquário sobreviver, ainda mais com a chegada de uma nova figura que pode até não ser nefasta, porém ainda representa uma ameaça?

Flávio: O fechamento do Gama Gama é dado como certo, o que, naturalmente, incomoda a Kukuru. Se já não bastasse os problemas internos, surge um concorrente para dificultar ainda mais a sobrevivência do aquário.

JG: Já me jogando no final, porque demos o spoiler na introdução, acho curioso essa moça, a Chiyu, ter aparecido justamente num momento crucial para o pessoal, e quando o novo aquário está cada vez mais adiantado em sua ideia.

A Kukuru visivelmente já se aborreceu por imaginar o que ela representa ali, até porque ela vem de um aquário ativo que inclusive conta com o fechamento do Gama Gama para captar alguns de seus funcionários, como o Kuuya por exemplo – informação essa que veio no episódio anterior.

Não consigo imaginar outro motivo para que ela esteja ali que não seja monitorar e preparar possíveis novos companheiros de trabalho. Levando em conta que o Gama Gama tem uma equipe competente e dedicada – incluindo os temporários Kai e Fuuka -, para mim é quase certo que ela estará na staff do novo aquário e foi sondar o que pode conseguir.

Flávio: Não tenho ideia de como a nova personagem irá interagir com os demais. Pode ser que ela aja da forma que descreveste ou não.

JG: A princípio eu não penso que ela seja uma má pessoa, mas querendo ou não, ela pode incomodar só por estar vindo num momento delicado.

Caso venha com o intuito que eu penso que virá, é como diz a minha mãe, ela está vindo pescar o peixe dela no aquário dos outros, então vai ser algo bem complicado de lidar. Enfim, aguardemos para ver que tipo de movimentação essas mudanças podem causar na história.

Além desse primeiro ponto, o episódio seguiu o ritmo dos anteriores, desenvolvendo os secundários e como você cogitou, foi a vez da Karin, que mesmo não tendo grandes problemas pessoais, ainda tem os seus leões a enfrentar e até se assemelha a Fuuka quando o assunto é seu sonho e as escolhas feitas.

Flávio: Por mais que goste de dramas, nem todo personagem tem a obrigação de ter uma história triste como o do Kuuya ou da Fuuka.

A Karin, como várias pessoas, teve que abdicar de um sonho por um motivo maior. Há um pouco de frustração nela, mas ela se conformou com o destino escolhido. Há também um misto de inveja e admiração com relação a Kukuru, que escolheu lutar contra as adversidades para realizar um sonho.

JG: Acho interessante como a própria personagem reconhece a conformidade em que entrou, mas ao mesmo tempo consegue se manter na linha de alguém que não está necessariamente frustrada ou furiosa com a vida.

Curiosamente o caso dela não foi algo forçado, pois embora os pais estivessem numa situação difícil, eles apenas colocaram diante dela a opção de procurar algo mais estável para que ela não passasse por dificuldades. Ponderados os prós e contras de tudo isso, ela mesma tomou uma decisão, considerando essa preocupação.

Isso é uma coisa bem recorrente para nós e digo isso inclusive por mim, as vezes o sonho da juventude não se sustenta diante da realidade brutal e das necessidades humanas, então é coerente o raciocínio da moça e a forma como ela se adequou ao caminho que escolheu – consequência também real, já que as diferentes escolhas, não necessariamente significa um erro ou um desgosto eterno.

Flávio: Eu vejo uma semelhança da Karin com a Fuuka, apesar das circunstâncias serem distintas. Ambas não realizaram os sonhos que queriam. A Karin teve o sonho interrompido antes mesmo de ter iniciado. Já a Fuuka chegou a fazer parte de uma agência de idols, e estava prestes a estrear na carreira artística.

JG: Isso mesmo, e essa diferença somada ao modo como cada uma se posicionou frente ao sonho, fez toda a diferença nas reações, pois a Karin fez algo consciente, portanto é natural que ela tenha se conformado.

A Fuuka no entanto não tinha noção das consequências de seu altruísmo, se vendo na condição de fugir para tentar recomeçar de algum lugar. O fato é que em ambos os casos a frustração deve ter pesado para mais ou para menos.

Flávio: A Karin apoia a Kukuru como uma forma de realizar o sonho que ela não conseguiu realizar.

JG: Como a boa amiga que é, bem como alguém que sabe o que é deixar um sonho para trás, ela faz o que pode – como a Fuuka. Me pergunto se a Karin também protege o Gama Gama, esperando que um dia possa retomar esse sonho de fazer parte de um aquário, pois o lugar é especial para ela e todos os outros.

Outra pessoinha que apareceu para resgatar seu sonho foi a Airi, que mesmo debaixo do apoio do Umiyan, estava perdida em seus pensamentos. No começo eu não tinha entendido o que acontecia com ela, mas depois que esmiucei a promessa que fez com o amigo do aquário, compreendi que a menina não se sentia pronta para cumprir com a jura, por estar doente.

A chateação que demonstrava não era com o Umiyan, ou com os animais, mas consigo mesma por se sentir mal e não estar bem como prometeu – felizmente o caranguejo esteve lá para salvar o espírito dela.

Flávio: A história dessa dupla ofuscou a história da Karin por ter uma pegada mais dramática. Cheguei a ficar emocionado. Vale ressaltar que o caranguejo roubou a cena, além de ser útil para a resolução do drama da garotinha.

JG: O caranguejo foi um show a parte, pois além de ser o herói indesejado, as cenas de suspense que ele protagoniza com a enfermeira são únicas, mérito da direção que se esforçou em tornar o marisco ameaçador e astucioso.

O plot da Airi abriu até mais espaço para o Umiyan, que pode mostrar seu lado conselheiro e sensato, com ela e a Kukuru também, no momento em que ambas estavam perdidas e aborrecidas por verem as coisas irem na contramão de seus planos.

Aqui ele me lembrou bastante a mãe da Udon, porque mesmo tendo um ar cômico, os dois personagens se posicionam e auxiliam os demais como os adultos maduros que são.

Flávio: A fato de darem como certo o fechamento do aquário é como se o esforço da Kukuru não fosse reconhecido. A garota está se esforçando ao máximo, e só as pessoas mais próximas percebem. Não ter o reconhecimento pelo esforço, leva a Kukuru a frustração de que tudo que ela está fazendo ser em vão.

JG: Penso eu que a questão não é nem reconhecer isso, mas na mente da maioria é um esforço que não vai trazer resultados da noite para o dia. Ela é admirada pelo empenho, contudo os outros parecem querer que ela enxergue as possibilidades para que não se machuque caso o pior cenário de fato se concretize.

Infelizmente o sucesso do trabalho dela está na mão de fornecedores, proprietários, visitantes e por aí vai, então nem tinha como ser diferente, a Kukuru vai precisar dar a volta nesse sentimento porque do jeito que está indo, as coisas só tendem a complicar mais.

Flávio: Torço para que no final o aquário seja salvo. Na situação que a Kukuru se encontra, pensar no futuro sem o Gama Gama está fora de cogitação. Tem que continuar se esforçando e torcendo para que os resultados apareçam.

JG: O mais triste é que eu realmente acho que o aquário pode fechar – embora certamente reabrisse na segunda parte da história -, mas também gostaria de ver o grupo ajudar a protagonista e assim conseguirem mantê-lo, mesmo com todos os perrengues que terão que passar para segurar a onda até triunfarem no final.

Flávio: O fechamento do aquário seria um desfecho triste, mas não seria tão óbvio. Até diria que seria uma decisão arriscada que poderia frustrar os telespectadores que torcem para um final feliz.

JG: O impacto seria bem grande tanto dentro da história, como para nós que acompanhamos, mas acho que independente do caminho que se traçar, o final feliz virá – até porque no episódio anterior a Kukuru teve um vislumbre positivo de seu futuro -, resta a nós acompanhar essa saga pelo Gama Gama até o fim.

Agradecemos a quem leu e até a próxima!

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