A primeira batalha pokémon, digo, como Musicart da “Cosette” e de seu Conductor, o Takt, terminou com uma falta de bateria rápida e conveniente a fim de apresentar uma nova dupla e expor um problema com a heroína. A Unmei (Destino) veio com defeito de fábrica.

Mas o pior nem é isso e sim o que é revelado sobre ela. Pondo lado a lado a garota do episódio 1 e do episódio 2 não tem mesmo como não dizer que não são pessoas diferentes, agora, em nenhum momento anterior havia sido revelado a “morte” da Cosette.

O que não significa que esse cenário não possa ser revertido, só que essa possibilidade ainda não se apresentou. Em todo caso, o que esse episódio explora é o início da jornada de fato do trio e como a Destino é instável. Será que é por isso que ela tem uma skin da Saber Nero?

Não sei de quem é a silhueta que aparece nas sombras, mas deve ser de uma vilã, né? Um ser humano que está espalhando D2s pelo mundo. Com que propósito é a questão. Em paralelo a isso conhecemos o Lenny e a Titan, uma duplinha simpática e prestativa.

Entre todas as coisas que eles revelam a única surpresa foi a falta de perspectiva sobre uma forma de reaver a Cosette, o que gostei bastante, afinal, mesmo que futuramente isso pareça possível, trazer o peso da morte dela agora agrega uma tensão interessante a trama.

E isso explora uma outra vertente do anime que ainda não havia sido explorada nos dois primeiros episódios. Mas claro, não teria como eles ficarem chorando o tempo todo, então contextualizar melhor o mundo e destrinchar o problema se fazia necessário.

Além disso, destacar que as Musicarts e os Conductors nascem de forma controlada, pessoas são treinadas para se tornarem isso, exalta a peculiaridade da dupla protagonista, o que pode ou não ter a ver com o Takt e o passado de sua família, mas deve ter, não tem um pingente lá?

A própria Destino não chama o Takt de Maestro? E não tem esse Maestro de Boston que parece ter ligação com o Takt? Em detalhes a trama está aumentando de volume, basta que prestemos atenção e juntemos esses fragmentos de sons para ter uma música completa quando for possível.

Enfim, voltando a Destino, sua caracterização como uma Musicart bestial, que chega a sugar a força vital de seu Conductor quando a falta força, corrobora com a forma como nasceu e os mistérios que envolvem não só ela, como o Takt. Eles devem ser a chave para alguma coisa.

Seriam eles a chave para o fim da guerra contra os D2s? Eu apostaria nisso, é o que geralmente ocorre nesse tipo de história. O legal é que por mais clichê que seja esse tipo de dinâmica, é inegável o quão eficiente ela é afim de levar seus participantes a extremos.

Vimos bem isso no primeiro episódio e um pouco de novo agora nesse terceiro, entendemos até porque não é estranho a Destino partir só para o combate, é porque ela realmente não se aguenta quando vê um D2 por perto. Sorte que ela não está aqui no Brasil.

Mas bem que eles poderiam desembarcar aqui em algum momento, afinal, partem deixando uma casa queimada para trás, um ato que pode até não ter sido uma referência a Fullmetal Alchemist, mas consigo sentir uma carga simbólica semelhante pelo que aconteceu com a vida dos três.

Eles são obrigados a sair de onde estão ou dois deles correm risco de vida, sendo que uma já está dada como morta, tendo tido uma entidade misteriosa colocada em seu lugar. E não é só isso, eles sentiram na pele a ameaça que são os D2s, mesmo que não quisesse teriam que ajudar.

Retomando ao comentário que fiz sobre a participação humana nisso tudo, não vou estranhar se forem os humanos que estiverem controlando os D2s, até porque é bem estranho a ameaça retornar após ser controlada, ainda que, inegavelmente, música não ser liberada diga algum coisa.

Por fim, o que mais posso comentar? Que a animação é acima da média, mas não gosto muito de alguns momentos de maior fluidez? Isso é besteira, questão de gosto mesmo, então não importa muito. Quanto ao roteiro e a trama em si, eles estão se desenvolvendo bem, sem vacilos.

Só queria ver mais música e ação, mas não acho que possa exigir tanto em um terceiro episódio. Além disso, talvez envolver humanos seja uma boa saída mesmo, já que os D2s não são personagens, só ferramentas de roteiro, e é preciso de alguém para se opor a Destino, a filha da música.

Até a próxima!

 

P.S.: Acho que a música abaixo é de onde a nossa heroína nasceu. A ouça e depois me diga o que achou. takt op.Destiny pode não ser sobre as referências, mas ficaria feliz de ver essa sendo usada como inspiração para a personagem.

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