Depois de fazerem uma baita surpresa com a arma nova, o time da Suzunari-1 mostrou mais astúcia do que qualquer um podia esperar e desarranja todo o curso da batalha, dificultando a vida até de quem espera tudo como o Osamu, ou mesmo de quem conta com algumas vantagens como o Kageura e o Hyuse. Agora bateu uma preocupação real, será que o Tamakoma-2 vai conseguir os pontos que precisa com tanta mudança?

Finalmente depois de três episódios nos enrolando para introduzir o retorno as guerras ranqueadas, World Trigger nos dá o que estávamos pedindo e não decepciona, porque é plot twist atrás de plot twist. Eu realmente não esperava que as coisas fossem se “resolver” tão rapidamente para o Esquadrão Kageura e nem que o Osamu perdesse espaço cedo, mas foram viradas que me deixaram inquieto e animado.

Antes de qualquer coisa, quero pontuar um engano meu, pois no artigo anterior eu já estava achando que a arma do Murakami era um black trigger, mas não. Diferente do que pensei, ele apenas customizou a cor para poder adequar seu ataque a estratégia que criou, o que torna bem interessante como eles pensaram em cada mísero detalhe, sem deixar brechas.

O truque das luzes foi excelente e diria que serviu para mostrar todo o potencial de um bom operador, já que fora a operadora deles, somente a Usami, se mostrou capaz de fazer a troca de forma segura, sem se abalar com as trocas súbitas. Acredito que World Trigger agora deu uma puxadas nas operadoras, para mostrar que realmente a equipe não depende só de um bom atacante, mas também de um bom guia.

Como nada é perfeito, não posso dizer que o Taichi pensou num plano de fuga, mas é aquela coisa, penso eu que desde o princípio ele pretendia servir de sacrifício para os outros dois, já que aparentemente ele é o que menos tem poder de fogo, então mesmo com essa falha, dá para pontuar que era algo previsto pelo time.

Do lado do Kageura, acho que ter ido na base do instinto acabou não ajudando muito, embora eu pense que eles estavam fadados a perder por conta de todo o plano bem bolado do inimigo, mesmo se trabalhassem em algo. O side effect do capitão até que contribuiu muito para que ele sobrevivesse, porém suas habilidades não jogam sozinhas, um plano era necessário e infelizmente eles não tinham – e se tinham, não parecia porque ficaram bem perdidos.

Falando em perdido, o Osamu começou tão complicado que eu realmente esperava que ele fosse se enrolar nesse primeiro momento, mas nem tanto. Algo que achei bem curioso foi a estratégia dele de “salvar” os inimigos, afim de minar a pontuação dos outros times, já que ao mesmo tempo que isso representa um benefício para o time, complica muito a vida dele, por acabar perdendo o foco e não poder lutar com a mesma liberdade de quem não tem nada a perder.

Tanto isso não é muito bom, que ele já perdeu um braço por estar num posicionamento ruim, na hora errada. Se ele deixasse o Yuzuru fuzilar o Koarai e caído fora, um problema teria se resolvido e um braço provavelmente estaria inteiro quando a luz se apagou, só que não foi a escolha dele.

O que me dá alguma esperança de que o protagonista consiga retomar seu eixo, é a vantagem que conseguiu com a manobra de Kuga e Hyuse, já que essa chamou atenção e remodelou o campo de forma que ele conseguiu “escoar” dali sem ser percebido. Vamos ver como o rapaz vai se colocar daqui para frente sem um braço, perdendo o pouco trion que tem e com essa ideia de vencer bloqueando os outros.

Hyuse teve um papel importantíssimo, pois o seu escudo fez mais do que qualquer um, pontuando em cima do Suzunari-1, dividindo os atacantes da Kageura, e aqui eu tenho uma ponderação a fazer. Do ponto de vista prático, a visão dele foi perfeita, porque lhe permitiria resolver dois problemas numa porrada só, porém do lado mais “técnico”, esse caminho entra em choque com o de seu capitão.

Dividir os adversários de certa forma deu um possível ponto ao Suzunari, já que o Zoe ficou sozinho, a desvantagem só não rendeu negativamente porque o doido deu um jeito de quebrar a barreira para apoiar seu amigo do outro lado. No entanto ao ver isso, o que veio a minha mente foi a conversa do Hyuse lá atrás sobre seguir ou não o protagonista.

O neighbor deixou claro que se percebesse que sua ação era a melhor opção ele não pensaria duas vezes em desobedecer, nesse caso acho que ele agiu pelo improviso e deu alguma sorte, mas será que não vai rolar um desalinho agora que eles inesperadamente perderam um ponto para o Suzunari-1?

Outro ponto que intriga muito é que o Esquadrão Azuma está muito despercebido, principalmente o capitão, que parece ter olhos em toda a parte, mas permanece imóvel e apenas dando instruções com aquela bomba na mão. Que tipo de estratégia ele tem? Ao menos seus parceiros estão avançando, mas ele é quem mais me encuca – junto com a também desaparecida, Chika.

Bom, elogiando um extra que merece atenção, a animação ficou redondinha e não deixou a desejar nos momentos críticos, o que mostra que a Toei está se importando com essa adaptação e seus fãs – e que assim continue, assim como foi na temporada anterior.

O próximo episódio deve continuar eliminando mais alguns lutadores, mas penso que sem concluir a batalha, porque apenas saíram 3 de 13, então tem muita gente para ser eliminada ainda, e com tanta estratégia escabrosa rodando, deve demorar.

O anime ainda tem muito a mostrar, mas para mim as grandes incógnitas agora são o ganho de pontos misterioso da Suzunari, o plano do Azuma, a Chika – que com certeza não vai entrar para não destruir -, o Osamu sem braço e as técnicas que o Hyuse ainda esconde, porque ele está escondendo e isso ficou claro para quem viu. Que venha a continuação desse embate cheio de reviravoltas!

TRIGGER ON!

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