Não sei se você percebeu, mas houve uma queda na qualidade da animação nesse episódio, não ao ponto de significar problemas no anime, acho que foi mais a questão de uma equipe de produção diferente ter assumido dessa vez, o que justificaria também a leve mudança no design.

Isso acontece muito em anime, a “terceirização” de episódios, mas como se trata de uma produção conjunta, a gente pode assumir que esse episódio foi majoritariamente produzido no Madhouse (o primo pobre), enquanto os outros haviam sido feitos mais pelo MAPPA (o primo rico)?

Não sei. De toda forma, o importante é o conteúdo e esse episódio teve pontos interessantes a comentar, apesar de ter sido mais construção, mais um interlúdio para algo maior. Teve umas poses e expressões legais também, principalmente da Titan, e um pouco de ação, como sempre.

A equipe criativa de takt fez o dever de casa e proveu algum contraste entre a Las Vegas dos cassinos e das festas de arromba com a Las Vegas das plantações posterior ao aparecimento dos D2s, aproveitando com isso também para explorar a torpe natureza humana que atrai os D2s.

Porque se havia um casino clandestino com música é compreensível o ataque deles ter se concentrado lá e não na área de fazenda. Além disso, o prefeito supriu informação não para evitar o pânico entre os moradores, mas para não atrair o olhar atento de quem poderia detê-lo.

Ele não foi de encontro ao Lenny pouco após ter chegado? E o Lenny também não chegou com uma grana por acaso, né. Inclusive, foi legal de ver a diferença de abordagens entre a dupla experiente e a “novata”, que se dá por N motivos, que não devem ser todos igualados no anime.

Além do Takt e da Unmei não serem da Sinfônica (imagino que podem ser oficialmente recrutados após chegarem a New York), eles são jovens, o Takt só pensa em música e a Unmei é puro instinto. Aliás, foi isso que os fez chegarem ao cassino e demonstrarem seu potencial como dupla.

Se pensarmos que eles lutaram melhor poucas horas após uma luta em que cometeram vários vacilos, é sinal de que dicas funcionam com eles, há potencial na dupla de heróis, basta que desacelerem o passo, reflitam e busquem tomar as melhores decisões, como ensinado pelo Lenny.

É claro que, por outro lado, dá para dizer que a coisa foi rápida, mas se lembrarmos que eles só mandaram bem de verdade na quarta luta deles, consigo comprar a ideia de que o “treinamento” do Lenny os ajudou e de que, sendo assim, já são perfeitamente capazes de seguir sozinhos.

Quanto a breve conversa do Lenny com o Takt, não discordo dela, só fico pensando na exceção a regra, ou melhor, no potencial aumento de exceções a regra que os D2s trouxeram. Aliás, acho que falta um pouco disso no anime, se aprofundar nos problemas que os D2s causaram.

Apesar de que sim, eu sei que a culpa disso não é da música em si, mas do uso inconsequente feito dela em tempos que tocar um mero mp3 torna vocês e todos a sua volta alvos. Como eles estão na estrada imagino que a coisa possa ser aprofundada ao chegarem a New York.

E não só isso, devemos conhecer mais do passado do pai do Takt, figura relevante em toda a treta que envolve os inimigos da música. Por fim, será que o Takt vai iluminar o coração de todos? Mas ele é emo, como pode? Vamos ver se ele orgulhará o Lenny, o amor pela música ele já tem.

Até a próxima!

Extras da Titan

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