Juro que tentei levar esse anime a sério pelo protagonista que não era um NEET quando reencarnou e pelo desafio que a deusa o propôs ao reencarna-lo, mas não dá mais, sinto que desisti. Sekai Saikou no Ansatsusha é só o isekai de sempre, de toda semana, para “todo mundo”.

Aliás, nem todo mundo, tem gente que ainda tem bom gosto e não se afunda no isekai hell como eu me afundei. Sem mais delongas, vamos falar do episódio mais safadinho até aqui, e que ainda nem foi tão safadinho assim, e enfadonho por tudo acontecer de acordo com o plano…

Para quem tem uns fetiches hardcore, nada como ganhar uma irmã que quer é ser sua namorada, né? Não é o caso de nosso protagonista, Lugh, certamente não é, mas a puberdade chega para todos que um dia almejam se tornar adultos e foi mais ou menos isso que vimos aqui.

Mas tudo dentro da lógica do isekai, que não é assim tão lógico de toda forma. Por exemplo, sério que ele demorou meses até ter uma ereção ao acordar, ainda mais dormindo ao lado de duas belas garotas que estão, literalmente, doidas para fazer mais que isso com ele?

Tudo bem que ele era um senhor de idade focado em assassinar no outro mundo, mas não era justamente ele que pesava valor na virgindade ao passar experiência para a subordinada? Por que se tornou um santo imaculado justamente na época mais nefasta do homem, a adolescência?

E nem venha me dizer que é porque nesse mundo não existe pornografia porque, sério, não precisa. Repito, não é realista ficar alheio a um convívio tão íntimo com duas beldades. Ele não sentiu ou fez nada antes por causa do roteiro, que acha que a gente é boboca, e somos.

Pelo menos quem vê isekai, colega, nós estamos de mãos dadas no precipício. E sim, eu sei que você notou que eu ignorei comentários sobre a inserção dele na família postiça ou sobre a emulsão, mas é que, sério, o que há a acrescentar sobre isso? A emulsão que ele vende é base?

Eu nem sei, entendo tão pouco de cosméticos, para você ver como não tenho o que acrescentar, no máximo posso comentar que mais uma vez ele se aproveitou de seu conhecimento no mundo anterior para se dar bem no atual, mas olha, esse é um padrão tão básico do isekai que, né?

Não tem muito o que elogiar ou reclamar, apenas fazer o checkpoint. Inclusive, sua própria ação de colocar em xeque o Balor ao tornar sua casa imprescindível para o negócio é outro desses movimentos que todo prota de isekai faz, alguns com mais pose, outros com menos, só isso.

Pelo menos vimos o destino das amigas da Maha, mas com isso também houveram alguns saltos no tempo, os quais nos apresentaram a uma heroína diferente, sem pureza no olhar, apenas obediência e desejo. Com isso os seios cresceram. Parece que andar com o Lugh provoca isso.

A Dia só vê o Lugh uma vez por mês e olha no que deu, os seios dela não crescem tanto ou ao menos isso ainda não foi mostrado no anime. Não que eu quisesse ver, como não queria ver a deusa invocando o Nº 1 do rap ruim para derrotar o herói, já virou várzea a coisa. Já era, né.

Aliás, isso me faz perder qualquer sensação de gravidade nas ações da deusa, qualquer sensação de que ela pode estar armando para o Lugh. Dessa vez dou o meu braço a torcer, ela é o alívio cômico da obra, não que precisasse, ela é toda bem padrão isekai atual no fim das contas.

Enfim, se a Tarte e a Maha se sentem solitárias por um dia, imagina a Dia que vê seu príncipe encantado só uma vez por mês? E sabe o que é pior, por que ela fica socada em casa e não vai viver as aventuras logo com eles de uma vez? O anime começa justamente com ela fazendo isso.

Essa dinâmica não parece ter nenhuma função narrativa além de dar ares de mistério ao personagem diante de suas parceiras, pois nem elas devem saber de onde ele tira parte de suas engenhosidades, mas será que isso é mesmo relevante quando a gente já sabe o final para tudo?

No final vai dar tudo certo, é isso, sem tirar nem por. Por exemplo, no final a gente sabe que o harém já existe e vai se concretizar, é só questão da gente ver isso no anime ou não e, na boa, eu nem faço mais pena disso a essa altura, pois sei que o roteiro não liga para realismo, por favor.

Na vida real nunca que um “adolescente” resistiria a tanta tentação, mesmo sendo alguém bitolado com objetivo como ele é. Mal sabe ele que a deusa atira para todo lado e não há represálias para quem falhar. No fim das contas, ele vai ser um herói “sem querer” se matar o herói vilão.

E ele nem está pensando nisso, como não pensa em nada além do plano, mas não se toca que esse plano todo é muito conveniente para vender a ideia de que ele é o melhor, é o perfeito. Não que um personagem vá ter essa crise de consciência, é mais problema de roteiro pobre mesmo.

Ainda assim, vou negar que estou me divertindo e queria estar no lugar dele? Não, não vou, seria só conversa fiada da minha parte. Eu espero que ele defina logo o seu harém e pare com a baboseira, dane-se se é de acordo ou não com o plano do Lugh, isso pouco ou nada importa.

Até a próxima!

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