Depois de enfrentarem sua primeira batalha como quarteto e indo satisfatoriamente bem, a história vai se encaminhando para sua última batalha, mas não sem antes jogar outra dose de preocupação em cima dos protagonistas, para tornar esse momento conclusivo ainda mais tenso do que já é. Como será que vai estar o coração desse povo até o fim dessa campanha pela expedição?

Bom, primeiramente acho que vale mencionar que mesmo esse sétimo round tendo várias reviravoltas interessantes no caminho, o resultado era um tanto previsível no final, dadas as circunstâncias em que os times estavam e as suas desvantagens.

O tiro de misericórdia da Chika prejudicou muito o time do Azuma, então mesmo se insistissem muito em lutar, apenas um milagre os daria a vitória em cima de três pessoas com uma força bruta e inteligência tão acima da média.

Admito que eu não esperava a desistência tão rapidamente, porém como eu já disse em cima, dá para entender o porque de todos concluírem isso como algo mais vantajoso que arriscar ganhar apenas um ou outro ponto, para perder igualmente. Para o Azuma esse resultado não só segurou o status da sua equipe como ainda te entregou o que ele queria dessa luta, o crescimento dos seus parceiros.

O Koarai sempre foi muito impulsivo e de pouco raciocínio, já o Okudera parece ter uma melhor visão, mas é contido, então ver que os dois estão conseguindo exercitar seu outro lado é bom para que avancem juntos. Nisso, também acho bacana como o personagem do Azuma não se importa de depender dos seus e como os lidera igualitariamente, dando espaço para que cada um tenha sua voz ouvida.

Gostei igualmente de como pincelaram o crescimento das outras equipes, especialmente a do Kageura, que acabou criando uma proximidade maior por conta da ação dele. O Yuzuru viu como seu capitão se importou com o seu desejo, a ponto de mudar seu jeito de operar apenas para que ele pudesse realizá-lo. E para mim ver que o Kage não é só uma figura intimidadora e poderosa, mas sim alguém acessível e que cuida dos outros, ajuda a criar ainda mais simpatia por ele.

Enquanto isso do lado da Tamakoma-2 as coisas já mudam de figura, pois a vitória veio, mas mostrou possíveis “sequelas” que podem movimentar o destino da equipe.

O Hyuse assim como eu esperava, acabou desobedecendo o Osamu por achar que era melhor desse jeito, e ainda que isso não tenha criado uma ruptura – e sim uma certa “aparação” de arestas -, serve para percebermos que o rapaz realmente não brincou quando disse que faria o que sua consciência lhe ditasse e não o líder.

Se por um lado seu jeito mais seco o deixa imprevisível, ao menos dá para ver como ele realmente está se colocando na linha de fogo em nome da equipe. Claro que os maiores favorecidos são seus colegas, mas assim como o Kuga pontuou, para ele tem muito mais coisa em jogo – como o seu próprio senso de dever.

A Chika parece não ter sofrido nenhum revés com o seu tiro involuntário – até porque ela efetuou outro para acabar com a partida -, só que o comentário do Azuma no episódio 7, abre margem para pensar que ela pode não ter reagido agora e sim ser afetada depois, o que seria um inconveniente bem “providencial” para seus adversários na última luta.

Já o Osamu finalmente descobriu o porque de seu incômodo e essa foi uma ótima sacada, porque de fato é curioso como justamente os dois membros neighbor, demonstram uma capacidade de combate absurda se colocados frente a frente com os melhores lutadores.

A Border tem gente ótima? Tem e o próprio Hyuse – além dos vários outros neighbors inimigos – já experimentou o nível de poder deles. O que pega no entanto é a forma como ambos se destacam e como apareceram no mesmo lugar que abriga neighbors, magicamente.

Penso que a vantagem do Kuga é que sua espontaneidade o aproximou de muita gente, então acredito que os rumores não tiveram oportunidade para se formarem. No entanto o Hyuse trabalha de outra forma e esconde muito mais coisa – fora o tal menino que supostamente lhe viu -, então realmente é difícil não haverem as comparações e burburinhos.

Ademais, é legal esse ser o caso porque ao meu ver, não faz sentido vir com o plot do garoto que se acha inútil na equipe, que tem complexos, principalmente por conta da personalidade do Osamu. Ele próprio já chegou a conclusão de que tem suas limitações e que nunca chegará ao nível de alguns, então esse assunto já está resolvido dentro dele, seria contraditório aparecerem com isso do nada.

Outro detalhe mínimo que gostei de ver no episódio, é como as equipes se auxiliam, ainda que rivalizem. A situação do Hyuse mostra como todos se colocam a favor uns dos outros e sem demagogias, ironias ou problemas. De fato é como se a Border fosse uma família gigante que se protege a qualquer custo, para assim protegerem a Terra.

No fim do episódio sete também fica uma pulga por conta do encontro aleatório – e talvez até indesejado – entre Tamakoma-2 e Ninomiya. Diferente do Kageura, eu confesso que acho o personagem do Ninomiya um lutador “cool”, porém não simpatizo muito com o jeito meio arrogante dele, e olha que o Hyuse não é muito diferente, mas enfim.

Imagino que antes da batalha final o próximo episódio deve trabalhar mais um pouco as mazelas do time principal – em especial as do Osamu que tanto gostam de apontar – através dos rivais, e trazer algumas problemáticas para deixá-los mais ligados na hora do confronto, porque é bom criar a sensação de tensão para deixar uma guerra de titãs mais emocionante.

TRIGGER ON!

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