Ok, esperávamos mais um arco dramático como de costume, porém esse da Ophelia está indo bem além de qualquer teoria e expectativa que criamos. Com a Diva tentando se ajustar as suas duas realidades e o Matsumoto decidindo se precisa dela ou não, qual a chance deles conseguirem salvar essa singularidade, que ainda conta com presenças imprevistas e providencialmente inoportunas?

Já podemos dizer que a primeira surpresa do episódio, está no fato de ele não concluir a singularidade atual, tomando mais tempo que as outras que ficaram com dois episódios para resolver todos os problemas.

Se por um lado isso é ruim, uma vez que nossa ansiedade e preocupação aumentam até o final desse processo, por outro é muito bom para que criem uma história melhor e mais bem amarrada – principalmente levando em conta a situação que se formou aqui.

Assim como cogitamos, de fato o Matsumoto parece estar passando por uma fase de transformação pessoal e agora isso fica mais visível, dada sua interação com a Vivy ao abordar a situação de sua irmã mais nova.

Como o próprio diz em sua hipótese, devido a forma como a tragédia dela se deu, deve existir na cantora algo que se assemelha ao sentimento da protagonista, com relação a missão que recebeu e a que posteriormente parece ter criado para si conforme cresceu.

A Ophelia também tinha um parceiro com quem dividia todos os momentos e obviamente que essa perda impactaria a ponto de ela não comportar o peso desse fato, não importando o quanto tudo estivesse bem.

A Vivy ao assumir para si as missões das suas outras irmãs e misturá-las as suas – que já não eram fáceis -, acabou criando um outro caminho que lhe causou problemas ao não conseguir superar as falhas.

Então se pararmos para pensar, do mesmo jeito que a Diva entrou em colapso e se apagou totalmente, porque o suicídio da Ophelia não poderia ser resultado desse mesmo sentimento desagradável e inevitável? Poderia sim e é nesse momento que percebemos como o Matsumoto já consegue ir além do que sua mentalidade e programação fechada lhe permitiam.

Antes impassível, agora ele aparenta enxergar a importância das conexões – incluindo as suas -, pois antes, embora aos trancos e barrancos, sua parceira acabou se adaptando ao jeito difícil dele e de algum modo essa relação confusa ganhou forma. A reinicialização contudo, acabou desfazendo tudo o que eles tinham.

Assim como dissemos no artigo anterior, o outro ponto é que ele insiste em não revelar tudo a sua companheira de batalha, e mesmo quando entrega informações, ele sempre evita ir além e partir para as tragédias.

Tal postura defensiva, praticamente confirma que essa foi a sua escolha para proteger a androide de outra catástrofe, mesmo custando a parceria que ambos forjaram a duras penas, e a qual ele certamente deve ter se apegado em um dado momento.

Falando em apego e missões, foi um tanto surpreendente a revelação de que o Antonio é quem tem controle sobre a Ophelia, porque isso esclarece até mais sobre o problema enfrentado – se é que estamos no caminho certo da previsões.

Ele sempre se mostrou muito exigente e uma vez que naturalmente assumiu a persona dela, pode ter se visto incapaz de cumprir com as expectativas que criou em cima da missão que não lhe pertencia, entrando em conflito como a Diva e causando todo o rebuliço posterior.

No entanto, tem um porém nesse pensamento: se ele prezava pela missão, ele não estaria invalidando a missão da Ophelia, fazendo ela falhar com esse suicídio? Enfim, o fato é que tudo ainda está bem nebuloso sobre esses dois

Nesse mesmo entremeio de perdas e incapacidades de lidar com ela, o terrorista Yugo também nos chocou porque além de estar vivo e voltar misteriosamente rejuvenescido – talvez bebendo xixi de jacaré -, sua história revela a sua convivência com uma IA, como foi salvo por ela e a perdeu.

Uma informação interessante é que o professor dele tinha a mesma missão da protagonista, trazer felicidade através da música, irônico tantas coincidências dele com ela, não? Esses elementos terem aparecido nesse exato momento, tornam essa ligação com a Toak ainda mais confusa, e o seu ódio pelas IAs em geral, infundados, já que só obteve bondade da parte delas. Que espécie de efeito reverso causou tantos traumas nesse cidadão?

Seja como for ele está com a Diva e tanto pode piorar o que já não está bom, por separar ela de sua dupla no momento crítico com a Ophelia/Antonio – o que nos parece mais óbvio -, como pode acabar sendo o responsável por algo positivo e totalmente fora do previsto.

Lembremos que apenas o primeiro contato já permitiu que a Vivy vislumbrasse curtos momentos da sua vida pré reinicialização, será então que o Yugo vai acabar reativando todas as lembranças perdidas dela?

Bom, ele acompanhou de perto todos os eventos, então essa é uma pergunta curiosa para o anime nos responder no fim desse arco, que se divide em dois núcleos igualmente problemáticos, e cuja a prévia apenas piora o que está por vir.

Agradecemos a quem leu e até a próxima!

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