O que você faria para encontrar o seu lugar no mundo? O quão longe iria nessa busca pela felicidade? Bom, cada um de nós tem a sua resposta e a sua jornada, porém aqui estamos nós para acompanhar duas histórias que se inesperadamente se cruzam nessa busca pela realização pessoal. Que tipo de aventuras aguardam nossas duas protagonistas?

Como tem sido em alguns animes recentes, esse é mais um artigo que faz parte da parceria entre eu e o Flávio, esperamos que gostem de mais um dos nossos trabalhos conjuntos.

De um lado da história temos Fuuka, uma ex-idol que decide se desfazer da sua carreira para encontrar um novo caminho, mas principalmente a si mesma. Do outro temos a alegre Kukuru, uma estudante que gerencia um aquário em Okinawa, mas que agora enfrenta dificuldades para mantê-lo.

Enquanto uma está em fuga para se refazer e pensar pelo que lutar, a outra está tentando encarar diretamente os seus problemas, para conquistar o que deseja. As personalidades contrastantes de ambas também dão um tom especial a esse encontro predestinado e que vai mudar a vida de ambas as garotas – e certamente de muito mais gente nesse processo.

Flávio: Eu definiria a estreia como um deleite para os olhos. Cenários belíssimos que nos fazem querer conhecer a famosa ilha de Okinawa, que já foi cenário de diversos animes. O ritmo lento não foi um problema, pois deu para apreciar cada momento desse episódio.

JG: Olha, eu diria que foi uma das estreias mais bonitas que já vi em tempos. Apenas as primeiras imagens retratando toda a beleza local já me trouxeram paz pro restante do dia, fico só imaginando o que ainda farão daqui para frente.

No mais a história ainda não deu muitas pistas do seu rumo, seguindo seu ritmo lento e agradável, o que como você disse, não incomoda nem um pouco, mas sim encanta com essa atmosfera mais serena.

Flávio: Foi um episódio contemplativo, mas não foi apenas isso. Houve a apresentação das protagonistas.

JG: Sobre as personagens, até então sabemos muito pouco sobre elas, se não as suas ocupações e um pouco da personalidade de cada uma.

Particularmente nesse primeiro momento eu gosto da energia boa que a Kukuru exala, enquanto trabalha no aquário com a família e os amigos. A Fuuka por sua vez ganhou a minha simpatia, porque conforme as pistas sobre ela iam sendo jogadas, eu comecei a especular o motivo da sua desistência e ao mesmo tempo senti um pouco a tristeza dela com as coisas que estava vivenciando.

Flávio: Desistir de um sonho é dolorido. Uma sensação de fracasso, de ter se esforçado tanto para nada. A volta para o lar seria ao mesmo tempo um aconchego e um sinal da derrota.

A mudança súbita de rota é um sinal claro que a Fuuka ainda não se abateu completamente. Ela pode estar meio perdida sobre que rumo tomar, mas não será por muito tempo, creio eu. Ao contrário da Fuuka, a Kukuru é uma garota animada e, aparentemente, sem grandes decepções na vida, que se dedica, quase exclusivamente, ao pequeno aquário da família.

JG: Não faço ideia de como o anime vai trabalhar a personagem, mas a Fuuka tem algo que me passa a ideia de uma pessoa muito insegura de si, ela se dedicava muito ao sonho, mas a impressão que ficava é que algum bloqueio pessoal a impedia de ir além.

Ainda entra também a questão da própria indústria, até porque não sabemos o que acontecia entre ela, suas colegas e os produtores. Tem as cenas ali da menina sendo colocada no lugar dela, o pessoal se queixando da moça, mas não dá pra dizer que eles de fato seriam parte do problema – ainda que eu ache que tudo isso pesou mais na falta de confiança dela, como a gota d’água final.

Flávio: Fuuka e Kukuru se completam mesmo que ainda não saibam disso. Aliás, o encontro delas foi como se estivessem predestinadas a se conhecerem.

JG: Se completam e muito, é como a vidente colocou, nada ali foi por acaso, inclusive esse não foi o único encontro incomum – acho até que a oração da protagonista funcionou nesse sentido.

Ao longo do episódio tive minha atenção voltada para aquela figura misteriosa que aparecia em todo canto que a Fuuka aparecia. Dei uma pesquisada e descobri que ele é o tal Kijimuna – ser folclórico de Okinawa – ao qual a Kukuru se referia quando encontrou a nova amiga. A inclusão dele e da cena envolvendo o aquário também reforça como a obra pretende se valer desses elementos mágicos na narrativa, para torná-la ainda mais encantadora.

Flávio: O simpático aquário por si só já é um lugar mágico. Com elementos sobrenaturais, o local fica ainda mais interessante. O que pode render bastante história.

JG: De fato o aquário tem algo que te absorve e unindo isso a conexão que as garotas parecem ter com essa magia do lugar, além dos dramas pessoais de cada uma, só podemos esperar um enredo recheado de delicadeza e muito aprendizado.

Flávio: Não tenho a menor dúvida a respeito da vossa opinião sobre o que esperar do enredo.

JG: No geral foi uma estreia bem agradável e que tem o selo PA Works de qualidade quando o assunto é slice of life com foco na evolução pessoal e profissional – como Hanasaku Iroha, Sakura Quest e Shirobako. Iremos acompanhar mais essa aposta da temporada, esperando que toda a equipe por trás do anime consiga de fato trazer em sua história a beleza que demonstra ter.

Agradecemos a quem leu e até o próximo artigo!

Comentários