Legend of the Galactic Heroes: Die Neue These – ep 10 – Aliança jogada ao precipício
Um episódio de preparação para a ofensiva da Aliança contra o império que manteve a qualidade e consistência desse remake, mas não foi tão interessante quanto os anteriores. Se serve de consolo, tudo indica que Yang Wen-li enfrente Reinhard no campo de batalha de novo. Com um buscando a vitória e o outro querendo perder, mas não perder tanto, como se desenrolará mais uma batalha?
O episódio começa com um vazamento de informação do ambicioso Adrian Rubinsky para alguém do Império, ação que deve reajustar a guerra para o equilíbrio que o interessa, fazendo com que os dois lados não tenham massivas vantagens um sobre o outro e acabem por arrastar o conflito pelo maior tempo possível. Ele busca resultados que tragam mudanças de poder passiveis de serem controladas e não vitórias muito unilaterais, porque nem a paz e nem a supremacia de qualquer lado o interessa.
É assim que se ganha de verdade com a guerra, com o conflito em curso e sem envolvimento direto, apenas se valendo da inteligência para manipular informações e poderio financeiro para encontrar, controlar e maximizar os espólios. O Adrian ter a informação e repassá-la implica que possui contatos no alto escalão de ambos os lados, o que não parece estranho vendo a atitude de certos indivíduos da Aliança. Além disso, a proximidade da Eleição na Aliança caiu como uma luva para os seus planos.
Eleição essa que o Yang sabe muito bem que é o que está por trás dessa ofensiva em grande escala, mas, é agora que eu questiono, se ele tinha um plano para conquistar Iserlohn sem derramamento de sangue do seu lado, compensaria articular outro plano de vitória menos engenhoso e mais difícil só para quem sabe evitar mais guerra? Acho que não, ainda mais com gente de fora manipulando os acontecimentos para dar continuidade ao conflito. No fim, evitar a morte de pessoas parece melhor.
O Yang é genioso e deve ter ideia de que existem pessoas como o Adrian, mas, independentemente disso, ele também quer sair do exército e viver a sua vida, então entendo a insatisfação dele por ter que continuar lutando, mas foram justamente a sua inteligência e ousadia no campo de batalha que o tornaram digno da confiança do seu superior, alguém capaz de evitar que a Aliança seja jogada ao precipício por completo, minimizando as suas perdas e salvando o maior número de vidas possíveis.
Depois de uma longa reunião estratégica baseada mais em especulações e desejos ideológicos cuja beleza não costuma sair das palavras ou do papel, o que restou foi um plano tendencioso e arriscado que se vale mais da possibilidade de ser posto em prática do que da necessidade em si. Aliás, atender à necessidade ele atende, mas é a de um grupo ínfimo em comparação aqueles que deveriam ser os interesses do povo. Em um pais supostamente igualitário eles não são comtemplados e não levar em conta que o povo do outro lado possa pensar diferente e não desejar uma falsa liberdade e igualdade foi mais um erro cometido pela Aliança. Erros que custarão a sua derrota? Acho que ela está quase certa, ainda mais porque estarão lidando com a contraparte de Yang Wen-li, Reinhardt, na história.
Tenho certeza de que se fosse a situação inversa o Yang também pensaria em várias formas bastante inteligentes de lidar com a situação para conseguir a vitória, e quero que que os planos do Reinhardt deixem a trama mais interessante não só no que diz respeito a estratégia de guerra, mas também no que toca ao desenvolvimento dos personagens e do que eles buscam em meio a essa guerra sem fim.
Um momento de preparação para a guerra, seja ele longo ou breve, nunca será para melhor, apenas para pior, porque o ato de guerrear em si já é uma perda grave para ambos os lados da humanidade.
Kondou-san
Excelente artigo do episódio 10 de LOGH Die Neue These Kakeru17.
Começando pelo inicio do artigo o Adrian Rubinsky é uma espécie de mal menor, do que ainda está por vir. O Adrian Rubinsky parece apenas um ambicioso e um manipulador, que só pensa em dinheiro e em influência, mas ele é bem mais que isso (provavelmente, se os filmes rusharem bem a história. os reais motivos do Rubinsky irão ser desvendados).
Passando à Aliança dos Planetas livres, nos últimos episódios já deu para ver, o quão podre está democracia e os seus políticos nesse lado da galáxia, mas neste episódio é que deu para ver, como as forças militares também estão a ser impregnadas pela podridão dos políticos. Na série antiga o Comodoro Falk, era a representação da ambição desmedida e burra, e este remake captou bem essas características estúpidas desse personagem, o Comodoro Falk é a representação dos primeiros sinais de podridão nas forças armadas da Aliança. Esse mesmo Comodoro Falk, nunca deve ter lido sobre a importância da logística numa incursão em grande escala a um território inimigo e ele também não deve ter visto um mapa, para saber que o lado do Império é muito mais vasto que o território da Aliança, logo, como o grande Mago Yang disse, as linhas de suprimentos serão estupidamente grandes e demoradas e que basta o lado inimigo cortar as linhas de suprimentos, para a ofensiva da Aliança ir pelo cano abaixo, Salvo erro, será no próximo episódio, que se verá o quão mal planeada foi a incursão da Aliança dos Planetas livres, onde o espectador verá como os soldados da democracia tratam os povos conquistados (conquistados não, segundo a lógica podre dos políticos da Aliança, povos libertados).
Por fim, aquele final focado no planeamento da defesa do Império encabeçado pelo Reinhart foi muito bom e foi nesse momento, onde se viu os verdadeiros homens e soldados, nessa parte não se viu insultos nem brigas, como no lado da Aliança. É por estes pequenos detalhes, desde dos OVA e filmes de LOGH, que eu sempre me identifiquei mais com o lado do Império. Não sei se notaste Kakeru, mas o Oberstein vai dar aso, a muitos problemas (basta ver as caras do Mittermeyer e do Kircheis quando o Reinhart chamou o Oberstein para explicar os planos de defesa do Império).