Aconteceu tanta coisa nesse episódio, mas ao mesmo tempo parece que não aconteceu nada, não é? Pelo menos ele definiu melhor algumas coisas, e foi uma razoável transição para aquilo que todos os telespectadores da série deviam estar aguardando: a ressurreição, agora para valer(?), da Deusa Éris. As Saintias lutam pela promessa delas? Eleve seu cosmo ao máximo e me acompanhe nessa jornada!

Qualquer pessoa que conheça um pouco da saga clássica de Cavaleiros sabia que a conversa da Saori com o Grande Mestre não ia dar em nada. Na verdade, ela serviu para “alertar” a Saori sobre a dupla personalidade do Mestre. Mas que utilidade isso terá para essa história? Nenhuma. Nem mesmo era algo necessário para solidificar a ideia de ir até o Santuário peitar o vilão. Foi só encheção de linguiça.

Esse trecho pode ter tido alguma utilidade se o Saga continuar como um personagem na trama ainda após sua derrota. Ele pode voltar como um Fantasma? Seria a melhor ideia que a Éris poderia ter. No que se refere ao Afrodite, ele apenas reforçou seu conceito de justiça exposto lá no anime clássico. O cavaleiro que respeita o poder e o equipara à justiça.

Outro cavaleiro muito questionado é o Máscara da Morte, que, diferente do Afrodite, sempre foi “vendido” apenas como alguém cruel, sem um traço de dubiedade; até Soul of Gold ter “aliviado” um pouco a sua barra. Queria que ele tivesse aparecido mais, e olha que vivo reclamando do excesso de cavaleiros de ouro nesse anime, pois se é para haver um problema entre ele e uma Saintia, que isso ficasse claro antes dele perder a vida contra o Shiryu.

Afrodite só quer saber de quem é mais forte, e ele não está completamente errado não.

Em seguida é hora de fanservice para fãs saudosistas. A Marin aparecer para testar a quilometragem das Saintias até que foi bacana. É da personalidade dela ser dura para extrair o máximo de um pupilo que ela treina. Só não entendi a águia que estava domando, seria de estimação? Ou só pose mesmo?

Enfim, tem o trecho de treinamento meia-boca e as Saintias fazem o que todo cavaleiro sabe fazer de melhor: apanhar. É só batendo em um cavaleiro que se é verdadeiramente gentil com ele. As garotas precisavam entender isso para aceitar o papel delas em todo aquele contexto.

Marin é a diferentona do rolê, sempre foi.

Elas são guarda-costas de Athena, suas sombras, não têm as mesmas funções que os cavaleiros de ouro, prata ou bronze. O que significa que serão para sempre coadjuvantes? Não. Saintia Sho é a história delas, é de se desejar que elas “protagonizem” as coisas, e elas têm a chance de fazer isso enfrentando a Éris – mantendo a trama de Saintia Sho o que ela sempre foi, uma trama paralela –, sem precisar enfrentar o Santuário.

Para isso é imprescindível que elas fiquem mais fortes e passem a depender menos dos cavaleiros de ouro. Isso vai acontecer? Eu que não vou soltar spoilers do mangá aqui… De toda forma, a promessa feita entre a Saori e suas Saintias destacou uma qualidade dessas guerreiras: elas se importam com a Saori – a menina – e não apenas com a Deusa.

Em parte, é identificação, afinal, são mulheres e têm a mesma faixa etária, mas também acho que se deve ao fato de serem suas “sombras”. Nesse universo alternativo de Saintia Sho são elas as mais próximas a Saori, desde antes da Guerra Galáctica, e não os cavaleiros de bronze; então elas compartilharam a dor, as preocupações, as provações pelas quais a Saori teve que passar após assumir sua identidade como uma Deusa.

Não é apenas “devoção” e um mesmo ideal, mas também pura e simples amizade. Mesmo sem focar tanto nisso a Xiaoling e a Mii também lutam por amizade a Saori Kido, e a Shoko é aquela que exterioriza melhor isso, porque ela lutava tendo a irmã em mente, tendo em vista um desejo pessoal, e agora ela continua sendo assim.

Verdade, tem uma Saintia fora da curva aí… Mas isso por ora não é importante.

Esqueçam o “conserto” da armadura de Equuleus – quem deu sangue para consertar a armadura? – ou a volta pífia de cavaleiros de prata na forma de Fantasmas – ou foram as Saintias que ficaram tão fortes em tão pouco tempo? –, acontecimentos bem estranhos se formos ser chatos, e foquemos no que realmente foi importante nesse episódio, e que ainda assim nem foi lá grande coisa; a prévia na qual fica claro que a Éris/Kyoko está mais morta que o Paul McCartney original.

Quando você saca aquele personagem clássico para agradar os fanboys. Eu curti.

Isso já era esperado; assim como a ida da Saori até o Santuário, o ataque a ela e, em outra ponta, a reunião do poder que fortalecerá a Deusa da Discórdia. Se ela já está revivendo cavaleiros de prata, quando ficar mais forte fará o mesmo com cavaleiros de ouro? Como os cavaleiros de Athena vão lidar com isso? Qual será o papel das Saintias nessa guerra repaginada? Elas finalmente vão ganhar o espaço que precisam? Isso a gente deve ver nos próximos episódios desse anime que faz uma “sombra” até boa à série clássica.

E você, já sentiu o cosmo?

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