Mu don’t wanna be adored (não quer ser adorada), ou seria a Listeners? Em todo caso, esse foi o episódio “enrolação de linguiça” de transição para o final. Não foi grande coisa, mas o que é nesse anime? O importante é que a referência encaixe e acho que encaixou dessa vez. O que me levou a pensar assim você lê abaixo. É hora do Kakeru17 querer ser adorado no Anime21!

A reunião dos Players em prol de salvar a Mu foi fofinha e até faz o público pensar que eles são personagens. Na verdade, eles são, só não são exatamente profundos porque meio que nada é no anime e, honestamente, isso nem me incomoda mais tanto. O comitê de contra-medidas para a crise foi um desenrolar coerente, questiono é a diferença que fez no quadro geral da situação. Será que ele foi criado só para dar uma satisfação ao público?

Digo, para passar a ideia de que a jornada do Echo e da Mu não foi em vão já que cativaram vários Players ao longo dela. Sendo assim, o tempo do público vendo cada episódio não pareceu tão mal gasto? Não que eu ache que foi de todo mal gasto, é só que faz sim sentido que se reúnam para lidar com a situação, mas questiono muito o discurso de amor para ambos, humanos e Earless, se a saída encontrada é o ataque. Onde tem coexistência aí?

O Jimi não foi contrário a ideia de exterminar os Earless porque estava convencido de que isso não era o melhor a fazer? Então, por que os Players mais próximos não aprenderam um pouco com ele? Sei que puxar conversa talvez não desse certo (aliás, provavelmente não daria), mas partir logo para o ataque não é muito extremo? Além disso, só sobrou um episódio e não duvido nada que o conflito social seja resolvido em um passe de mágica.

Vê como esse episódio acabou sendo um tanto inútil? Ele encurtou tempo do clímax e não interferiu em muita coisa, no máximo ajudou a Mu a soltar o tinhoso e o Echo a dar as caras em um momento crucial (como faz qualquer herói clichê que se preze). Ao menos o anime terminar onde tudo começou faz sentido, afinal, os Beatles (o final) são de Liverpool e o Oasis (o início) é de Manchester. Eles rodaram o mundo só para voltar e salvar o dia, né?

Enfim, a Mu foi dominada pela personalidade original, a da Listeners, mesmo? É o que a cena com a irmã do Echo dá a entender, que no fundo ela pede socorro e não é má como o capiroto que baixou em seu corpo. O que, a essa altura, não acho que faça muita diferença, seja para o bem ou para o mal, no máximo torna menos problemático um possível retorno da Mu a algo que conhecíamos; não rainha de nada, mas uma Player autêntica.

Ademais, o que poderia comentar do episódio? Que me incomoda bastante a inconsistência desse mundo? Já comentei isso antes, mas em um momento como esse, em que algo grande segue seu curso, cadê qualquer coisa que nos passe a ideia de que esse mundo não é uma bagunça e não são só os Players que têm poder e influência para fazer alguma coisa? O mundo como ele é gira só em torno desses personagens, não faz sentido algum sem eles (se duvidar nem com).

Aliás, com o anime é assim também, sem referências ele não faz sentido (e nem com elas faz tanto assim), não à toa esse episódio meio vazio, mas não exatamente desagradável, combina com o som da banda homenageada da vez. Infelizmente, essa semelhança não passa de uma impressão vaga minha, porque se fosse mais palpável é certo que o anime estaria melhor. The Stone Roses pode parecer “vazio”, mas é uma banda bem “densa” se ouvida com atenção.

Vamos as referências? The Stone Roses eu venho indicando desde o nono episódio, você já deve estar de saco cheio de me ver babando pela banda, né? Então serei objetivo, I Am The Resurrection é uma música do grupo, já Around the World in a Day é o título do sétimo álbum do Prince.

Quanto a como a Roz e o Denka se tratam, a majestade púrpura a que ela se refere creio ser o “apelido” do Prince, mas também é um livro de colorir do músico, já a princesa gnomo referencia The Gnome, uma música do Pink Floyd que é de autoria de Syd Barrett. Está confirmado o que já estava na cara, que Roz é a versão feminina do músico.

I Wanna Be Adored é o maior clássico do Stone Roses e sua letra simples tem uma certa sintonia com o que pudemos ver nesse episódio. Os Beatles ficam para a próxima, acertei em cheio em quem seria homenageado no final, mas não era difícil, afinal, em terra de rock n’ roll os Beatles são verdadeiros reis.

Até a próxima!

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