Como a deusa Soshizaki bem diz, “jogadores de futebol fazem dinheiro com as pernas”, e eu não poderia concordar mais, afinal, essa ideia de que você pode conquistar as coisas através de seu esforço próprio é um dos baratos mais legais do esporte, e nesse caso específico, era bom consertar a burrada da professa gentil, mas sem noção, a qual elas admiram.

Apesar de ainda ter um ou outro ponto questionável, esse episódio me deixou com uma impressão melhor que o anterior, sendo assim, irei defendê-lo ferrenhamente, como, aliás, sempre tento fazer com esse anime. #meteliogol

As questões do uniforme e do campo de treinamento foram tratadas de ótima forma por um lado e de forma bem zoadinha pelo outro, pois por mais que tenha adorado a cena em que a Tase deixa claro todo seu amor pelo futebol, ainda acho muito bobo, até questionável, buscar algo para chantagear o treinador do time masculino.

Quanto ao uniforme, tentar ganhar grana com futebol society foi uma ideia super legal, agora, pôr a tonta da Aya para levar as garotas até o lugar não, e pior, por mais que tenha gostado da aparição das garotas do Konugi, a lateral-direita foi muito cringe.

Menos mal que a maior parte disso é pouco relevante, então, seguindo a ordem cronológica, acho melhor falar logo da Tase, que como dizia artigo passado, realmente estava apagadinha no anime e merecia mais destaque.

Foi legal ver ela falando de seu amor pelo esporte, da admiração que nutre pela Nomi (finalmente vemos esse apreço a figura de uma jogadora, ainda que seja a escolha óbvia) e, principalmente, das expectativas que tem para o time.

Ficou claro que as antigas companheiras de time saíram por não acreditar no sucesso do clube, então é normal que ela como capitão chame a responsabilidade para si, tentando fazer o que ela acha mais importante para o clube.

Ela age como uma verdadeira capitã desse jeito, só realmente me pergunto se tentar chantagear o técnico era a melhor opção. Aliás, não questiono só isso, mas a utilidade de treinar com os garotos.

Só que é aquilo também, se a trama tem insistido tanto nisso, então talvez alguma sacada interessante surja dessa atividade, algo que beneficie as garotas de verdade. Vendo a qualidade das protagonistas aposto que elas vão fazer a coisa valer para o time masculino também.

A questão do campo também está envolvida, mas confesso que não entendi muito bem como ficou a situação e, claro, é sacanagem querer tomar o campo do clube feminino. Inclusive, acho que vai ser uma bola fora se elas realmente forem movidas para outro lugar, mas não deve acontecer.

Enfim, deu para entender bastante a “urgência” que a Tase tem para fazer o time dar certo, para dar vazão a sua paixão pelo futebol e as experiências que ela quer viver enquanto jogadora, então posso comentar as duas curiosidades que surgem na cena dela com as amigas?

Primeiro, o jogador estampado na capa da revista que ela está segurando é o Virgil van Dijk, zagueiro da seleção holandesa e do Liverpool que já ganhou Premier League, Champions League e Mundial de Clubes (em cima do Flamengo), além de ter sido o segundo na corrida pela Bola de Ouro em 2019, ficando a frente do Cristiano Ronaldo, mas não do Messi.

Segundo, se a Nomi disputou a Copa do Mundo Feminina da Alemanha, então em 2011 devia estar no auge de sua forma. Nessa época o Turbine Potsdam levava o tri consecutivo da Frauen Bundesliga, então é bem capaz de ser esse o time no qual ela jogava.

Para encerrar meus comentários sobre a primeira metade desse episódio, achei bem bacana o momento da Tase não só porque ela ganhou mais espaço e agiu como a capitã do time (mesmo que por linhas tortas), como também pelo tempinho oferecido as suas amigas mais chegadas.

Aliás, é pensando justamente nelas, nas jogadoras mais fracas, que tanto falo do caminho mais lógico a ser adotado pela treinadora, definir um padrão de jogo enquanto potencializa as capacidades individuais, principalmente fora do trio, que apresenta um enorme talento.

Não que elas também não tenham que se esforçar, mas não vão precisar aperfeiçoar fundamentos e treinar para cumprir funções táticas da mesma forma que as outras, ou pelo menos não carecendo da mesma taxa de melhora.

Indo agora para a Soshizaki e as outras, o plano da melhor volante da história dos animes foi muito legal não só por justificar suas palavras na reunião de emergência, como criar uma situação diferente, em que elas vão jogar futebol society, uma versão simplificado do futebol de campo.

Inclusive, achei ótima a ideia de meter as personagens que mais se destacaram do Konugi nessa parada, só me pareceu exagerada demais a obsessão da Tsukuda, mas, convenhamos, essa veia cômica nervosa do anime surpreende a um total de zero pessoas, e até que ri bastante com a chantagem da Suou. É incrível como ela consegue me divertir com as expressões “expressivas” dela.

Não sei se ela cumpriria a ameaça, mas por ser algo mais circunstancial que chantagear o técnico do time masculino acaba que dá para curtir a zoeira e vislumbrar o potencial da situação. Pensei que a Itou só jogaria com a Onda na seleção, mas não é que o anime me enganou direitinho?

Mal posso esperar pelo jogo dessas craques de bola, que não vão deixar de ser rivais por jogarem juntas, mas vão experimentar um pouco de companheirismo também, até serem convocadas para a seleção de base, coisa que super vejo acontecendo com as cinco, menos a narradora.

Aliás, ela mandou muito bem ao explicar o banimento da Onda, o qual homenageou com muita irreverência uma das figuras mais icônicas da história do futebol, Eric Cantona, ídolo do Manchester United que não venceu a Copa do Mundo com a França em 98, mas cravou seu nome ainda mais na história do futebol ao dar uma “voadora” em um torcedor fascista do Crystal Palace. Fogo nos racistas e voadora nos fascistas!

É sério, Cramer ganhou muitos pontos comigo ao homenagear um jogador tão icônico e sair um pouco do básico que é Messi e CR7, até o Bale que a Tase diz gostar (e tem feito seus golzinhos emprestado ao meu Tottenham) é uma referência bem mais fácil de se fazer também.

Por fim, a tal da Rei Kutani apareceu, uma rival antiga que tem presinha fofa e toda pinta de que joga um bolão. Não vou estranhar se ela for convocada para a seleção também, apesar de que essa região do país já tem concentrado muita jogadora boa, convenhamos.

Ela vai ser a resistência ao domínio técnico do time misto entre o Warabi e o Konugi, ms duvido que faça as protagonistas perderem, afinal, elas precisam da grana para os uniformes, problema que foi uma clara forçação de barra para chegar a esse momento interessante da história.

Dessa vez consegui curtir mais os momentos cômicos do anime, mas ainda acho que a autora poderia caprichar um pouco mais nos detalhes. Pelo menos a promessa de comédia romântica ficou só na zoeira e na conveniência mesmo, o foco ainda foi completamente o futebol.

Não que eu odeie a ideia de uma das heroínas ter um relacionamento, longe disso, mas, convenhamos, o anime não tem um budget daqueles e nem deve ter várias temporadas, então acho mais legal se focar mesmo no esporte, até porque, por mais que a Onda tenha amigos com os quais jogava futebol, em nenhum momento a chama do romance foi acessa na história.

As garotas só pensam, ou pensam bem mais, em jogar futebol e estão se esforçando para crescer enquanto time, resta saber como isso se dará e se for para termos desenrolares interessantes sou capaz de engolir uma avacalhação ou outra, até porque a essa altura do campeonato já me parece claro que o campo e bola só deve ter mais relevância durante as partidas.

Por fim, Cramer segue divertido e nos apresentou a uma situação que promete ser bem interessante. Futebol society, aqui vamos nós!

Até a próxima!

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