Dance with Devils, Sakurako-san no Ashimoto, Tantei Team KZ Jiken Note – Primeiras impressões
Mais um artigo, mais três estreias! Porque com mais de cinquenta animes novos é difícil escolher o que assistir, quanto mais informação melhor, e estamos aqui para te dar todas as informações que você precisa! Talvez queira dar uma lida também em um dos demais artigos de primeiras impressões dessa temporada:
- Young Black Jack, Lance N’ Masques e Heavy Object
- Gundam: Iron-blooded Orphans, One Punch Man e Utawarerumono
- Comet Lucifer, High School Star Musical e Rakudai Kishi no Cavalry
- Concrete Revolutio, Shingeki! Kyojin Chuugakkou e Kagewani
Dance with Devils, Sakurako-san no Ashimoto e Tantei Team KZ Jiken Note. Dois animes sobre mistérios e um anime bastante misterioso! De novo misturei animes de gêneros bem diferentes em um artigo só para que você pelo menos leia um pouco sobre todos. Qual é, ler não custa nada, né? Quem sabe um anime que você nem pensava em assistir acaba sendo o seu anime da temporada? Já aconteceu comigo, juro! No mínimo, pode ser bastante divertido. Leia a seguir e decida por si mesmo!
Dance with Devils, episódio 1 – Musical sobrenatural
Eu escolhi assistir Dance with Devils exclusivamente por causa dos trailers musicais. Música simplesmente tem esse poder sobre mim, e não canso de dizer que já assisti animes ruins só porque eu gostava da abertura ou encerramento. Não se preocupe que não é o caso aqui, Dance with Devils foi, para mim, a melhor estreia da temporada até agora fácil. A música tem grande peso nisso, é claro, mas dado que esse é um anime musical isso não o denigre, muito pelo contrário. Com três números musicais durante o episódio (talvez um deles seja a abertura? Provável; pelo menos por alguns episódios) e uma trilha sonora muito boa durante todo o episódio, Dance with Devils é o equivalente musical à animes que lançam mão de um estilo de animação diferenciado e de encher os olhos. Esse episódio literalmente foi de encher os ouvidos, se me permite a comparação. É uma forma de estilo sobre conteúdo.
Não que falte conteúdo ou ele seja fraco. Como um harém invertido sobrenatural seria fácil escrever uma história genérica só para jogar a heroína nas garras dos bonitões desde o começo, de preferência apresentando-a como alguém que admira-os ou ama um deles secretamente. Isso acontece em muitos animes, mas em Dance with Devils o primeiro contato dela com os demônios bonitões é conflituoso. Eles são o Conselho Estudantil no colégio dela e parece que muitas garotas suspiram por eles sim, mas não a Ritsuka. Ela parece ser a chave para a obtenção de um tal “Grimório Proibido” (ou talvez ela seja o próprio grimório?) e o submundo todo está louco atrás disso enquanto ela sequer sabe que criaturas sobrenaturais existem, mesmo que toda a sua família, pelo menos desde o seu avô, esteja envolvida com eles até o pescoço. Deve ser uma forma de protegê-la, presumo. O Conselho Estudantil usa seus poderes para atraí-la (a convocam sob pretexto de haver acusações de má conduta contra ela), mas não conseguem nada graças a um amuleto que sua mãe a faz usar. No resto do episódio outros demônios atacam sua casa, sequestram sua mãe e a atacam na rua, e Rem, o presidente do Conselho Estudantil, a salva. Foi tudo muito conveniente para ele, está com toda a cara que ele forjou a situação, mas há também alguns sinais que indicam que talvez ele não tenha nada a ver com aqueles outros demônios. Sendo um item tão precioso, não seria de se estranhar que diversas facções o procurassem, não é?
Estou tentando chegar nesse ponto: olhe só, esse anime tem uma história! Não é assim nenhum Shakespeare, mas também não é uma droga de harém genérico. Quero dizer, eu não tenho experiência em haréns invertidos, talvez para esse gênero específico isso seja normal? Se for o caso, parabéns garotas, as histórias escritas para vocês são muito melhores que suas equivalentes para os garotos. De um jeito ou de outro, sem dúvidas que vou continuar assistindo. O único porém é que tirando os números musicais, todo o resto da animação é bem econômico. Nada feio, mal animado, mas há muitas cenas e fundos estáticos ou com pouquíssima animação. É bonito pelo menos, com um grau de detalhes razoável, mas o que define o clima é a música antes de qualquer outra coisa.
Sakurako-san no Ashimoto, episódio 1 – Hobby forense
A relação entre os personagens principais desse anime é bem complicada e imagino o quanto isso poderia influenciar na história mais adiante. Como a sinopse adiantou, é um garoto colegial (Shoutaro) e uma mulher adulta (Sakurako). Eles não são namorados (nada de efebofilia pra você), embora Shoutaro pareça nutrir sentimentos de admiração quase-românticos pela Sakurako. Ela, no entanto, está noiva. O noivo não apareceu e ela não reagiu de forma que permita especular qualquer coisa durante a única vez que ele foi indiretamente mencionado no episódio em sua frente. Mas talvez isso não tenha importância nenhuma?
Sakurako não se importa com pessoas de todo modo (segundo Shoutaro), apenas com ossos. Seu tio era um cientista forense famoso por toda Hokkaido, a ponto de um policial de posto baixo já ter ouvido falar dele, e ela aprendeu uma ou duas coisas com ele (ou se inspirou e buscou formação oficial no ramo), mas não tem um emprego. Apenas o hobby de procurar ossos, dissecar animais (mas não mortos por ela; nada de bestialismo para você) pelos seus ossos, montar ossadas, entre outras coisas envolvendo ossos em geral. Por que ela gosta tanto de ossos? Eu não sei. Suponho que seja porque de outra forma ela não poderia falar excitada sobre como uma mulher foi morta há cem anos com um forte golpe na cabeça após analisar um crânio que Shoutaro encontra. É tipo um CSI só que sem tensão, só com uma desapagada solução de casos através da análise de evidências (bom, apenas ossos e cadáveres nesse primeiro episódio).
Soa bobo, não é? Às vezes a Sakurako e o Shoutaro fazem parecer bobo mesmo, mas é divertido, além de ser muito interessante assistir as deduções da Sakurako à partir de restos mortais humanos. É ciência pura! E sempre tem potencial da história dar uma guinada mais séria no enredo, se você fizer questão de se apegar a essa esperança. Quero dizer, a relação entre os personagens principais desse anime é bem complicada.
Tantei Team KZ Jiken Note, episódio 1 – Fazer amigos é gostar de pessoas
Eu achei que esse anime fosse ter episódios de 25 minutos de duração, mas foram apenas 9. Fiquei com vontade de mais! É um slice of life bem leve, com personagens todos ginasiais (cursam os últimos anos do primário, ou primário 2) e gostoso de assistir. A protagonista é uma garota com dificuldade para fazer amigos (Tachibana) que é um pouco melancólica sobre isso, preocupada sim, mas não depressiva. Ao longo do episódio ela deixa de ter com o que se preocupar pois acaba por fazer amizade com os garotos do Time KZ, um time de futebol famoso na escola onde ela estuda, formado por quatro garotos populares por serem bons tanto no esporte quanto nos estudos.
Não que tenha sido um primeiro contato fácil: Tachibana quase foi atropelada por Wakatake, que estava correndo demais com sua bicicleta nova. E o garoto ainda colocou a culpa nela, chamando-a de caixa de correio (acredito ser o equivalente japonês a chamar de “poste” para se referir a uma pessoa que fica parada no meio do caminho). Isso a irritou, e quando ela descobriu que seria colocada em uma sala especial no cursinho junto com eles tratou de descontar em sua apresentação. Os colegas de Wakatake zombaram dele por ter “perdido” para a garota e ele saiu da sala enfezado. Àquela altura ela já havia simpatizado com os demais membros do time, e perguntou preocupada se não deveria desculpar-se com Wakatake. A resposta que recebeu foi a resposta que procurou durante anos: resumindo, não tinha problema porque eles eram amigos, eles gostavam uns dos outros; Wakatake podia estar irritado, mas ele sabe que todos ali gostam dele e logo passaria. E passou rápido mesmo, já que no final do episódio ele invadiu a sala de aula dela para arrastá-la de lá para fora para ajudá-lo. A bicicleta dele havia sido roubada.
O ritmo do anime foi muito bom, leve, como eu disse, e além de tudo há a satisfação de ver a história resolvendo de forma concisa todas as tramas que abre. Do problema de socialização da Tachibana resolvido pelos garotos que à irritaram durante a primeira impressão à bicicleta que no começo serviu de discórdia e no fim serviu para uni-los e começar a próxima etapa da história, há uma sensação de satisfação em ver os ciclos se fechando. Cada um dos garotos é bom em alguma coisa, e todos juntos são bons em várias, e a Tachibana já está somando suas próprias virtudes às deles. Mas mais do que uma soma de habilidades e interesses, eles são um grupo de amigos que gostam uns dos outros. Eu já gosto deles também.