Kyoukai no Rinne 2, Haifuri, Tanaka-kun wa Itsumo Kedaruge – Primeiras impressões
Nono artigo de primeiras impressões da temporada de abril de 2016! Será que chegará ao décimo? Pergunta retórica: chegará sim, ele já está engatilhado aqui! Os oito artigos anteriores foram:
- Mayoiga, Terra Formars Revenge, Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu
- Jojo’s Part 4: Diamond is Unbreakable, Kuma Miko, My Hero Academia
- Endride, Ushio to Tora, Gundam Unicorn RE:0096
- Bakuon!!, Joker Game, Seisen Cerberus
- Age 12, Bungou Stray Dogs, Unhappy
- Sailor Moon Crystal 3, Twin Star Exorcists, Netgame no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta
- Kabaneri of the Iron Fortress, Kuromukuro, Shounen Maid
- Flying Witch, Kiznaiver, Sakamoto desu ga?
As primeiras impressões já estão acabando e logo retomo a rotina de artigos de episódio. Quais animes você gostaria que eu comentasse por aqui? Quais você leria? Custa nada perguntar, né?
Nesse artigo falo sobre o retorno de Kyoukai no Rinne, a mais recente comédia da Rumiko Takahashi, Haifuri, um desses animes de realidade alternativa onde garotas colegiais ocupam posições muito inusitadas na sociedade, e Tanaka-kun wa Itsumo Kedaruge, anime cujo protagonista e personagem título consegue ser quase tão preguiçoso (ou será que é mais preguiçoso?) quanto o Ricardo de Mundo de Gumball (ei, você não achava que eu só conheço animação oriental, né?).
Kyoukai no Rinne 2, episódio 1 – O mesmo bom (?) e velho Rinne
Falando em preguiça: ai como fico cansado só de pensar em falar sobre Rinne! A Lidiane foi uma heroína por ter conseguido cobrir quase toda a primeira temporada (veja os artigos dela aqui!). Não é ruim, mas não é bom. Fica repetitivo e cansativo rápido demais, e a maioria dos personagens é muito monótono e raso. Ranma, da mesma autora, tem personagens com relações mais complexas e, ainda que seja tudo piada, isso permite um pouco de variação, o que torna a história muito divertida. Em Rinne, por outro lado, todos os personagens estão sempre fazendo literalmente a mesma coisa. É previsível demais. É legal pra assistir de vez em quando, dar umas risadas com algumas piadas melhores, mas para acompanhar a história (qual?) é um tédio. E os protagonistas são muito sem graça, principalmente a Sakura. Por que a Sakura existe, qual o papel dela no anime?
Para não dizer que nada melhorou eu gostei mais das novas abertura e encerramento. Só isso. Não dá para escrever mais sobre Rinne, desculpe.
Haifuri, episódio 1 – Mas o que foi aquele final??
Sobre Haifuri, por outro lado, eu poderia escrever um artigo inteiro provavelmente. Mas não posso, porque teria spoiler forte do final do episódio e como esse é um artigo de primeiras impressões eu creio que não seria adequado eu estragar isso para quem não assistiu ainda. Haifuri se divulgou como mais um anime de garotas fofas fazendo coisas fofas. No caso, fofamente pilotando navios de guerra. Achei que das duas uma: ou iria ser algo sem noção estilo Girls und Panzer, com garotas fofas fazendo algo que totalmente não deveria ser fofo apenas porque sim, ou como Kantai Collection que eu não assisti mas já li a respeito, e parece ter uma história pretensamente séria que funciona como propaganda nacionalista. Não posso falar muito sobre esse porque não assisti, mas enfim, achei que Haifuri pudesse seguir esse modelo que eu descrevi, independente de ser o não o caso de KanColle. E para ser sincero ainda pode ser o caso, mas estou otimista.
Durante quase todo o episódio parece que é mesmo apenas garotas fofas fazendo coisas fofas. Mas o final é uma reviravolta surpreendente! Juro, de verdade, assista e vai me entender! Para comparar, é como o final do primeiro episódio de Gakkou Gurashi, só que Gakkou Gurashi já tinha se anunciado como um anime de zumbis com as garotas vivendo sozinhas na escola, então apesar de tudo era uma reviravolta esperada (e quem assistiu o episódio atento percebeu todos os sinais de que algo estava fora do lugar). Haifuri não, ele se anunciou apenas como moe mesmo, então a reviravolta ao fim do episódio funciona muito melhor. E por isso mesmo eu não vou aqui dizer o que é para não estragar, mas o mais incrível é que, assim como Gakkou Gurashi, os sinais também estão espalhados pelo episódio inteiro. A reviravolta se constrói lentamente, de forma imperceptível, e quando eu a assisti tudo o que eu havia visto no episódio até então fez um sentido completamente novo.
Apenas assista, dê uma chance, e pode me xingar depois se ainda assim não gostar!
Tanaka-kun wa Itsumo Kedaruge, episódio 1 – É melhor que Sakamoto
Este aqui é outro anime de comédia com piada única da temporada – por isso a comparação com Sakamoto desu ga. Diferente desse outro, contudo, o protagonista é um pouco mais acessível para o espectador e há outros personagens para acompanhar, tornando o anime menos monótono e mais interessante e divertido de se assistir.
Mas Tanaka não é cool, ele é legitimamente preguiçoso. Ele é quase um militante da preguiça: apesar de toda sua preguiça, ele está determinado a participar da educação física para adquirir mais resistência muscular e assim … evitar que seus braços fiquem dormentes quando ele dorme ou se apoia tempo demais sobre eles. Bom, ele tenta participar da educação física pelo menos. Na prática ele acaba preferindo ceder à preguiça mesmo.
Para sorte de Tanaka ele tem o Oota, um colega de classe que admira o esforço do Tanaka em ser tão preguiçoso e o ajuda sempre que necessário. O que é o tempo todo porque ele é realmente preguiçoso demais. Que preguiçoso profissional ou eventual nunca quis que outra pessoa o carregasse para ir de um lugar a outro, não é? Oota faz isso o tempo todo para o Tanaka. É um anime de traços simples, não sei se eles seriam personagens “bonitos”, mas imagino que talvez hajam garotas que, bem, imaginem coisas a mais desse relacionamento entre o Tanaka e o Oota, entende? Considerando o quanto eles são próximos e o quanto o Oota é prestativo e dedicado ao Tanaka pelo menos me faz sentido que alguém crie esse tipo de fantasia. Mas se esse tipo de coisa te incomoda não se preocupe: o anime não dá nem pista nesse sentido. Eles são apenas amigos mesmo.
Kondou-san
Respondendo à tua pergunta do inicio do post, eu gostaria que comentasses Re:Zero, Kanbaneri e Ushio to Tora (este é um excelente exemplo de um bom batlle shounen).
Haifuri nem sei o que dizer, para mim foi uma surpresa as garotas irem estudar em barcos de guerra, eu pensava quando li a sinopse que se elas queriam proteger o mar se tornassem biólogas marinhas e nos únicos barcos que elas fossem entrar fossem aqueles de pesca ou de pesquisa. A protagonista ficou um pouco desapontada de ser a capitã de um contra-torpedeiro, se fosse eu teria orgulho, os contra-torpedeiros são essenciais em qualquer frota armada, são eles que são os escudos das embarcações de grande porte (podem ter mais poder de fogo, mas em consequência são mais lentas, logo mais difíceis de manobrar e assim seriam alvos fáceis para os torpedos de um submarino). Só eu que achei, quando elas foram atacadas com fogo real por parte da fragata couraçada elas escaparam com poucos danos, para mim esta parte foi muito pouco realista, um contra-torpedeiro tem uma blindagem mais fraca, comparado a uma embarcação de guerra de maior porte, já para não dizer que bastariam uns três tiros certeiros para afundar ou destruir completamente um contra-torpedeiro.
Já Tanaka-kun wa Itsumo Kedaruge, representa a situação de muita gente que é preguiçosa, todos temos um pouco dela, mas alguns levam-na ao extremo, quem nunca dormiu na aula que começava às 8:30h da manhã, não querer fazer as aulas de educação física que atire a primeira pedra. Ressalve-se também a qualidade técnica da animação, simples mas fluída mesmo com o ritmo lento do anime, os personagens são bons (e por incrível que pareça os personagens secundários são bons), amigos de verdade interagem como o Oota interage com o Tanaka (para quem pense que esta amizade vá parar a outro lado, sinceramente não me parece que tal coisa vá acontecer.
Fábio "Mexicano" Godoy
Re:Zero eu provavelmente comentarei, Kabaneri tem altas chances também, e Ushio to Tora eu odeio mas não sei se vale a pena pegar o anime só no final. Vou considerar =)
Sério que você não entendeu que Haifuri seriam navios de guerra? Eu só achei que elas não sairiam pilotando sozinhas logo de cara, mas já tinha entendido o caráter militar que o anime propunha. Sobre contratorpedeiros é isso aí, tanto que uma das garotas mesmo falou a respeito. E o navio delas não fui afundado porque os disparos estavam acertando todos na água. Elas foram provocadas a responder, e quando o fizeram foram “denunciadas” (e viu todo aquele óleo na água? com um torpedo sem carga aquilo deveria ser impossível, certamente foi planejado também). Como eu disse, dá pra reavaliar tudo o que aconteceu no anime até ali e perceber que foi uma grande trapaça.
Tanaka-kun é isso mesmo, uma delícia de assistir, hehe =)
Kondou-san
Agora pelo teu ponto de vista, realmente equivoquei-me na interpretação da sinopse do Haifuri, mas mesmo assim estou a gostar do anime, realmente um torpedo de treino nunca na vida conseguiria afundar um couraçado, aquilo deve ter sido uma cilada. A capitã do contra-torpedeiro parece meio distraída mas faz o seu papel bem feito ( e é nestas coisas que se percebe, que não por ter boas notas testes que se vai ser um bom capitão, geralmente as pessoas mais humildes é que se tornam grandes líderes). Só eu é que reparo, que os japoneses gostam muito de barcos, já Kantai collection era sobre a mesma temática (eu particularmente gostei, achei a protagonista muito boa).
Tanaka-kun é um daqueles animes para relaxar e esquecer os problemas à nossa volta.