Não me entenda mal, a minha carteirinha do Fã-clube do Favaro é a de número 3, atrás apenas da Amira e do Kaisar. Se existisse apenas uma pessoa nesse mundo que gostaria de ver o Favaro nessa segunda temporada, seria eu. Mas não acho que ele irá reaparecer tão cedo e logo explico porque, bem como porque eu acho que essa seria a decisão narrativa correta.

Por enquanto permita-se gastar o resto da introdução falando sobre a abertura do anime. Que abertura, hein!? Uma excelente música no melhor estilo Bahamut e uma animação linda que por sinal entregou já toda a história desse primeiro arco de Bahamut: Virgin Soul. Pelo menos metaforicamente, é aquilo lá que deve acontecer – e sem sinal de Favaro também. O que, repito, é bom. Já o encerramento eu não gostei muito não.

O que achou da abertura e do encerramento de Rage of Bahamut: Virgin Soul? Comente depois de ler esse artigo!

A origem da Nina, a adorável menina-dragoa de cabelo rosado, foi revelada. Ao contrário da Amira, não há grande mistério dessa vez: Nina pertence a uma espécie provavelmente pouco conhecida de homens-dragão que vivem de forma bem menos moderna em uma vila distante e, aposto, bastante isolada e de difícil acesso. Quero dizer, eles são dragões, eles voam, deve ficar em um lugar terrivelmente difícil de se chegar se não for pelo céu. E a forma como ela se transformou em dragão no primeiro episódio parece ser algo inerente à sua espécie, ou pelo menos inerente a ela. Será que ela pode se transformar por vontade própria ou sempre irá precisar de um jovem que a deixe corada? Será que é assim com todos os dragões, com todas as fêmeas, ou só com ela? De todo modo, pela forma como ela escreveu na carta, parece que os demais dragões também precisam de (ou são vulneráveis a) algo do tipo para se transformar, ainda que talvez sejam gatilhos diferentes do dela. Mas aposto que seja algo relacionado à puberdade e ao desenvolvimento sexual da espécie, então não deve variar muito, se variar. É o tal do “Virgil Soul” do subtítulo da temporada.

A vila oculta dos dragões

A razão dela ter saído de sua vila isolada e ido para a capital do reino é óbvia: para ajudar sua família com dinheiro. Há motivos de sobra para crer que o quase despertar do Bahamut ao final da primeira temporada causou vasto dano não apenas a este ou aquele reino, mas quase certamente a todo o mundo. Pelo que viu-se agora os homens-dragão parecem estar vivendo razoavelmente bem, mas devem ter passado por dificuldades e talvez ainda possam fazer muito proveito de alguns trocados. Mas a Nina não poderia ter escolhido lugar e hora pior para colocar em prática seu inocente plano para ajudar sua família, poderia? Eu acho que ela não poderia ter escolhido melhor. No sentido de que ela não teve, de verdade, escolha.

Nina partiu para o único lugar próspero do mundo: Anatae, capital de Orleans. E por que lá prospera? Porque o Rei Charioce XVII escraviza demônios e coleciona saques de várias guerras contra eles e contra os deuses. Assim, Nina foi atraída pela prosperidade gerada pela própria podridão do reino que ameaça arrastá-la – e que já começa a tentar forçá-la a tomar partido. A garota já havia visto escravos e não pareceu gostar do que viu, mas virou o rosto e tornou a cuidar de sua vida. E agora, que viu o gueto, demônios sofrendo, que ela própria já foi caçada ainda que por engano, e que o Azazel gritou com ela a instando a fazer algo a respeito? Ela é jovem demais, é coisa demais para a menina-dragoa caipira que só queria ajudar nas contas de casa absorver de uma vez só. Por que ela? O que ela tem a ver com isso? Cada um tem seus problemas, não é? Demônios são demônios e dragões são dragões, não é? Não é…?

Não é assim que Azazel irá conseguir convencer Nina

Mesmo se forem diferentes, a Nina ainda não possui informações suficientes e provavelmente não está em estado emocional que a permita concluir o lógico: por que Orleans pouparia os dragões a partir do momento em que tomasse conhecimento deles? Aliás, talvez já saiba sobre eles e está apenas concentrado em inimigos maiores por enquanto. Nenhum personagem tratou disso, mas é apenas a lógica. Azazel deverá ter muito trabalho ainda para convencê-la. A forma de pensar dele não funciona com ela. Ele e ela vêm de mundos muito diferentes e ela tem dificuldade em entender o que ele está tentando dizer, ao mesmo tempo em que ele não a compreende direito – talvez ache que ela seja apenas um demônio-dragão disfarçado tentando tocar sua vida e tenha plena consciência de tudo isso. Como Baco não se presta a esse papel, parece que a Rita precisará ser a mentora da Nina por um bom tempo até que eles comecem a se entender.

Rita para o resgate!

E agora cheguei na razão pela qual o Favaro ainda não está na história! Já externei minha interpretação sobre o papel da Rita, do Azazel, da nova personagem, a Nina, e o Kaisar é bastante óbvio, não é? Ele chegou onde queria, se tornou um oficial dos Cavaleiros de Orleans, mas agora se encontra dividido entre a honra de executar seu dever e seu senso pessoal de justiça. Bom, não acho que ele esteja tão dividido quanto na verdade está imobilizado por não saber o que fazer. Honra ou não, se ele visse o Caminho da Justiça – e no passado foi o Favaro quem mostrou esse caminho para ele – não hesitaria um instante em segui-lo. Só que agora Favaro não está aqui e dessa vez ele precisará descobrir esse caminho sozinho. Mas não é por isso que Favaro não está presente.

E agora, Kaisar?

Azazel sabe o que tem que fazer. Ele não tem poder suficiente, ele sabe dolorosamente disso, mas não se poupa uma noite que seja de fazer tudo o que ele é capaz de fazer. Ele se desespera ao encontrar Nina porque ela pode finalmente dar-lhe o poder de que ele precisa, mas ela hesita. Favaro é fraco, fisicamente fraco, mas sua determinação é tão forte quanto a de Azazel. Diante dessa situação que vive a capital o Favaro do final da primeira temporada de Rage of Bahamut não pensaria duas vezes antes de entrar em ação, fazer o que é certo, desafiar quem tivesse que desafiar, e como um furacão arrastar junto consigo Kaisar, Nina, Rita, Azazel, até mesmo Baco se necessário. Favaro a essa altura em Virgin Soul botaria por terra todos os dilemas de Kaisar e roubaria o protagonismo de Azazel (o demônio sem poder suficiente e que escolheu o caminho do ódio) e de Nina (a garota ingênua que está passando pelo mesmo dilema que o Favaro passou no começo da primeira temporada). Roubar protagonismo é uma expressão legal.

Uma narrativa possui um ou mais protagonistas e eles são importantes para a história que se pretende contar. Com Azazel e Nina protagonistas (além do confuso Kaisar), os demônios sofrem, morrem, a situação tende a um impasse doloroso até que alguém finalmente consiga romper o equilíbrio e fazer a balança pender para um dos lados. É importante, nesse momento, que um demônio seja o protagonista da história da resistência contra a perseguição aos demônios, e que uma nova personagem ainda inocente seja a protagonista perdida entre seus próprios problemas e o chamado para um desígnio maior. Fosse uma situação na vida real é lógico que tanto melhor quantos mais pudessem colaborar para romper o quanto antes esse equilíbrio nefasto e evitar que indivíduos continuem sofrendo. Mas quando importa mais a narrativa do que o sofrimento que se busca combater, a questão sobre o protagonismo é vital. Por isso que nessa ficção sobre homens e demônios Favaro ainda está afastado. E é para escrever narrativas, mais do que resolver injustiças, que se busca afastar pessoas de causas na vida real também.

Os novos cavaleiros preferidos do rei

  1. Shingeki no Bahamut, não e um anime de trama, ele tem diversos clichés e um universo básico não muito rico ou desenvolvido, por isso este anime e um anime de personagem e quando digo personagem digo Favaro, para mim e diversos fans esses episódios estão sendo uma tortura, tirando os foruns internacionais que não expressam outra coisa do que a raiva por não ter Favaro, a segunda temporada poderia ter sido tão boa, mas acabou sendo uma decepção que provável-mente vai enterrar a serie.

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Aceito a sua opinião como sua e como opinião. Mas em que pese a existência de outros dez, vinte, ou cem como você, isso não a torna universal. Menos ainda correta.

      Não é voltado à história? Ah, mas é sim! Talvez você tenha assistido a primeira temporada com o cérebro desligado, mas teve um mistério sólido ali com uma história de ação e aventura na superfície. Para não falar dos sub-enredos – um dos últimos o do Azazel, que o preparou para o que ele se tornaria nessa temporada.

      Favaro. Veja bem, mesmo que fosse de fato uma história voltada aos personagens (o que eu já disse que não é), existem vários outros personagens fascinantes. O Kaisar é o primeiro que salta à mente, por razões óbvias. Ele teve um arco pessoal de desenvolvimento muito bom na primeira temporada, tomou uma decisão nas Short Stories e … terminou onde terminou. E está agora encarando um dilema profundo. Como eu disse nesse artigo (você o leu ou parou na introdução?) o Favaro, no ponto em que ele se encontra de desenvolvimento pessoal, iria saltar na garganta do rei e não haveria história alguma. Tem o Azazel que saltou para o primeiro plano da história. Tem a nova personagem, a Nina, que é muito boa em sua simplicidade que a faz ter medo de tomar uma posição nesse momento, mesmo sabendo que é o certo a se fazer. Sim, eu quero saber como o Favaro está, o que ele anda fazendo, mas ele não me deixa mais curiosidade nenhuma. Eu sei como ele vai agir em qualquer situação que seja jogado. Entre os personagens ausentes, a Joana D’Arc é quem eu mais queria ver nesse momento. Como ela reagiria a tudo o que está acontecendo?

      Mas bom, se você não gosta, é só parar de assistir. Não posso fazer mais do que isso para tentar convencê-lo do contrário. Apenas faço questão de pontuar que seus gostos e opiniões não são matéria de fato em Rage of Bahamut. Você não precisa disso para não assistir. É só não assistir. Ninguém vai te criticar por isso.

      Obrigado pela visita e pelo comentário! =)

      • “Apenas faço questão de pontuar que seus gostos e opiniões não são matéria de fato em Rage of Bahamut” .
        obs: O mesmo vale pra nós!! apenas opiniões…

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Se é apenas opinião, fale por si mesmo, não pelos outros. Leia de novo o que o Gustavo escreveu. Ele não falou dele. Ele não falou dele e dos conhecidos dele. Ele escreveu “diversos fãs”. Quão diversos? O suficiente para “enterrar a série”. Wow! Isso tem que ser gente pra caramba, né?

        Se eu estivesse vendo esse tipo de reação por aí vá lá, mas não é o caso. Eu escrevo sobre o anime, eu converso com muita gente, eu leio muita gente, e tenho visto sim muitos que gostariam que o Favaro aparecesse logo, mas te juro que apenas o Gustavo (e, suponho, você) disse que isso está arruinando o anime para ele. Todo mundo (com quem tive contato) está se divertindo, independente de quão Favaro-dependente seja.

        Mas é isso aí. Naturalmente, meus artigos (bem como os dos meus colegas aqui) são opinativos também, salvo quando expressamente escrito o contrário, o que nunca é o caso de resenhas e análises de episódio =)

        Obrigado pela visita e pelo comentário! Volte sempre!!

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Essa temporada terá o dobro da duração da primeira, o arco inicial já está acabando, sosseguem e tentem curtir, logo ele aparece 😉

      • Na minha opinião o anime fica a desejar pela falta do fava, mas não deixa de ser um bom anime!!! Se ele aparecer com estilo e queimar lenha nessa fogueira, faço uma retratação!

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Ele já foi até citado, é questão de tempo até aparecer. Só não cabia nesse arco ainda, mas agora que todo mundo já está mais ou menos decidido acho que ele até já pode aparecer.

  2. Este episódio 2 de Bahamut foi muito bom, mas este artigo dele, nem tenho palavras para o descrever. Eu sou um fã assumido, do mundo fantasioso de Bahamut, tudo nele exala referências de rpgs de fantasia, além dos seus muitos personagens interessantes. Como os meus olhos brilharam, a ler este artigo, principalmente por causa do titulo do artigo. Em relação ao Favaro eu não podia estar mais de acordo, com as tuas sábias palavras. Ele ainda tem muito tempo para aparecer, o Kaisar, a Nina, o Azazel e o seu aliado ainda precisam de desenvolvimento na história (aqui o Kaisar já é repetente). Se o Favaro aparecesse agora, todos os holofotes se virariam para ele, e os outros personagens maravilhosos ficariam em segundo plano. Antes de passar, mesmo aos acontecimentos do episódio, tenho que elogiar muito a arte da opening. Eu mesmo não gostando do estilo da música que colocaram na opening, eu amei a animação, aquela arte é nota 10. Quanto à ending, este mero mortal, nem se dará ao trabalho de comentar (ela podia ser bem melhor, tal ending envergonha a opening épica).

    Passando ao episódio, mais propriamente à parte do teu artigo que toca na aldeia dos dragões onde a Nina nasceu, eu tenho as minhas teorias do porquê do Charioce XVIII ainda não a ter atacado. Pelo que venho a perceber, a carta da manga que o Charioce usa e abusa para subjugar os deuses e o demónios é um poder misterioso que ele conseguiu colocar as mãos. Se repares, aquelas forças especiais que fazem os ataques surpresa aos deuses, usam uma armadura que anula a magia e os poderes dos deuses e demónios, os gigantes de pedra e magia que eles usam a mesma coisa. Os únicos que não tem armas e armaduras que os defendam dos ataques dos deuses, são os soldados e cavaleiros de Orleans (onde o Kaisar e os seus subordinados estão). E é nesse mesmo poder oculto, que deve residir o porquê o rei das grandezas e conquistas militares Charioce ainda não ter atacado a aldeia dos dragões. Os dragões, são criaturas muito fortes, as suas escamas são difíceis de ser trespassadas por armas e flechas, cospem fogo e em estado de frenesim são imparáveis. Veja-se o caso da Nina no episódio 1, quando se transformou em dragão, um mini exército não foi capaz de a deter, os próprios gigantes de pedra, figuras imponentes, foram destruídos como se fossem nada pela pela Nina. Até aqueles dragões onde os soldados de Anatae montam não tiveram hipótese para um único dragão. Mas esta minha teoria mirabolante, não descarta a hipótese, de lá para a frente do anime, o Charioce decida atacar a aldeia dos dragões, tudo por causa da intervenção da Nina na causa do Azazel.

    A Nina, ainda é muito ingénua. Não adianta o Azazel tentar impor as suas motivações para cima dela, que ela não vai entender nada. Ela não gostou do que viu, na capital, ela ficou visivelmente incomodada de ver os demónios a serem tratados abaixo do nível dos escravos. Mas ela só lá está, como tu bem referiste, para ganhar dinheiro, para ajudar a sua mãe. De certo que ela não sabia que Anatae seria tão podre e corrupta, mas ela não tem culpa disso, ela já tem as suas preocupações e motivações, não precisa estar quase a ser coagida com os ideais e motivações de outros. No que toca ao poder dela, eu acho que aquilo que faz ela e as pessoas da sua aldeia, se transformarem em dragões não é igual. No caso da Nina, o poder dela vem à tona quando esta olha para um homem bonito, mas houve um dos figurantes ou vários na aldeia dela, que tinham que se atirar para o rio, para se transformarem. Será que o gatilho que desperta o poder do dragão, nas pessoas daquela aldeia, estão inteiramente ligados com as emoções (como alegria, tristeza etc). Se for isso seria algo bem interessante.

    Quanto ao Azazel, ele esteve quase execrável neste episódio. Eu compreendo a frustração dele e as suas motivações. Mas não vai ser por ele, forçar os seus motivos na Nina, que a situação da sua espécie vai ser resolvida. Ele em momento algum, pensou na posição da Nina. Ele não pensou nas consequências que o povo da Nina poderia sofrer, caso esta se decidisse juntar à causa dele. Aqueles gritos e agarrar no braço, foi uma acção feia, por parte dele. A sorte da Nina, é que estava lá a Rita, para olhar por ela. O aliado dele, o Muguro, está cada vez mais interessante. Se bem que, no final do episódio, se percebeu que ele não era nenhum demónio de meia tigela e sim algo acima do divino. Ele de certeza absoluta que é um híbrido de um anjo com um demónio, ou então um Deus muito forte. O poder dele, conseguiu bloquear e enfraquecer as armaduras dos soldados das forças especiais do rei.

    Já o Kaisar, como sempre está no lado errado da moeda. Cada episódio que passa e cada confronto que ele tem com o Azazel prova isso. Aquela cena da casa, onde os nobres faziam experiências com os demónios, foi bem pesado. Eu compartilho da mesma opinião do Azazel, aquilo que aquelas pessoas fizeram foi imperdoável. Até mesmo o Kaisar ficou indignado e revoltado com aquela situação. Eu por momentos, cheguei a pensar, que o Kaisar seria daqueles exemplos, que o pior cego é aquele que não quer ver. Mas eu estava enganado. O Kaisar, sabe e bem que a capital está podre e corrupta, principalmente nas pessoas que estão no poder. Mas ele pouco pode fazer ou nada, só se ele jogar todo o seu esforço que teve que fazer, para recuperar o seu título de cavaleiro, ele é bem capaz de fazer isto, a honra e o cavalheirismo são tudo para ele (tal como era para o seu pai, e isso levou o mesmo à ruína).

    Quanto à Rita, não tenho muito a dizer, ela continua a ser dos personagens mais sábios e interessantes do anime. Ela ainda vai ter que ser a mestre da Nina, já que o Azazel não tem jeito para isso. Ser uma zombie, deve ser muito interessante, não se morre, pode-se atirar os membros contra as outras pessoas, pode-se ter uma mão que sabe fazer todas as tarefas domésticas e medicinais. Já para não falar do monóculo estilo steampunk que a Rita usa, ele é muito épico.

    Cada vez mais, me surpreendo com o Baco e com o pato dele (ups Deus). O seiyuu do Baco, tem um trabalho bem fácil na dublagem, a maior parte das frases dele, tem idiota e aqueles soluços de quem já bebeu mais do que devia. E o Deus pato, nem digo nada ele é muito caricato (num sentido positivo).

    O mito Favaro, ainda tem muito tempo para aparecer, mas espero que quando ele apareça ele ajude a guiar o Kaisar, que este parece estar bem perdido. Eu gostava que a Joana tivesse uma participação nesta temporada, eu gostei bastante dela na primeira temporada como cavaleira Santa de Orleans e depois das short story, eu gostava de ver a opinião dela, em relação ao que aquele reino se tornou (isso e a minha vontade dela ficar com o Kaisar).

    Naquela parte da casa das experiências e aquela parte do gueto cheios de demónios a morrem de enfermidades e fome, só a mim me pareceu ser uma referência, aquelas experiências a que os cientistas nazis faziam nos campos de concentração e a maneira como as tropas alemãs obrigavam os judeus a irem para os guetos e matarem-nos à fome.

    Como sempre, mais um excelente artigo de Bahamut Fábio.

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Olá!

      Desculpe a demora, em primeiro lugar.

      Já assistiu o terceiro episódio? Parece que o Rei Charioce decidiu “acelerar o desenvolvimento” de todo mundo por ali. Ou, o que é mais provável, provocar uma situação que os forçará à aventura (caso escapem de serem presos).

      Sobre o rei não ter atacado os dragões, tem razão, a Nina sozinha causou um belo estrago, ignorando completamente o poder secreto e trunfo de Charioce. Vamos ver como ela se sai contra um exército de verdade, que é o que parece estar reunido na praça. De todo modo, tenho certeza que essa é apenas uma questão técnica que o rei eventualmente conseguiria superar, ela não parece ter poder de anular a magia que o rei vem utilizando, mas apenas ser forte o suficiente para confrontá-la. Imagine o exército inteiro de Orleans contra o vilarejo de Nina. Daria uma boa batalha, não é? Mas agora já começo a pensar diferente.

      Charioce não tem exatamente sede por poder (embora sem dúvida a tenha, como todo governante absoluto), mas sim está em uma busca pessoal por vingança. E vingança especificamente contra deuses e demônios. Dragões até onde se sabe nada fizeram no episódio do quase despertar do Bahamut, para o bem ou para o mal. Nem nunca interferiram nos reinos dos homens. Isso torna a história mais fácil ao mesmo tempo em que ele se torna um personagem bem menos interessante. Falei sobre isso no artigo do terceiro episódio já.

      Aliás, os dragões parecem ser pouco conhecidos. O Azazel estava convencido de que a Nina era um demônio. Bom, talvez dragões até sejam demônios, mas me parecem ser de uma subespécie que há muito não tem nada a ver com o antigo reino demoníaco de Cocytus. O fato do Bahamut ser um gigantesco dragão dá o que pensar também. Talvez dragões sejam mesmo apenas animais mágicos desse mundo, nem demônios e nem divinos. Coitada da Nina por ter se metido nisso tudo. E a culpa foi do Favaro!! Trambiqueiro, não presta nem depois de salvar o mundo.

      A falha do Kaisar é tentar viver de ideais em um mundo que não o permite isso. É exatamente a mesma falha da Joana D’Arc na primeira temporada. Mas como eu disse nesse artigo e ficou claro no terceiro episódio, ele já havia desistido disso. Só não tinha ideia do que fazer mesmo. E cá entre nós, ele está certo. O que de bom ele conseguiria rompendo com o rei? Se ele tivesse os Cavaleiros de Órleans em suas mãos pelo menos, vá lá, teria um exército (e causaria uma guerra civil e um banho de sangue, o que não parece assim tão bom), mas nem isso. É apenas um comandante, não me parece que o seguiriam cegamente não importa o que ele diga. Muitos ali devem se ressentir dos demônios também, então, apesar de todas as atrocidades, por que se dariam a tanto trabalho por eles?

      Bom, é isso, acho que estou comentando mais sobre o terceiro episódio do que sobre esse segundo, hahaha! Talvez devêssemos continuar essa conversa pelo novo artigo de uma vez? =)

      Obrigado pela visita e pelo comentário!!

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