Ballroom e Youkoso – ep 6 – Confiança e Impacto
Olá pessoal, espero que tenham sentido falta de Ballroom, pois eu senti e agora quero terminar de matar essa saudade aqui com vocês!
Nesse episódio tivemos aquele bom e velho treinamento – só os melhores animes têm isso, aceitem kkk – onde pudemos ver o protagonista se entrosando com sua parceira enquanto conhecia mais sobre o universo da dança competitiva e montava uma estratégia para conseguir alcançar seu objetivo de recuperar a honra de sua donzela em perigo! Um episódio de preparação para algo maior, a Copa Tenpei, onde devemos ver o clímax desse arco.
Apesar do foco ter sido maior no Tatara e em seus afazeres, também conseguimos visualizar um pouco do porquê o Gajo quer dançar com a Shizuku – ele parece ser apaixonado por ela, te cuida Hyoudou! –, e de quebra deu para se acostumar mais com a voz dele – até o fim do arco espero “engoli-la”. Também pudemos ver que ele é um irmão bem autoritário, o que espero que o anime trabalhe mais até o fim do arco já que ele não é um “vilão”, mas apenas um rival e por isso entender melhor os motivos por detrás de sua atitude petulante e egoísta seria ótimo.
Uma coisa boa explorada nesse ponto da história foi a comparação de um par de dança a um casal de marido e esposa, a preocupação do Tatara com quem “fica para trás” é válida e justificada por seus pais serem separados e por ele se preocupar mais com os outros do que consigo mesmo. Esse é outro ponto que foi bem explorado na conversa dele com a Mako – se antes dela vocês não shippavam os dois agora é a hora! –, já que por causa do conselho dela ele se inclinou a refletir sobre si e a sua dança.
Já entendemos que ele é uma boa pessoa capaz de fazer o que for preciso para deixar sua parceira feliz, mas ter seus próprios anseios, coisas das quais se arrepende e quer melhorar, sua própria ambição e até egoísmo é algo importante para um dançarino que “vive e morre” pela graça do salão. Além de que se ele quer competir “pra valer” tem que tentar vencer não só por ela, mas também por si mesmo!
A conversa deles ao telefone foi o ponto alto desse episódio para mim, porque ela conseguiu demonstrar que estava o observando de perto, que o via como ele é, com qualidades que por outro lado se tornam seus defeitos. O diálogo foi bom para fazê-lo ter uma melhor noção de si, para fazê-lo entender que tinha o apoio e o respeito de seus amigos da dança, para fazê-lo se sentir parte de algo, para fazê-lo se sentir conectado a algo. Esse anime fala de um garoto que não tinha nada e se descobre apaixonado pela dança; momentos como esse fazem com o que público sinta isso, sinta que ele está conseguindo ser o protagonista da sua própria história.
Acredito que a conversa dele com a Mako tenha-o feito pensar em outros aspectos da dança e espero que isso dê resultado na competição, pois se por um lado ele tem uma boa química com a garota, por outro lhe falta experiência no ato de dançar em si, e isso pode levá-los a ruína facilmente já que no final o par ir bem ou não depende demais de como o líder guia. Se não há técnica, a harmonia e o feeling têm que tentar compensar isso, ainda mais pelo Sengoku ter dito que nesse torneio é mais importante chamar a atenção do que dançar perfeitamente.
No fim acho que dança é como música, por mais que se tenha uma técnica apurada nada adianta se não houver feeling – a OP do anime mostra um balanço excelente entre as duas coisas, por exemplo. O importante é pôr os sentimentos no lugar, ter confiança em si e em quem está ao seu lado e um verdadeiro instinto para a coisa. É isso o que a história mostra que ele vem desenvolvendo, o que me deixa feliz, pois já me envolvi a nível pessoal com esse personagem e torço para que ele vá se aprimorando não só na dança como também na vida.
Ademais só gostaria de pontuar duas coisas que acho importantes. A primeira é que gostei da forma como os detalhes relacionados à dança foram apresentados e distribuídos ao longo do episódio, além de terem focado um pouco em um tipo de dança chamativa que deve ser um ponto-chave da futura disputa, o quick-step – ou passo rápido para os íntimos. Achei também que o trabalho de explicar e mostrar a importância de encontrar um espaço para dançar em um salão cheio foi importante e bem feito, é inclusive a partir daqui que falo do outro ponto.
A segunda coisa se trata de algo que não estou gostando tanto desde o começo, falo da animação deveras econômica em alguns momentos da dança. Como leitor do mangá tenho para mim que o primeiro arco, assim como esse momento de transição para a nova competição, não precisaria tanto de animações longas e fluídas, acho que seria melhor economizar para usar bem na competição vindoura que acredito ser mais importante para o plot. Estou depositando hype nesse torneio e espero não me decepcionar! Isso é algo perigoso, eu sei, mas não consigo evitar já que acho que nesse quesito o anime pode render bem mais.
Um anime de dança feito por um ótimo estúdio tem que ter danças à altura de sua produção acima da média, e é por isso que estou esperando bastante do que está por vir – claro que espero bastante da história também. Para finalizar só gostaria de deixar claro meu apreço à personagem Mako. Ela não é só um rostinho bonito e uma voz fofa, mas também tem uma personalidade bacana – apesar da timidez – e que por esse episódio me fez querer compreendê-la melhor, me fez torcer por ela de verdade. A produção do anime acertou em cheio ao tê-la feito externamente tão agradável, mas é a história que merece os créditos – no caso o mangá, já que lá ela também é assim! – por ter apresentado uma ótima parceira para contracenar com o protagonista.
Bem, por hoje é só! Gostei bastante desse episódio, apesar de certas ressalvas, e espero que o próximo seja ainda melhor! E que os dias até o próximo episódio passem mais rápido que o trabalho de pés no quick-step!
P.S.: Que trilha sonora excelente a desse anime! Torço para que se mantenha assim e até melhore. Tanto as faixas instrumentais quanto as insert songs estão de arrasar!!!