Olá pessoal, é hora de Ballroom aqui no Anime21!

“Cadê a personagem favorita do redator, cadê? Achou!!!”

Nesse sétimo episódio tivemos o início da Copa Tenpei onde as duplas de Tatara e Mako, Shizuku e Gaju começaram sua disputa! Acredito que o Gaju queira encontrar um par que o permita explorar melhor seu potencial, que a Shizuku queira expandir seus horizontes sem o Kiyoharu, que a Mako deseje recuperar a parceria com o irmão e que o Tatara não queira só ajudá-la, como também voltar ao salão para se divertir e evoluir como dançarino.

Gosto do fato de que cada um tem seus próprios interesses – não necessariamente relacionados aos do parceiro –, o que nos mostra que a parceira não é só um complemento ao líder, como também alguém que tem seus motivos para tentar se destacar por mérito próprio e quem sabe até dançar melhor que ele. É nisso que sutilmente o anime me fez acreditar e espero que esse aspecto seja explorado nesse arco. Acho que a Shizuku ter ficado bolada com o que o Tatara disse – que faria a Mako dançar melhor que ela – exemplifica bem o que falei.

Orgulho e auto-confiança, duas coisas indispensáveis para um dançarino!

No geral a relação interpessoal nesse episódio foi toda bem legal, destaco a cena onde a Mako dá uma garrafada no irmão, pois ali ela mostra que já cansou de aguentar seus desmandos calada e que tem coragem para bater de frente com ele. Outra coisa legal foi o choque entre dançarinos ter acontecido ao longo da competição, algo que foi explorado no episódio anterior e dessa vez gerou a discussão onde eles puderam botar para fora o que sentiam.

Acredito que o salão de dança seja como um campo de batalha onde você tem que cuidar da sua dança, mas também ficar de olho na do adversário. A competição mostrou isso, já que um personagem via a dança do outro e se motivava a ir lá e fazer melhor, a brilhar também e assim poder roubar a atenção do júri. Ficou claro que quem chama mais atenção tem mais chances de sair vitorioso e, sendo assim, o par do protagonista tem uma grande desvantagem por dançar o básico só para passar das classificatórias e contar com um novato como ele.

Mako representou a todos nós com essa bifa bem dada na cara dele!

Uma das formas que o roteiro encontrou para dar a eles a chance de “brilhar” foi com o esbarrão que tirou as atenções da dupla rival e passou para eles. O problema foi com a outra forma que, ao meu ver, não foi muito feliz. Ballroom já teve um ou outro momento meio absurdos – fim dos episódios 1 e 5, por exemplo –, mas dessa vez eles estão no meio de uma competição onde o enchimento da Mako se solta e causa a queda de outros participantes sem gerar punição. Isso me parece forçado e irreal. Talvez isso não gere punição em uma competição real mesmo, ou talvez os jurados que não perceberam, mas ainda com essas possíveis “justificativas” acho que esse tipo de coisa tira um pouco de seriedade da história. Existiam outras formas de fazer isso, sem parecer bobo, para gerar comédia desnecessária.

Eu ri, mas isso não muda o fato de que achei bem idiota

No geral foi um episódio animado e bem movimentado onde os aspectos técnicos continuaram ótimos, porém nem tudo são flores e também tenho que tocar nos espinhos. Novamente a animação nas cenas de dança deixou a desejar, foi um pouco melhor do que a média do anime nesse sentido, mas ainda assim longe de mostrar uma dança completa ou com movimentos mais elaborados. Estão “guardando animação” para o clímax do arco, é no que quero acreditar, já que se não houver cenas de danças mais fluidas, longas e bem coreografadas nem no clímax, o anime terá me decepcionado pra valer! Pares figurantes feitos em CG reforçam essa “economia” – e olha que entendo o porquê disso e por isso não reclamo.

Fico me perguntando se adianta fazer um anime de dança que é muito bom em quase tudo e só regular no quesito animação da dança em si. Não adianta, é como um anime de ação com cenas de ação curtas e belas só que sem fluidez alguma, sem vida! Admito que já estou um pouco decepcionado com o anime por isso e espero que ao menos no clímax desse arco apresentem uma dança digna de um anime de dança feito por um ótimo estúdio. Eu leio o mangá e não vou dar spoilers dele aqui, mas se não melhorarem nesse quesito no arco seguinte minha decepção só vai aumentar – o que torço para que não aconteça.

Belíssima cena, mas o melhor momento da dança não deveria ter sido ela e sim os movimentos…

Voltando à história, achei muito bom o Kiyoharu ter aparecido para ver a competição. Isso com certeza deve repercutir nas performances do Tatara – ele até pegou “emprestado” movimentos do dito cujo – e da Shizuku, o que acredito que dará um tempero a mais a esse arco. Por outro lado, senti falta do pessoal do estúdio. Espero que apareçam próximo episódio.

Por fim só queria comentar que adorei o design e a voz da mãe do Hyoudou. Marisa-sensei é uma personagem pela qual tenho grande apreço e fico feliz por ela ter ficado tão boa no anime quanto é no mangá. Só mais um adendo, acho engraçado a idade do Sengoku (23) ser o número do Tatara na competição, ele ser tão novo para uma pessoa de presença tão “forte” e o aparente “medo” que tem da Marisa-sensei foram detalhes que gostei de ver no episódio.

Fidelidade a algo que já é perfect pode, pode muito senhor!!!

O saldo dessa sétima dança até que é positivo, apesar das ressalvas. Se critico é porque adoro o mangá, e é por isso mesmo que tenho que apontar as falhas que vejo na história, assim como as na produção do anime. Acho que estão sendo muito fiéis ao material original quando não deveriam. Alterar uma história sem motivo aparente é ruim, mas tentar consertar e melhorar seus pontos deficientes deveria ser o almejado por qualquer adaptação que se preze.

Por hoje é só, fiquem com a Mako e a goleada que ela está dando em cima da Shizuku!

“Me veja um 4 x 2 e um print da waifu mais linda da temporada, por favor.”

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