E o telefone toca!!! Bem clássico, na verdade, para não chamar de clichê… mas é a vida. E estamos de volta com mais G.A.T.E. e seu “velho” de um jeito meio “novo”, e tudo aquilo que viemos discutindo sobre essa obra interessantíssima. Nesse artigo, eu encerro minha análise sobre sua primeira temporada e vamos ver como o autor vai conseguir suplantar um grande misto: expectativa, curiosidade e medo de acabar ruim.

A transição bem brusca da loli erótica para assassina cruel ajuda a manter viva a personalidade primária dela sem gastar palavras com isso – ação é o cerne de todo personagem. Um corpo indestrutível, por outro lado, é bem O.P.

Mais reflexão (no melhor estilo G.A.T.E.)

Os envolvidos na trama continuam sendo delicadamente colocados para trabalhar diferentes temas a partir de perspectivas específicas de maneira muito natural e gera uma fluidez difícil de ser alcançada ao se tratar temas tão complexos, como a situação geopolítica em que estão e manter a coesão e o desenvolvimento deles sem dificuldade, sem perder a piada (e sem passar dos limites no alívio cômico, pelo menos até agora).

Será que esses dois ainda se pegariam…?

Um episódio centrado em conversas dentro de um único ambiente ou sem saídas muito expressivas do foco deles é levemente monótono, mas as estratégias narrativas adotadas pelo diretor conseguiram desviar o foco desse possível decréscimo de dinâmica e centrar nossos olhares para a grande fase preparatória que o autor está investindo já há algum tempo, sobretudo no arco da princesa.

Alguém novo(a;?) aparece, enquanto o arco da princesa é desenvolvido no melhor da relação pompa – poder – personalidade. A miscigenação entre os povos é muito explorada nessa parte também. A mensagem, envolta em um clima mais ou menos descontraído por piadinhas rápidas, reverbera alguma coisa de inquietação, ajudando a construir uma espécie de aura pré-último episódio. Não reclamo da velocidade que a trama assumiu nesses últimos episódios, uma vez que a uma segunda olhada, muita coisa está realmente acontecendo e muitas interações vitais estão se formando e consolidando, mas (sim…) poderia ser um pouquinho mais rápido/fluído.

Mais um arco… sério?

Em meio à aparente futilidade de uma conversa num bar, G.A.T.E. serve para me lembrar que reflexões são bem-vindas em quaisquer ambientes. A rota da loli com certeza é a mais delineada na obra até agora, se acontecer algo entre ele e elas será com ela! E nesse meio tempo, mais discussões existenciais entre uma semideusa e um otaku do exército (regado a muita comédia e erotização, rsrs).

Ótima personagem; deixada de lado

Por algum tempo o foco é dividido e novos personagens tomam rosto e ideias que parecem contribuir para desenrolar a trama, mas realmente a essa altura do campeonato (inicio do episódio 12) está rolando bem menos coisa do que eu achava e a aura cômica não está dando conta de me entreter/enganar/subestimar como antes. Disso, está quase surgindo um pequeno problema, mortal para qualquer audiência: o tédio.

A escolha por secundarizar mais da metade do elenco que foi (não muito extensamente, mas foi de qualquer maneira) construído ao longo da temporada associada com os retornos temporais não são um bom prognóstico para mim. Essa ideia de encaixar um novo arco (acho que às pressas) nesse final não foi a melhor estratégia para fidelizar o público até o fim.

Uma personagem cuja personalidade traz muito pouco de novo para qualquer pessoa com algum tempo de experiência com animes e por isso sem a menor chance dela conseguir ser carismática ao ponto de eu me importar minimamente se ela ou seu clã foram (ou serão) explodidos por dragões gigantes. E só lembrando: esse é o mesmo anime que matou 100 mil pessoas aleatórias em 2 episódios, esperar empatia diante de tão pouco (no caso da elfa negra) é meio ridículo (ou pelo menos contraditório o suficiente para me decepcionar).

A mudança de foco da trama e de objetivos (agora querem uma tal de paz) deixam a desejar enormemente. O fato de a influência do rei ter sido totalmente excluída do roteiro e que as outras personagens tenham evoluído bem pouco (dentro do espectro de possibilidades) foram cruciais para minha avaliação. No geral, foi um anime bom, com um pico de qualidade muito bem definido assim como seu decréscimo indefensável (ou quase; alguém sempre arruma algum argumento nesse tipo de coisa) e que valoriza e realiza (que é o que importa, no fim das contas) bons diálogos enquanto arquitetas algumas rotas interessantes. Porém, por esse término totalmente anti-climático, eu deixo esses 3 últimos episódios com 3 estrelas, mas dou 4 estrelas para a primeira temporada de G.A.T.E.

Comentários